terça-feira, 24 de maio de 2011

COMENTÁRIO EM DESTAQUE

M. Laginha no Alandroal

Uma viola numa mão, a Guitarra na outra

Não podia deixar de fazer um pequeno Comentário para o Al Tejo sobre a passagem de Mário Laginha pelo Castelo do Alandroal, Quintal do Relógio que não deixou de ir batendo pausadamente as horas. Como sempre o fez há décadas e décadas.
Bom, penso que o espectáculo esteve algo próximo da excelência. Estivemos perante um grande músico. A noite estava boa. O ambiente propício. Com o público bastante envolvido. Numa Vila que provou mais uma vez que gosta deste tipo de realizações. E porque é que não havia de gostar, digam-me lá?
É evidente que na actuação de Mário Laginha sobressaiu a sua conhecida composição para piano intitulada “Fado”. Foi um momento maravilha porque o pianista se envolve de tal maneira que chega a dar a sensação que o piano toca por Ele. Tocam os dois. Dialogam a duas mãos. Com as mãos cruzadas.
Tocando no piano viola e guitarra ao mesmo tempo andamentos do Fado de Lisboa que se distinguiam e (reconhecem) perfeitamente.
Com as duas mãos.Com as mãos cruzadas até uma certa gaguez simples e humorada acabaram por cair bem. Com se de um “redondo e perfeito vocábulo” se tratasse (Z.A.).
Mário Laginha é músico. Não tem de ser um bem-falante. Por isso acabou, ainda aqui, por dar-nos mais uma nota envolvente do que é o compositor, o solista, o intérprete sensível da música portuguesa. E porque não do Homem português?
Que cria. Que resiste. Que vai para o nosso interior alentejano. Que se emociona. Que toca…sem luz se necessário for contagiando o ambiente, comunicando com as pessoas.
Que, por fim, o reconhecem e aplaudem agradecendo mutuamente aqueles momentos maravilha.
Por mim, alandroalense, gostei muito. Assim como tenho gostado de outros concertos que foram ou vêm sendo aqui realizados. A nossa Vila presta-se a isso. Eu acredito nisto.
Não temos que ter problemas de consciência em gostar de música popular ou de música dita erudita. Temos é que saber gostar de música. Tão simples e tão autêntico quanto isto.
Porque afinal sem música, sem músicos, sem emoções não passamos. E como o diriam o Zé de S. Pedro, ou o Mestre Zé Gato também não vivemos… Bebendo um copo. Ou dois. Ou três. Qual foi, qual é, qual será o mal? E onde é que afinal está o verdadeiro exemplo do BEM?
Com as melhores saudações

António Neves Berbem
Em XXIII/V/MM

8 comentários:

Anónimo disse...

O caro Neves Berbem ficou comovido e sentido com a actuação do Mário Laginha, diria que pelo seu comentário nunca viu ninguém tocar assim, mas isso é porque vê pouco de bom e conhece pouco dos pianistas deste País e do Mundo, veja mais vezes o canal Mezzo e alargue os seus horizontes e conhecimentos musicais.
Não o sabia tão entendido em questões de técnica de piano, só nos falta dizer se o tom das músicas era maior ou menor, se a escala era de sol ou de fá, ou será que tudo isto não é só a sua veia poética a esvoaçar, com a história da guitarra numa das mãos e a viola na outra, as mãos que se cruzam que é uma coisa básica, fácil de fazer e ao alcance de qualquer pianista básico, só falta comentar a viola que estava no saco, e a harpa que também lá estava mas que não conseguiu ouvir.
Esta sua descrição faz lembrar a de certos críticos de vinho que falam em sabor a chocolate, baunilha, quando o vinho tem que saber é a uva.
Acho bem que diga o que pensa, eu também o faço e também eu vi um pouco da actuação do Mário Laginha que foi ao seu nível mas nada de outro mundo, comparando com Herbie Hancock, Joe Zawinul, Chucho Valdês, pianistas que o Sr. não conhece e nunca viu ao vivo e é melhor que não veja, porque se ficou nesse estado com a actuação do Mário Laginha, se visse algum destes possivelmente dava-lhe um avc.
Mas caro Berbem, o Mário Laginha, que se tornou conhecido como musico de jazz mas de facto a sua formação é clássica e não se pode chamar jazz á fusão que este musico normalmente faz, porque está lá jazz, clássico, fado e outras sonoridades do mundo.
Caro amigo já tivemos por cá coisas do mesmo nível e melhor organizadas, o caro Berbem é que se fingiu de distraído e já que tanto insiste no jazz, já tivemos por cá um festival de jazz internacional com um musico que faz parte da história mundial do jazz, mas o Sr. nessa altura não teve tempo de assistir a nenhum dos três dias de festival, como se a musica deixa-se de o ser só porque não se gosta de quem a produz, e olhe que fez mal, porque teve momentos do mesmo nível do concerto do Laginha e momentos musicais na minha perspectiva bem mais altos.
Não tenho nada contra o Sr., Berbem a não ser essa sua tendência de só opinar e enaltecer o que lhe interessa, afinal o Sr. é como qualquer outro, tem tendências, mas então assuma o facto e deixe de dar uma de independente e moralista porque de facto não o é há por ai muitas contradições e falta de coerência.

