segunda-feira, 4 de março de 2019

DUQUES & CENAS - Professor J.L.N.

Correndo o risco de me tornar aborrecido…
…Não posso deixar passar este primeiro contacto mais a sério com os leitores após o lançamento do «Cloreto de Sódio» para, agora com alguma distância de permeio, manifestar a minha admiração e agradecimento pela generosidade de tantos familiares e amigos que quiseram estar comigo nesse dia. Os exemplares que começaram a circular a partir dessa tarde, libertaram-se, finalmente e estão agora nas mãos de muitos que, tal como o autor, gostam desta terra e das pessoas e do vento que sopra do lado da Serra das Vinagras e do Sol que se põe por detrás da Ponte de Ferro.
No meio deste entusiasmo todo, há ainda um pormenor especial que me deixa cheio de esperanças. Dos leitores habituais já eu esperava uma forte adesão ao livro e a tudo o que o rodeou nessa tarde de 2 de Fevereiro. O que me deixou profundamente emocionado foi o ter vindo a saber, no decorrer dos dias posteriores que muitos dos meus alunos estão a ler o “Cloreto”, alguns deles confessando ser o primeiro livro que abriram desde há alguns anos.
Mas nem tudo foram rosas. Sei que, nessa tarde, houve alguns constrangimentos em termos de espaço, o que levou a que muitos dos que ficaram nos corredores da Biblioteca Municipal desistissem e decidissem regressar ao remanso dos lares. Tenho pena e peço desculpa por isso, mas são situações que não se conseguem controlar. Houve depois, em consequência, sugestões para, numa próxima oportunidade, se realizar outro tipo de cerimónia num espaço maior onde todos coubessem sem problemas. A Biblioteca Almeida Faria é, contudo, e por todas as razões visíveis e invisíveis, o espaço particularmente destinado a este tipo de eventos. Talvez duas sessões, se tal se justificar… “E na segunda servimos uma sopinha…” atirou a Fofa, entre duas carimbadelas nos exemplares a enviar pelo correio para amigos distantes.
O Balú deitado no seu tapete persa, elevado a estrela quase literária, por causa dele próprio e da sua patinha mágica, decidiu não se pronunciar. O silêncio é, tantas vezes a melhor resposta. Talvez eu devia, de vez em quando, seguir o seu exemplo.
João Luis Nabo
“In Montemorense Fevereiro 2019”

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