quarta-feira, 4 de maio de 2011

"POIS É"

Qualquer português com “meia dúzia de miolos na cabeça” chega facilmente à conclusão que estamos mesmo metidos numa “camisa de onze varas” , como por cá se costuma dizer.
Não vou divagar sobre a quem competem as culpas. Tenho a minha ideia mas pouco adianta aqui divulgá-la, porque para isso já temos gente que nos sobra.
Andaram por cá uns “beneméritos”, para ver se somos “homenzinhos” capazes de cumprir com as regras por eles determinadas, para fazerem o favor de nos emprestarem algum “guito”. Parece que vão emprestar 78 mil milhões.
Segundo consulta que fiz no Google estima-se que cada português deva ao estrangeiro 16 mil. Ora (por certo não contabilizam nesta nossa divida os recém nascidos, meninos e adolescentes, que não têm culpa nenhuma dos pais serem uns “caloteiros”), portanto talvez sete milhões estejam endividados a este ponto.
Abro aqui um parêntesis para dizer que este”divagando” vem a propósito:
1º - De uma conversa de café com gente amiga (ambos funcionários públicos), com vencimentos abaixo dos mil euros, e, que em conversa se lastimavam, perante a ameaça ventilada na altura pela comunicação social do corte do 13º mês, e a dificuldade do empréstimo do crédito bancário estarem em risco os habituais dias de férias em Palma de Maiorca e Canárias (cartão de débito sempre à frente, mas já fora de serviço por imcumprimentos assumidos).
2º - Pela notícia do Expresso que nos dá conta que nesta Páscoa os hotéis Algarvios estavam cheios (principalmente de portugueses) e que os Bancos continuam a oferecer férias de sonho, viajando agora e pagando depois,
Hoje, logo pela manhã encontrei o tal casal que não prescinde da sua viagem anual às praias de nuestros hermanos (mais os dois rebentos adolescentes).
E a conversa foi esta:
“Então vizinho (cá por Montemor todos nos conhecemos por vizinhos). Ouviu ontem o Sócrates? Afinal vamos ter subsídio de férias!
 Logo vou já telefonar para a agência para marcar as passagens antes que esgotem.

É o português normal, está-lhe na senda a que se foi habituando, ou a que o habituaram.
Quem vier atrás que apague a luz e feche a porta.

Todos ao mólho e fé em Deus
 Chico Manuel

1 comentário:

Anónimo disse...

É assim mesmo!
Nem só os ladrões têem esses direitos.
E a vida é curta.
Toca a aproveitar minha jente!
E "toda a jente é pessoa".