Pensamentos e realidades III
Recordando os moinhos
E vai correndo, correndo
Fazendo girar as mós
O trigo vai farinhando
Fazendo pão para nós
Os moleiros no seu moinho
Fazem girar as peneiras
Felizardo e o Rainho
O último foi o Poeiras
O cantar do galo
Canto o galo e galinha
A Natureza em louvores
Já não canta a alma minha
Por ti, não morro d’amores
Que morto, para ti, já estou
Sem alma para cantar
A quem já me desprezou
Não voltarei a amar
Penitência, pelas aves que matei.
O Pisco pisca piscando
Com o papo alaranjado
E por tanto ter amado
Há muito que já não canta
Agora da sua garganta
Apenas se ouve piar
Pelos espessos matagais
Entre soluços e ais
Vai soltando a sua dor
Ao vento, ao frio, ao calor
Ele chora a perguntar
Notícias do seu amor
Para voltar a cantar.
Gratidão
O verso para ser verso
Tem que ter algum sentido
Não sou poeta perverso
Não faço rima de ouvido
A quem escreve chamam escritor
E poeta a quem versou
Serei sempre um devedor
Á Terra que me criou.
Hélder Salgado
20-02-2010
1 comentário:
Gostei! Parabéns.
Não dá para disfarçar
o que o coração sente;
tem que saber Versejar
um Poeta nunca mente!
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