terça-feira, 31 de outubro de 2006

A TERRA DO ENDOVÉLICO IV

a terra do endovelico.jpg

Introdução:

A Terra do Endovélico – O Deus dos Lusitanos – é um romance histórico escrito por José Galambas, e cuja acção se desenrola em locais do Concelho do Alandroal.
A obra com prefácio de Manuel Calado e ilustrações de Eunice Gomes, editado pela Zéfiro, ficciona uma história de amor vivida pelos nossos antepassados, sob as bênçãos do Deus Endovélico.
Depois de autorizado pelo Autor, o Alandro al propõe-se divulgar extractos da obra, dando especial atenção aos locais (do nosso Concelho), onde a mesma se desenrola.
Não só aos que fazem parte deste Concelho, mas a todos, aconselhamos vivamente a leitura de A TERRA DO ENDOVÉLICO – O DEUS DOS LUSITANOS.

- Arriscaram muito, muito mesmo em vir aqui! Há uma batalha prestes a acontecer. Homens de Negro circulam por estes campos e vales à volta das nossas aldeias.
Eles já acamparam bem perto do ribeiro lá ao fundo!
O Sacerdote apontou para um ponto no horizonte, mas apesar de toda a claridade da Grande Lua, eles não conseguiam ver nada.
- Mas digam-me? O que vieram aqui fazer?
Anaya conseguiu falar timidamente, tinha-se afastado dos braços de Cyrus quando o sacerdote apareceu de repente.
- Fizemos uma prece a Endovélico, para que nos protegesse, pois foi aqui que eu e Cyrus nos conhecemos e...
- Humm! E tu Cyrus, o que trouxeste para proteger a tua amada? – interrompeu Ryur.
Os dois coraram, ficando embaraçados, pois o sacerdote parecia ter facilmente descoberto o amor entre eles.
- Não trouxe nada, mas protegeria Anaya se alguém nos atacasse! Ninguém lhe poderia fazer mal algum! Não o permitiria.
- Muito bem! muito bem! Já que aqui estão e por isso mesmo, venham comigo! Mas agora em silêncio, já falamos muito aqui, neste local tão sagrado! Não vale nada perdermos o nosso tempo com palavras!
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- Vamos sentir o silêncio, tentando fazer o mínimo barulho possível e esperar que o Deus Endovélico nos forneça os sinais e as indicações necessárias para aquilo que viemos aqui fazer.
E assim ficaram num profundo silêncio. Parecia que a Grande Lua, lá no céu, tinha levado consigo todos os sons da noite. Ryur ergueu, com ambas as mãos, o bordão aos céus e assim se deixou ficar.

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