A liberdade
de expressão continua a ser um problema nesta pequena cidade cheia de
vigilantes, controladores, examinadores da palavra, juízes, engenheiros e
doutores, sempre preocupados com o pensamento dos outros e se o pensamento dos
outros não vai contra as normas da moral e dos bons costumes do seu partido, da
sua religião, da sua família, ou do seu grupo de amigos.
E vêm de todos os quadrantes, sem distinção,
estes polícias, com sorrisos abertos, abraços, beijinhos e apertos de mão…mas
só até a gente concordamos com eles e se seguirmos cegamente a sua cartilha.
Vai, em
breve, ser lançado um livro, onde a Palavra é a principal suspeita de deixar
vincado no papel o que pensa o seu autor, sem censuras, nem prévias, nem posteriores,
e com os nomes claros e inequívocos dos verdadeiros responsáveis por alguns dos
acontecimentos que fizeram mexer o mundo, o país, o concelho nos últimos anos.
Não é um exercício
jornalístico, que exigiria, natural e estatisticamente, a objectividade do
autor dos textos. São meros textos de opinião, mas com a opinião segura de quem
escreve, sobre acontecimentos e pessoas, e que pecam pela ausência do
contraditório, tornando-se alguns deles, por isso, mais polémicos e pouca
aconselháveis a virgens que, facilmente, se possam sentir ofendidas.
Tem cloreto
de sódio. Coisa que vai faltando nos nossos dias.
João Luís Nabo
Sem comentários:
Enviar um comentário