UM COMENTÁRIO,
(Oh Joana em
TONS de ABRIL)
1.
Eis que vimos
vistosa e alegremente no Al tejo de 1 de Abril, “uma boa mentira” que começou
finalmente a abrir caminho para uma meia - verdade com a colaboração provável
do Orçamento Participativo que há-de chegar num dia encoberto e numa manhã de
nevoeiro ao Alandroal. Esperemos! Esperançosos!
Assim como vamos estando sobressaltados com a iluminação publica
desmazelada e obscura da Rua do Pinheiro que dura assim desde, pelo menos, há
mais de um ano. Vamos esconder estes desarranjos urbanísticos?
Dizemos porra, IMI e impostos a mais, ponha-se mais este caso à
atenção do presidente e da vereação. O que ainda não mudou, terá de mudar para
uma luz nova e a claridade desejada?
2.
E já que foi realçado (e bem) nesta oportunidade, em Abril, o nome
patrício de Diogo Lopes de Sequeira, reparemos, de passagem, que Fernão de
Magalhães está também mais uma vez posto em grande plano historiográfico por
causa da sua Viagem espanhola de «Circum Navegação» terminada por um basco El
Cano. Mais outro Tigre de ir ao fundo dos Mares e voltar.
Financiada por Carlos V, o tal Rei imperial que dizia que falava com
Deus em espanhol, com as mulheres em italiano e com o seu cavalo em alemão,
etc…
Acresce e anotem que foi este F. de Magalhães quem salvou D.L. de
Sequeira de ser assassinado à traição, apunhalado pelas costas, enquanto jogava
xadrez indiano na sua embarcação fundeada por Malaca.
Eram navegadores, dois parceiros e amigos de destemidas conquistas e
aventuras arriscadas nos mares Índicos apoiados e empurrados por um tal Afonso
de Albuquerque, grande lobo e Cavaleiro da Ordem de Santiago.
3.
Da autoria de Diogo Ramada Curto citamos, aliás, a passagem seguinte:
“ Dos mares do Índico conheceu (F. de Magalhães) Cochim, Goa, Quíloa,
Moçambique, tendo ainda acompanhado Diogo Lopes de Sequeira a Malaca, em 1509,
numa expedição que se saldou num fracasso, ocorrida dois anos antes da sua
conquista por Albuquerque. Das suas relações com Francisco Serrão, que veio a
ser feitor nas Molucas, terá conseguido muitas informações sobre as ilhas das
especiarias, que veio a utilizar mais tarde na planificação da sua viagem para
aquelas paragens”.
Lembremos, a talhe de foice,
que as Molucas acabaram uns tempos depois por virem à posse da Coroa portuguesa
através de uma negociação dura onde esteve indicado pelo Rei D. João III, como
experimentado conhecedor da matéria, D.L. de Sequeira.
Enfim, uma disputa terminada em bom entendimento entre os dois
soberanos com a assinatura do chamado Tratado de Saragoça (T. de Tordesilhas
II).
4.
Resumindo,
e saltando para os ajustes e custos directos da actualidade, em 1 de
Abril, de 2020/21/22… será que vamos ter uma Estátua de D.L. de Sequeira, muito
bem erguida no sítio onde agora está o Coreto? Este Coreto podia ser mudado e
servir para Concertos de pequenas Bandas? Ou até cedido a alguma Freguesia?
Quanto ao intruso «Mamarracho» do Jardim das Meninas deve sair já
(embora continue a fazer-se tarde) e, urgentemente, da frente das Muralhas?
Será possível isto e, como acima apontámos, mudar para melhor a
iluminação perdida de certas ruas da Vila enfrentando, de vez, o tempo curto
deste mandato local autocentrado e feito de sal e limão riscado?
Aqui fica este sério e divertido conjunto de
lembranças, sorrindo por +
uma vez à ideia original e
criativa da Estátua. Mesmo que seja em Abril.
Mesmo que o Alandroal não tenha estatuária e Sequeira mereça por aqui um pódio há que séculos.
Muito embora, acrescento eu, sem maior receio de o dizer
percebendo que também por cá já se vêm observando e andam a sobrar demasiadas poses e estatismos
dispensáveis.
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Em jeito de breve aditamento,
temos de dizer ainda o seguinte: - que o Partido Socialista anda a dormir em família é como o outro, e não faz maior mossa. A Direita já fez e fará o mesmo. O país habituou-se,
paga!
Agora que o P. Socialista insista em dormir em círculo fechado no seu casulo do Governo e nas Autarquias já nos parece “um erro republicano perigoso” com o qual as direitas já andam a afiambrar votos que não
lhe pertencem socialmente.
Neste aspecto, honra seja feita aos juramentos internos exigidos no
PCP.
Vidé, se não for pedir-vos muito, o que avisou seriamente António Barreto. Ou o que diria agora um infinito e frontal J. Saramago.
Haja limites!
Por isso tem que haver uma maior abertura externa e responsabilidade interna dos Partidos, responsáveis principais pelo presente/ futuro do país. Isto tudo somado e avaliado não pode ser visto apenas como meros Delitos de Opinião. Isto ainda não é o da “Joana do(s) manso(s)”,
a mãe
do nosso vizinho Infortunado.
Morava na Rua da Mata, comprava, matava e vendia porcos, lembram-se disso? Aos sábados então era uma azáfama. Era, oh caraças, se era uma grande rua com uma grande gente. Ponto
Saudações Democráticas
( 1/2/3… de Abril de 2019)
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