I.
(a) Como
sabemos que o Al tejo é um espaço aberto a estas coisas, vamos aqui deixar
registado que temos uma noção aproximada da realidade e do modo de vida diário
da sociedade actual, que se vem tornando num lugar de passagem acelerada e de
vidas humanas descartáveis. Vejam o caso de Lampedusa, reparem no comportamento
da União Europeia.
Acresce que o
reconhecimento das situações sobre as quais os politicos têm de decidir são, de
facto, cada vez mais exigentes e com uma complexidade tecnica crescente.
O problema
neste contexto não deveria ser o de existir um maior e justo dialogo entre as
diferentes vertentes da(s) tecnocracia(s) financeira(s) e o poder legítimo dos
estados e dos politicos?
Por outras
palavras: os interesses do capital podem sistematicamente sobrepôr-se e
divorciar-se da vida dos seres humanos e dos milhares de náufragos no
Mediterrâneo?
(b) Daqui
anda, aliás, a resultar uma outra consequência: os actores politicos não deviam
fazer menos promessas e as que fizessem assentar em compromissos sérios na procura de consensos, por resultados
concretos, impondo-se assim uma atenção maior quando escolhemos quem vai
governar-nos?
II.
(c) No país
como no Alandroal vamos ou não vamos assumir que há escolhas em torno do Bem
e/ou do Mal feito que devem articular-se com o social, o educativo, o
económico, o ambiental e cultural. Sem nunca perder de vista o Todo social e o
conjunto de cidadãos para quem não podem servir-se soluções velhas para novos
problemas? Quais os muros que devem ser derrubados?
(d) atentem,
por fim, nesta noção porventura mais abrangente: porque é que a “arte de tomar
decisões em contextos condicionados” como é, por excelência, o território da
politica não há-de ser novamente praticada e, esta, anda a deixar de ser vista
como um sinal forte de Esperança capaz de dar protecção efectiva às pessoas que
mais precisam em terra e no mar sem ser “a título póstumo” como agora sucedeu
em Itália?
Aqui fica esta
pergunta.
ANB
(13/12/2013)
2 comentários:
Dos políticos, porque chamar Artistas aos ditos é uma falta de respeito para os Artistas dignos do nome.
Aos políticos e muitos aspirantes a políticos nome mais adequado sem dúvida oportunistas.
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