RUI MENDES
Escassez de pessoal qualificado…
Por informação recentemente obtida
soubemos que há empresas sediadas em Évora que referem ter dificuldade em
recrutar para determinadas funções, em especial quadros qualificados que
revelem particulares comportamentos.
Entendem
alguns sectores empresariais que remunerações baixas são um factor de atracção
de novas empresas, e que trazer novas empresas aumenta de competitividade da
região.
Ora,
as baixas remunerações não só mostram que o tecido empresarial é pouco
competitivo, como é um factor que não fixa quadros qualificados.
É
uma questão da governação das empresas. Saber recrutar é um acto de fundamental
importância na vida das organizações. Saber segurar os recursos humanos que
criam valor é um acto de sobrevivência para as organizações.
Com
taxas de desemprego baixas os quadros qualificados tendem a ser mais
procurados, têm mais mercado, pelo que quem deles precisa terá que criar as
condições para os atrair, seja por via da remuneração, seja por outro tipo de
incentivo.
A
disputa por recursos humanos qualificados é uma das contingências do mercado. É
a lei da oferta e da procura a funcionar.
Se
as empresas da região de Lisboa, com a qual a nossa região tem fronteira,
conseguem ser suficientemente atractivas, ao ponto de atrair muitos dos jovens
que são formados na região, é porque têm capacidade para acolher e fixar
quadros qualificados, mas não o fazem certamente com políticas de baixas
remunerações.
Estamos
certos que as condições que devem nortear um qualquer recrutamento devem
atender ao ambiente social e económico em que as organizações estão envoltas.
Se quadros qualificados escasseiam neste ambiente, as empresas terão que
desenvolver políticas que lhes permitam competir por esses quadros.
Contudo,
a prática de baixas remunerações não é factor que permita atrair quadros
qualificados, pelo que o problema não estará só na falta de quadros, mas sim no
que se lhes oferece.
Até
para a semana
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