terça-feira, 8 de setembro de 2020

É ALTURA DE DIZER ADEUS

Faz hoje precisamente 17 anos que após uma Festa de Setembro, o meu filho Luís me lançou o convite para que dessemos inicio a este projecto que na altura se estava a tornar “moda” nas redes sociais.
Aceitei o desafio e aos poucos fomos conquistando novos colaboradores que nos permitiram dar continuidade ao mesmo. Uns foram desistindo, outros apareceram entretanto, e foi assim que desde 08 de Setembro do ano de 2003 temos pugnado para dar a conhecer ao mundo inteiro notícias, locais, acontecimentos e conhecimentos desta terra que nos viu nascer, e que mais tarde alargamos à terra de acolhimento e a todo o Alentejo.
Ao longo de todos estes anos tivemos e fizemos bons amigos, não nos livramos de arranjar alguns inimigos, mas sentimos que cumprimos com tudo o que havíamos delineado. Na memória guardamos ainda a semana que estivemos presentes na Expo-Guadiana, na qual divulgamos o propósito que nos movia, ao mesmo tempo que, com o Presidente na altura João Nabais levamos a cabo um dos primeiros encontros de bloguistas no qual conseguimos a presença de nomes consagrados do jornalismo português.
Como tudo na vida há princípio, meio e fim e após verificarmos que outros meios de comunicar se estão a sobrepor aos blogues resolvemos colocar um ponto final neste projecto, até porque o número de visitantes diminuiu substancialmente.
Resta-me enviar uma palavra de agradecimento a todos aqueles que comigo colaboraram, e foram tantos, que temendo esquecer algum o faço colectivamente. Bem hajam todos!
Cá continuo por Montemor, sempre com o pensamento no Alandroal e dos amigos que por lá deixei e que nesta altura nem um abraço lhes posso dar!
Estou sempre ao vosso dispor!
Francisco Tátá

MENSAGEM DE DESPEDIDA

domingo, 6 de setembro de 2020

COM A MESMA FÉ E COM ESPERANÇA QUE PARA O ANO SE VOLTE À NORMALIDADE A NOSSA PADROEIRA PERCORREU AS RUAS DA NOSSA TERRA – ALANDROAL.

PROCISSÃO 2020
PROCISSÃO 2019

Vídeos amavelmente cedidos pelo Nuno Mendes

EM HONRA DA NOSSA PADROEIRA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO

sexta-feira, 4 de setembro de 2020

           MINHA TERRA – MINHA GENTE
Parceria C.M.A. e https://alentejocantaencanta.wordpress.com/


MANUEL PISCO 

TRIGUEIRÃO DO RELHEIRO 

A POESIA DO JERÓNIMO MAJOR - «MEMÓRIAS»



FADO MAJOR



AL TEJO RECOMENDA





TOME NOTA E CUMPRA!


VIDA AUTÁRQUICA - DELIBERAÇÕES REUNIÃO VEREADORES - ALANDROAL


            MINHA TERRA – MINHA GENTE!
Parceria C.M.A. e https://alentejocantaencanta.wordpress.com/
MANUEL VALADAS (MANCHA)
JOSÉ PATACHO

VIOLÊNCIA DOMESTICA NA MONARQUIA?

