(LER BEM, E NÃO TROCAR O C PELO G E ESQUECER DA ACENTUAÇÃO)
Para aqueles que não sabem eu explico o que é uma cacáda:
Na altura do Carnaval, e no
tempo em que as portas tinham postigos, e não havia o cuidado de os fechar (tempos
passados em que tão pouco as portas tinham
necessidade de ser trancadas), era prática a brincadeira de deitar para dentro
das casas «porcarias» normalmente os dejectos dos muares que iam beber ao
chafariz da fonte, e que iam fazendo as «necessidades» pelas ruas da vila.
Feita esta explicação, indispensável para a
história, vamos a ela:
Quem teve a culpa de tudo isto acontecer foi o ESPENICA TOUCINHO, que não morando tão pouco naquela rua, foi deixar altas horas da manhã um preservativo, que tinha usado onde muito bem entendeu, à porta da GAGUINCHA.
Quem teve a culpa de tudo isto acontecer foi o ESPENICA TOUCINHO, que não morando tão pouco naquela rua, foi deixar altas horas da manhã um preservativo, que tinha usado onde muito bem entendeu, à porta da GAGUINCHA.
Não são coisas que se façam,
mais a mais numa Senhora de tanta seriedade, e a quem não havia nada a apontar.
Por mais voltas que desse à
cabeça nunca lhe ocorreu que tivesse sido aquele malandro o actor de tal acto,
inclinando-se antes para a sua vizinha FARINHAS que morava duas casas abaixo.
Claro que não podia ser
outra pois ainda ontem tinham estado a tagarelar, sobre o assunto e ela lhe
tinha dito que tomava as devidas precauções, pois já lhe chegavam os dois
filhos que tinha, ao que ela contrapôs que ela não se ralava com essas coisas e
havia de ser o que Deus quisesse.
Foi aquela magana concerteza, deixa que mas
pagas!!!!.
Ora a família FARELO era pobre, tinham apenas três divisões na sua habitação, um quarto para os filhos de tenra idade, outro para eles e a casa de entrada que era ao mesmo tempo, cozinha, sala de estar, de jantar e onde ao lume passavam o dia. Eram pobres, mas ele lá engordava o seu bacorinho, e todos os anos por altura do Carnaval procedia à matança do mesmo.
Ora a família FARELO era pobre, tinham apenas três divisões na sua habitação, um quarto para os filhos de tenra idade, outro para eles e a casa de entrada que era ao mesmo tempo, cozinha, sala de estar, de jantar e onde ao lume passavam o dia. Eram pobres, mas ele lá engordava o seu bacorinho, e todos os anos por altura do Carnaval procedia à matança do mesmo.
Feita a matança e temperadas as carnes a mulher
lá dispôs os alguidares, com as carnes para as linguiças, outro para as
morcelas, outro para as farinheiras, lá fez a cruz da ordem por cima, e aproveitou, antes de as tapar com o
respectivo lençol, ir deitar as crianças.
Nesse dia a GAGUINCHA havia morto uma galinha, e já com ela fisgada guardou as penas, que se estava mesmo a ver iriam servir para uma cacáda na casa da vizinha. Nem tão pouco se lembrou que a outra estava de matança, e que os alguidares da carne teriam forçosamente de estar na única dependência que a FARINHAS tinha para tal efeito.
Nesse dia a GAGUINCHA havia morto uma galinha, e já com ela fisgada guardou as penas, que se estava mesmo a ver iriam servir para uma cacáda na casa da vizinha. Nem tão pouco se lembrou que a outra estava de matança, e que os alguidares da carne teriam forçosamente de estar na única dependência que a FARINHAS tinha para tal efeito.
Pé ante pé com as penas embrulhadas num jornal,
foi só empurrar o postigo, desdobrar o jornal e ala, penas para dentro da casa
da vizinha, e toca a fugir. A outra que ouviu passos tão apressados, deixou o
que estava a fazer, deitar os filhos, e veio ver o que seria aquela correria,
chegando a tempo de ainda ver a vizinha a encafuar-se dentro de casa. Só depois
reparou que a carne dos alguidares estava pejada de penas de galinha.
Diz quem viu que a briga foi de tal ordem que ambas iam ficando carecas.
Saudações Marroquinas
Xico Manel
Diz quem viu que a briga foi de tal ordem que ambas iam ficando carecas.
Saudações Marroquinas
Xico Manel
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