terça-feira, 21 de agosto de 2018

REENCONTRO

             Aquele Abraço
                   Não…, não é a canção do Gilberto Gil.
                   Este é o Abraço de uma vida,
                   mil vezes roubado…, mil vezes desejado.
                   Sessenta e cinco longos anos, tão longe e tão perto…,
                   abraçados pela alma,
                   inocentes de qualquer crime…,
                   a não ser que o facto de amar o seja.
                   Abracemo-nos por cada segundo…, por cada minuto desse tempo enorme,
                   que faz este abraço tão grande…
                    …estaremos sempre abraçados!
AC
        

3 comentários:

Anónimo disse...



OBS.

Esta mensagem é tão emotiva quanto não deixa de ser realista.As guerras num

mesmo país dão sempre nisto: longas separações, poucas reuniões. Assim tem

acontecido. Como foi o caso do Muro de Berlim que chegou a dividir casas de

família.Assim aconteceu na Coreia, com uma mesma nação Norte e Sul e dois

países tornados continuamente inimigos. Inimigos,note-se, por causa de

poderes externos aos irmãos nascidos em berços coreanos.

Sendo assim o que sobrou, foi a memória das relações humanas e

familiares. O primeiro caminho que qualquer ser humano percebe, quer,

pode e deve praticar.E aqui ensaiou.

Diria pois que o futuro acaba de chegar à Coreia. E quando, como vimos,

agora chegou é para o esquecer abrindo, de imediato, um novo caminho.

É esta a minha interpretação.Mas todas devem servir-nos para ter a

vontade de ver muitas mais cenas assim dado que ainda há muitos países

divididos. E, outros há, com a tentação permanente de criar novas

e violentas separações.

À custa de quase tudo. E sobretudo do Amor vivo e praticado no seio

do género humano. Se assim fosse, talvez não viessem a existir tão

"longas as lagrimas" como as que aqui estão vivas e demonstradas.

Saudações


ANBerbem

Anónimo disse...

A propósito deste post

Estou a ler um livro de contos, cujo autor se chama Bandi e tem por título “A denúncia”.
Bandi vive na Coreia do Norte, tem cinquenta anos, e escreveu no mais completo sigilo, conseguindo fazer passar a sua obra para o exterior camuflada como propaganda ao feroz regime que impera no país. Os seus contos revelam, mais do que a crueldade, a desumanidade a que um povo é submetido. No país as palavras esquerda e direita, com significado político, não existem. Apenas um partido único comanda: o PHN – Partido da Humilhação Nacional.
Se me é permitido, aconselho a leitura (FNAC ou Bertrand encontra-se).
Oiçamos Bandi:
«Vivo na Coreia do Norte à cinquenta anos,
Como um autómato que fala,
Como um homem preso por um jugo.
Escrevi estas histórias
Impelido não pelo talento,
Mas pela indignação,
E não usei uma pena e tinta,
Mas os meus ossos e as minhas lágrimas de sangue.»

Isabel Moreira Rego disse...

Lindo o que acabei de ler...
resultado de um grande abraço ao avô supostamente saudoso, não realmente saudoso.