Mudança – O que traz Passos Coelho?
Carlos Sezões
Quarta, 18 Maio 2011 09:34
Assumo a minha ligação de mais de uma década ao PSD, pelo que muitos poderão interpretar esta minha opinião como originada exclusivamente pelo compromisso partidário. Contudo, garanto-vos que, racionalizando tudo o que está em jogo nas próximas eleições de 5 de Junho, direi com toda a convicção que esta é a eleição mais importante e marcante dos últimos 15 anos. E, na minha óptica, a eleição em que as opções estão mais claras que nunca, em termos de quem merece ganhar e quem merece perder.
O diagnóstico já está feito e o retrato da herança é reconhecido por todos: um défice recorde nas contas públicas, uma dívida brutal que demorará décadas a pagar, um desemprego de dimensões trágicas e mais uma recessão na economia portuguesa, quando todas as outras economias já começaram a crescer.
Esta descrição deveria bastar para elucidar qualquer português sobre quem não merece continuar a governar Portugal – refiro-me naturalmente a Sócrates e ao PS.
Mas podemos ir mais longe e falar sobre quem merece e porquê.
Pedro Passos Coelho chegou à liderança do PSD há pouco mais de um ano. É um político invulgar. Todos os que, como eu, já tiveram a oportunidade de o conhecer pessoalmente, podem atestar a sua seriedade, o seu sentido ético e o seu bom senso para distinguir o que fundamental do que é acessório. Não está para ilusionismos ou para o tacticismo mediático do dia-a-dia. Sobre o seu carácter basta um episódio emblemático: quando saiu da Assembleia (com 35 anos), renunciou à reforma vitalícia a que tinha direito como deputado, tendo sido o único a fazê-lo nas últimas décadas.quando saiu da Assembleia (com 35 anos) teve uma atitude que nenhum dos que o ofendem tiveram... Caso único... Pedro Passos Coelho renunciou à reforma vitalícia a que tinha direito como deputado, tendo sido o único a fazê-lo
É uma pessoa altamente preparada. Ainda antes de assumir a liderança do PSD, dirigiu plataformas de estudo e reflexão que geraram um retrato objectivo dos males deste País, suas causas e respectivas terapias.
Pedro Passos Coelho tem um projecto! Tem um conjunto de opções definidas, baseadas numa visão moderna do Estado e da Sociedade, que coloca as Pessoas no centro da actividade política e lhes dá poder de decisão e uma cultura de exigência – na Economia, na Justiça, na Educação, na Saúde…. Que coloca as capacidades de inovação dos Portugueses como grande aposta desta geração. Que nos diz, muito simplesmente: vamos criar em Portugal, um ambiente seguro, saudável e competitivo que nos dê liberdade e responsabilidade, para que possamos ter os mesmos resultados que outros portugueses, lá fora, vão atingindo para nosso orgulho e satisfação.
É ousado? Certamente! Mas não é mais do que muitos países da Europa fizeram com sucesso nos últimos 15 ou 20 anos, enquanto nós, em Portugal, resolvemos continuar a empobrecer à sombra de um Estado arcaico, ineficaz e endividado.
Dia 5 de Junho será decisivo. Ou aprendemos com os erros do passado e começamos a remover os bloqueios ao desenvolvimento de Portugal ou ficamos um rectângulo ingovernável, num canto da Europa. Para os que agitam fantasmas sobre a mudança, apenas respondo: quando se sabe para onde se vai e como se vai, com uma visão sólida de futuro, a mudança vale sempre a pena!
Carlos Sezões
Gestor
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