Não…, não é a canção
do Gilberto Gil.
Este é o Abraço de
uma vida,
mil vezes roubado…,
mil vezes desejado.
Sessenta e cinco longos anos, tão longe e tão
perto…,
abraçados pela alma,
inocentes de qualquer
crime…,
a não ser que o facto
de amar o seja.
Abracemo-nos por cada
segundo…, por cada minuto desse tempo enorme,
que faz este abraço
tão grande…
…estaremos sempre
abraçados!
AC
3 comentários:
OBS.
Esta mensagem é tão emotiva quanto não deixa de ser realista.As guerras num
mesmo país dão sempre nisto: longas separações, poucas reuniões. Assim tem
acontecido. Como foi o caso do Muro de Berlim que chegou a dividir casas de
família.Assim aconteceu na Coreia, com uma mesma nação Norte e Sul e dois
países tornados continuamente inimigos. Inimigos,note-se, por causa de
poderes externos aos irmãos nascidos em berços coreanos.
Sendo assim o que sobrou, foi a memória das relações humanas e
familiares. O primeiro caminho que qualquer ser humano percebe, quer,
pode e deve praticar.E aqui ensaiou.
Diria pois que o futuro acaba de chegar à Coreia. E quando, como vimos,
agora chegou é para o esquecer abrindo, de imediato, um novo caminho.
É esta a minha interpretação.Mas todas devem servir-nos para ter a
vontade de ver muitas mais cenas assim dado que ainda há muitos países
divididos. E, outros há, com a tentação permanente de criar novas
e violentas separações.
À custa de quase tudo. E sobretudo do Amor vivo e praticado no seio
do género humano. Se assim fosse, talvez não viessem a existir tão
"longas as lagrimas" como as que aqui estão vivas e demonstradas.
Saudações
ANBerbem
A propósito deste post
Estou a ler um livro de contos, cujo autor se chama Bandi e tem por título “A denúncia”.
Bandi vive na Coreia do Norte, tem cinquenta anos, e escreveu no mais completo sigilo, conseguindo fazer passar a sua obra para o exterior camuflada como propaganda ao feroz regime que impera no país. Os seus contos revelam, mais do que a crueldade, a desumanidade a que um povo é submetido. No país as palavras esquerda e direita, com significado político, não existem. Apenas um partido único comanda: o PHN – Partido da Humilhação Nacional.
Se me é permitido, aconselho a leitura (FNAC ou Bertrand encontra-se).
Oiçamos Bandi:
«Vivo na Coreia do Norte à cinquenta anos,
Como um autómato que fala,
Como um homem preso por um jugo.
Escrevi estas histórias
Impelido não pelo talento,
Mas pela indignação,
E não usei uma pena e tinta,
Mas os meus ossos e as minhas lágrimas de sangue.»
Lindo o que acabei de ler...
resultado de um grande abraço ao avô supostamente saudoso, não realmente saudoso.
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