                 É  VERDADE  QUE  DOM  PEDRO I  EMPURROU  LEOPOLDINA  ESCADA  ABAIXO?
Uma lenda popular conta que a imperatriz estava grávida quando um aborto — fruto da violência do monarca — teria ocorrido. Mas, não foi exatamente isso que aconteceu.
A imperatriz Leopoldina - Wikimedia Commons
Dom Pedro I abertamente traía Dona Leopoldina com Domitila de Castro. Teve filhos com a amante e assumiu-os publicamente. A imperatriz, por sua vez, queixava-se contra o imperador em cartas que redigia à irmã, Maria Luiza da Áustria.  Numa delas, diz até que o marido tinha um "caráter extremamente exaltado". 
Uma lenda popular diz também que Leopoldina teria sido pontapeada pelo monarca, ainda grávida, sendo empurrada escada abaixo. Há quem diga ainda que a morte da austríaca foi resultado dessa agressão de Dom Pedro I. Mas, será que isso realmente ocorreu?
Valdirene Ambiel com a Imperatriz Leopoldina / Crédito: Prof. Dr. Luiz Roberto Fontes
 A resposta da cripta 
A explicação para isso estava em São Paulo, na Cripta Imperial do Ipiranga, onde jazem os restos mortais da imperatriz. A pesquisadora Valdirene Ambiel, em parceria com vários especialistas e instituições, foi quem estudou os despojos de Leopoldina, assim como os de Dom Pedro I, e a segunda esposa dele, Dona Amélia.
Entre muitas revelações surpreendentes, a pesquisa mostrou que Leopoldina não foi empurrada da escada. Nem tampouco morreu do resultado desse suposto episódio de brutalidade. Na realidade, o óbito dela foi causado pela evolução de um quadro infeccioso: não havia indício de fratura ou "trauma muito violento". 
Curiosamente, o estudo comenta também que um procedimento obstétrico realizado pelo Circurgião-Mor do Império pode ter piorado a saúde da soberana, levando à uma possível infecção uterina ou puerperal. Isso porque, na época, a higiene na obstetrícia ainda não havia sido estabelecida ou transformada pelo médico húngaro Ignaz Semmelweis — aquele que defendia o hábito de lavar as mãos, mas acabou sendo perseguido e internado num manicômio. 
Pintura oficial da imperatriz  Crédito: Wikimedia Commons/ Foto de Valter Diogo Muniz
 A análise
Como fruto da colaboração do médico legista Luiz Roberto Fontes, a pesquisa incluiu o estudo de boletins médicos dos Arquivos do Museu Imperial, em Petrópolis; como também um artigo do médico Dr. Odorino Breda Filho, de 1972, da revista do Instituto Histórico Geográfico de São Paulo.
Filho, por sua vez, apurou que a imperatriz sofria de "dores de cadeiras" e "evacuações mucosa-sanguinea pela via anterior". Ou seja, podemos dizer que Leopoldina sofreu bastante nos seus últimos momentos. Tais sintomas eram os de um quadro de ameaça de aborto. Esse que, de fato ocorreu — porém de causas espontâneas. 
Incoerência em datas 
Até porque as datas não batem para que o incidente fosse fruto de violência de Dom Pedro I. Segundo Ambiel, o aborto ocorreu em 2 de dezembro de 1826; alguns dias antes, porém, o monarca havia saído do Rio de Janeiro, com destino a Cisplatina, no Uruguai, em 23 de novembro de 1826. Ou seja, a perda do bebê ocorreu na ausência de Dom Pedro. 
Além disso, Leopoldina estava no terceiro mês de gravidez. Nesse caso, segundo a pesquisa, se um empurrão tivesse realmente causado a perda do bebé, o golpe teria que ter sido aplicado com uma força muito violenta, que resultaria em trauma e até em hemorragia. Então, a imperatriz  podia teria morrido até numa questão de horas — o que de facto não aconteceu. 
Desmistificando ainda mais a lenda do empurrão, em entrevista à Aventuras na História, a arqueóloga Valdirene Ambiel explicou que, no caso de agressão, a morte da criança também teria que ter ocorrido antes. "Se houvesse um acto de violência praticado por D. Pedro, o óbito do feto seria anterior ao aborto", explicou. 
Entretanto, ela abre um porém. O que foi estudado foi o episódio do empurrão: portanto, isso não descarta a possibilidade da dama ter sido maltratada pelo cônjuge  noutros acontecimentos. "Como sempre falo, não posso afirmar que D. Pedro nunca praticou violência física contra a esposa, mas podemos dizer que esta violência não causou a morte de D. Leopoldina", ponderou a arqueóloga.
VANESSA CENTAMORI 

IMPRENSA REGIONAL - "LINHAS DE ELVAS" JÁ SE ENCONTRA DISPONÍVEL


quarta-feira, 2 de setembro de 2020

CINE CLUBE DOMINGOS MARIA PEÇAS

      Homenagem do Al Tejo a Domingos Maria Peças
                   ( hoje a cargo do Rufino Casablanca)
                              “O Fio da Navalha”

