quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

DUQUES & CENAS - J.L.N.

                                         A Palavra, essa marota!
A liberdade de expressão continua a ser um problema nesta pequena cidade cheia de vigilantes, controladores, examinadores da palavra, juízes, engenheiros e doutores, sempre preocupados com o pensamento dos outros e se o pensamento dos outros não vai contra as normas da moral e dos bons costumes do seu partido, da sua religião, da sua família, ou do seu grupo de amigos.
 E vêm de todos os quadrantes, sem distinção, estes polícias, com sorrisos abertos, abraços, beijinhos e apertos de mão…mas só até a gente concordamos com eles e se seguirmos cegamente a sua cartilha.
Vai, em breve, ser lançado um livro, onde a Palavra é a principal suspeita de deixar vincado no papel o que pensa o seu autor, sem censuras, nem prévias, nem posteriores, e com os nomes claros e inequívocos dos verdadeiros responsáveis por alguns dos acontecimentos que fizeram mexer o mundo, o país, o concelho nos últimos anos.
Não é um exercício jornalístico, que exigiria, natural e estatisticamente, a objectividade do autor dos textos. São meros textos de opinião, mas com a opinião segura de quem escreve, sobre acontecimentos e pessoas, e que pecam pela ausência do contraditório, tornando-se alguns deles, por isso, mais polémicos e pouca aconselháveis a virgens que, facilmente, se possam sentir ofendidas.
Tem cloreto de sódio. Coisa que vai faltando nos nossos dias.

João Luís Nabo

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