sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

O ANDAMENTO das COISAS - Rubrica de A.N.B.

I.
(a)  Como sabemos que o Al tejo é um espaço aberto a estas coisas, vamos aqui deixar registado que temos uma noção aproximada da realidade e do modo de vida diário da sociedade actual, que se vem tornando num lugar de passagem acelerada e de vidas humanas descartáveis. Vejam o caso de Lampedusa, reparem no comportamento da União Europeia.
Acresce que o reconhecimento das situações sobre as quais os politicos têm de decidir são, de facto, cada vez mais exigentes e com uma complexidade tecnica crescente.
O problema neste contexto não deveria ser o de existir um maior e justo dialogo entre as diferentes vertentes da(s) tecnocracia(s) financeira(s) e o poder legítimo dos estados e dos politicos?
Por outras palavras: os interesses do capital podem sistematicamente sobrepôr-se e divorciar-se da vida dos seres humanos e dos milhares de náufragos no Mediterrâneo?
(b)  Daqui anda, aliás, a resultar uma outra consequência: os actores politicos não deviam fazer menos promessas e as que fizessem assentar em compromissos sérios  na procura de consensos, por resultados concretos, impondo-se assim uma atenção maior quando escolhemos quem vai governar-nos?

II.
(c)  No país como no Alandroal vamos ou não vamos assumir que há escolhas em torno do Bem e/ou do Mal  feito que devem articular-se com o social, o educativo, o económico, o ambiental e cultural. Sem nunca perder de vista o Todo social e o conjunto de cidadãos para quem não podem servir-se soluções velhas para novos problemas? Quais os muros que devem ser derrubados?
(d)  atentem, por fim, nesta noção porventura mais abrangente: porque é que a “arte de tomar decisões em contextos condicionados” como é, por excelência, o território da politica não há-de ser novamente praticada e, esta, anda a deixar de ser vista como um sinal forte de Esperança capaz de dar protecção efectiva às pessoas que mais precisam em terra e no mar sem ser “a título póstumo” como agora sucedeu em Itália?
Será apenas culpa dos tempos que vivemos, da Arte ou principalmente dos Artistas?
Aqui fica esta pergunta.
     ANB
      (13/12/2013)


2 comentários:

Anónimo disse...

Dos políticos, porque chamar Artistas aos ditos é uma falta de respeito para os Artistas dignos do nome.

Anónimo disse...

Aos políticos e muitos aspirantes a políticos nome mais adequado sem dúvida oportunistas.