Filme da 20th Century Fox datado de 1946
O realizador era um emigrado inglês. Emigrado sem razões políticas pelo meio. Nada de confusões. Emigrou porque assim o quis, disse mais tarde. E também porque nos “States” pagavam melhor. Também foi ele que mais tarde o disse. Chamava-se Edmund Goulding e nasceu britânico, como já dissemos, ainda no século dezanove, mais exactamente em 1891, vindo a falecer em Los Angeles no ano de 1959.
“O Fio da Navalha” tem, a nosso ver, dois grandes motivos de interesse: Primeiro, porque se baseia num romance de Somerset Maugham, com título homónimo, e segundo porque tem como principal intérprete feminina Gene Tierney. É claro que tem outros motivos de interesse, como por exemplo o facto de ter sido produzido por Darriyl F. Zanuck, que era assim uma espécie de dono do cinema em Hollywood, um milagreiro que fazia e desfazia estrelas e astros de um dia para o outro, e que para além disso também era um dos maiores impulsionadores do cinema enquanto teve poder.
= Título Original = “Razor´s Edge”
= Título Português = “O Fio da Navalha”
= Ano de Produção = 1946
= Argumento = Lamar Trotti – segundo o romance de Somerset Maugham
= Música = Alfred Newman
= Realização = Edmund Goulding
= Elenco = Tyrone Power, Gene Tierney, Anne Baxter, Clifton Webb, entre outros
O filme é um melodrama, como na época se usava fazer, e conta a história de um piloto aeronáutico que tendo combatido na grande guerra de 14/18, ficou com grandes problemas emocionais que o levam a procurar as soluções mais extremas para resolver as angústias que o atormentam.
Gene Tierney era a grande sensação do momento em Hollywood, devido ao extraordinário desempenho que tivera no filme “Laura” de 1944, e esperava-se que este “O Fio da Navalha”, viesse a fazer jus ao nome que granjeara dois anos antes. Porém, não foi bem isso que aconteceu. Não porque ela tivesse perdido qualidades. Não porque o seu desempenho anterior tivesse sido um equívoco. Não que acontecesse algo de inesperado que a impedisse de se concentrar neste trabalho. Não. Nada disso.
O que aconteceu é que o papel que lhe atribuíram, simplesmente, não se enquadrava com o seu tipo físico e sobretudo não era compatível com o seu talento. O mesmo, em nossa opinião, se passou com o papel que foi atribuído ao principal intérprete masculino, Tyrone Power.
Contudo, com isso não se perdeu nada porque em compensação, os intérpretes secundários, Anne Baxter e Clifton Webb, desempenharam grandes papéis neste filme, tendo a Baxter ganho, nesse ano, o Óscar para a melhor actriz secundária.
Para além deste Óscar ainda o filme teve mais três nomeações para a estatueta mágica. A saber: Melhor Filme – Melhor actor Secundário – E melhor Direcção Artística.
Este foi a época de oiro dos melodramas.
Digamos que foi a forma que o cinema americano arranjou para responder a um cinema de novo tipo que chegava da Europa. Era ao neo-realismo, sobretudo ao neo-realismo do cinema italiano, que estas produções americanas pretendiam responder, mas enquanto os realizadores italianos, por falta de meios, pois o pós-guerra na Itália deixara a indústria italiana de cinema pelas ruas da amargura, sem dinheiro, dizíamos, os realizadores italianos filmavam tudo na rua, fazendo do povo o principal intérprete das suas fitas, ao contrário dos realizadores americanos de cinema que continuavam a filmar sobretudo no interior dos estúdios. Havia falta de autenticidade nestas fitas e seria necessária uma nova geração de cineastas americanos para que este problema fosse resolvido. Havia nestas fitas uma grande falta de realismo e o público americano começava a interessar-se por realizadores que lhe mostravam o mundo tal como ele era, isto é, com uma grande dose de realismo. E ainda estava para chegar o movimento francês a que se convencionou chamar “Nouvelle Vague”. Esse outro movimento cultural europeu ainda deu mais trabalho aos americanos do que o neo-realismo.
Ainda assim, achamos que “O Fio da Navalha” vale bem o preço do bilhete.
                                                                         The End
Rufino Casablanca
Terena – Monte do Meio – Maio de 1995

UNS COM TANTO E OUTROS SEM NADA

  FALA QUEM SABE!

VIA INFORMÁTICA A PROGRAMAÇÃO DE SETEMBRO NO ALANDROAL


                MINHA TERRA – MINHA GENTE
LETICIA SERRANO

António Fontes Coelho - “Sobre o cantar dos reis no Alandroal” 

LEMOS E COMENTAMOS...


The New York Times noticiou, esta segunda-feira, a realização da Festa do Avante!, adiantando que o PCP vai receber 16.500 no evento. Na notícia publicada esta segunda-feira no diário norte-americano The New York Times, assinada pela agência Associated Press, lê-se que “o Partido Comunista Português recebeu um OK para um evento com 16.500 pessoas”, em referência à realização da Festa do Avante!. A autorização da lotação máxima de 16.500 pessoas é um número “anormalmente alto para ajuntamentos na Europa durante a pandemia de coronavírus”, pode ler-se na notícia.  “A autorização provocou protestos porque as autoridades reduziram durante meses o número de pessoas permitidas em outros eventos públicos, forçando o cancelamento de muitos deles.” O texto indica ainda que o anúncio surge numa altura em que “o Governo de centro-esquerda Socialista está à procura de apoio político de outros partidos, incluindo os comunistas”, para o Orçamento do Estado para 2021. A notícia assinada pela AP, e publicada em vários jornais internacionais, assinala ainda que a diretora-Geral de Saúde, Graça Freitas, lembrou que “há um risco real que, durante o evento, pessoas infetadas com e sem sintomas possam circular pelo recinto” e que a ministra da Saúde, Marta Temido, afirmou que as regras “foram bem pensadas”.
ATÉ O NEW YORQ TIMES!....

CADA CAVADELA, SUA MINHOCA....

DESENHOS DE VITOR ROSA