Caro Berbem olhe que isto é uma modesta opinião e não uma bicada como o Sr. tem o hábito de dizer quando os meus comentários em Português ruim o incomodam.

Um admirador da sua escrita.

Carlos Bica

Anónimo disse...

Parto do princípio que o Sr. Carlos Bica é entendido em música. Só alguém com esses conhecimentos falaria daquela maneira. Acredito que assim seja.
Mas, em meu entender, o que o Sr. Berbem quis dizer foi que o Alandroal estava de parabéns por ser palco de um espectáculo destes.
Espectáculo de que eu não posso falar porque não estive presente, mas avaliando pela qualidade dos artistas, não me custa a crer que os que lá foram passaram um bom serão.
Já no festival de jazz que o Sr. Carlos Bica refere, estive presente, e confirmo o que diz, foram de facto grandes momentos de jazz que se viveram.

O que importa agora, porém, é que esses espectáculos tenham continuação. E que nós acreditemos que sim.
Sempre será uma ajuda.

Anónimo disse...

Meu caro Carlos Bica


Dá a impressão que V. agora decidiu fazer uma marcação á zona ou mesmo homem a homem que não sei se lhe fica bem enquanto sensível apreciador da boa musica e dos grandes interpretes. Faça os possiveis por se entreter com a Musica para o qual parece ter dotes criticos e tente esquecer o resto.

Viva as suas próprias sensações e deixe para os outros as sensações que são dos outros.

E creio que se me mostrar como é que vive e escreve sem contradições,estou disposto a continuar a ler o que escreve mas não a seguir-lhe o exemplo.Porque como sabe o homem ideal não existe na natureza humana.

O que V. quer dizer percebe-se bem.Agora o que não deve é dizer o que V. gostaria que eu escrevesse.

Somos livres não é assim? E não tenho procuração de ninguém.

V. descobriu alguma? E posso mesmo acreditar em si quando se diz um admirador da M/escrita?

É que se assim for vamos continuar a ter de nos admirar um ao outro.


Com as melhores saudações


anb

Anónimo disse...

Apareceu na televisão, em determinada altura, um reclame de rezava assim "o que é Nacional é bom" Carlos BIca parece querer dizer o contrário. O que é bom é estrangeiro. O Dr Berbem é um Alandroalense válido e persistente, que releva na sua escrita uma grande sensibilidade pelo Alandroal, Terena, Santiago, pelo Concelho.
Sr carlos Bica, peço-lhe desculpa por comemtar um comentador. Devemos comentar o acto ou a obra, neste caso Mário Laginha e os Aduf, que gostei muito de ouvir e ver com um bonito e luminoso cenário.
Torrigaldo
24-05-011

Anónimo disse...

O desespero já é tanto e a dor de cotovelo ainda mais, estão a ver o chão a fugir-lhes,que atacam tudo que mexe,perdoaí-lhes SENHOR.ZÈ DO MALHO

Anónimo disse...

E então o extraordinário espectáculo do ADUF?
Até parece que só esteve o Mário Laginha em palco.
Parabéns ao Laginha e ao ADUF.
Um filho do Alandroal.

Anónimo disse...

SÃO TRES MUSICOS NO MESMO PATAMAR E NIVEL, EMBORA DE ISTRUMENTOS DIFERENTES, A VERDADE É QUE AINDA O MARIO LAGINHA NÃO ERA CONHECIDO JÁ O ZÉ SALGUEIRO ERA O BATERISTA DOS TROVANTE.
É A VELHA HISTÓRIA DO PIANISTA SER MAIS IMPORTANTE QUE O BATERISTA, HISTORIA ANTIGA E SEM FUNDAMENTO...
FOI UM BOM ESPECTACULO AO NIVEL DE MUITOS OUTROS BONS QUE JÁ POR CÁ PASSARAM, A VERDAEIRA DIFERENÇA É QUE ESTE PRESIDENTE AJUDA A PROMOVER ESTES EVENTOS E O OUTRO ESTAVA SEMPRE A VIAJAR E QUANDO IA CHEGAVA ATRASADO, E SE O TAL HOMEM DO FORO NÃO FEZ MAIS, FOI PORQUE NÃO TINHA A SEU LADO O APOIO DE UM PRESIDENTE COMO O GRILO, ESTA É PARA MEDITAREM.........

TOPA TUDO

Anónimo disse...

OBs.


Julgo que neste caso é,de facto, devido um pequeno esclarecimento.Se não escrevi sobre o Zé Salgueiro, foi apenas para não tornar muito extenso o comentário que pretendia fazer.

Mas, é claro, como a água pura, que é também um grande musico.E talvez não seja nada por acaso que andam os dois a tocar juntos.Ele e o Mário Laginha.
Aliás,ainda sou daquele tempo em que o Zé Salgueiro, às vezes, aparecia num Bar e tomava conta daquilo tudo e do ambiente com a Magia dos seus sons e das suas execuções.Eu vi.Eu senti,pelo menos, duas vezes, num bar em Sintra.

Já quanto aos ADUF, fiquei com uma impressão que não sendo incondicionalmente favoravel,acho que devo esperar uma segunda oportunidade para dizer o que penso.Um opinião que será apenas de quem gosta,sente e admira Música.

Estou como um grande escritor português: "se podes dizer bem,diz.Se é para dizer mal,medita".

Com as melhores saudações


Antonio Neves Berbem