CRÓNICA DE OPINIÃO DA RÁDIO DIANA/FM

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 Responsabilidade Social precisa-se!
Carlos Sezões

Quarta, 04 Maio 2011 08:27
Com a crise de financeira de 2008, que despoletou crises económicas e agravou crises da dívida um pouco por todo o mundo, muitos apressaram-se a decretar o fim do capitalismo e da economia de mercado como a conhecemos. Nada de mais errado. Por muitos defeitos que tenha, e tem mesmo, pode-se dizer do nosso modelo capitalista, almofadado pelo estado social possível, aquilo que Churchill dizia da democracia: “é o pior sistema do mundo sem exceptuarmos todos os outros que já foram experimentados.”
Contudo, estou seguro que algo está a mudar na mente de muitos decisores empresariais mundiais. Voltou hoje a ter uma actualidade acrescida a chamada Responsabilidade Social das Empresas. Mas que é isto na prática?
Não é apenas uma expressão bonita. É o compromisso da Empresa em contribuir, de forma voluntária, para um impacto positivo dos seus negócios na sustentabilidade ambiental, social e económica e na qualidade de vida das populações de uma comunidade. Fazer negócios, hoje em dia, não pode ter apenas a maximização do lucro a curto prazo como única e última meta. A Empresa deverá atender aos valores éticos e morais bem como tentar, dentro das suas limitações, contribuir para criar valor acrescentado na Comunidade e preparar a sua sustentabilidade no longo prazo.
Deverá começar a olhar para dentro de si própria. Por exemplo, para os seus colaboradores, para além da questão da equidade e justiça nas remunerações e incentivos aos seus gestores, apostar no desenvolvimento profissional constante, nos benefícios que promovam a qualidade de vida e o equilíbrio profissional/pessoal. Para Fornecedores e Clientes, no respeito por princípios de qualidade, luta contra a corrupção ou contra o trabalho infantil. Para a Comunidade envolvente, a defesa do ambiente será uma área essencial, especialmente se a empresa tem actividades de produção industrial ou serviços produtores de resíduos. Outros vão mais longe, com o mecenato educativo e cultural ou a promoção de boas práticas educativas (bolsas de estudo e de investigação). Como último exemplo, o apoio social a segmentos carenciados – é também cada vez mais comum o empenhamento das Empresas em acções de solidariedade perante situações de pobreza ou exclusão social.
Temos, aqui bem perto, a Delta Cafés que tem neste âmbito uma actuação de enaltecer. Será, efectivamente, esta atenção à sustentabilidade e à responsabilidade social que irá diferenciar as empresas, pequenas e grandes no futuro próximo.
Carlos Sezões