quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

CRONICA DE OPINIÃO TRANSMITIDA HOJE PELA DIANA/FM


                                                                                                 JOSÉ POLICARPO
                                                        O REGABOFE NA CAIXA
As últimas duas crónicas por mim publicadas, como, lembrar-se-ão certamente, os ouvintes mais assíduos e atentos, trataram de assuntos ligados ao nosso concelho como foram os casos da ferrovia e do Hospital central de Évora. A crónica de hoje versará sobre um tema que diretamente diz respeito a todos: O regabofe vivido na instituição financeira propriedade de todas e todos os portugueses.
Na verdade, o vivido na Caixa Geral de depósitos segundo o relatório vindo a público está balizado no tempo. Foram cinco anos, entre 2005 e 2010. Não vou partidarizar a questão, mas não me esqueço quem era ao tempo o primeiro-ministro de nosso país e os seus “amigos”, quer da politica, quer fora da politica.
Por honestidade intelectual para com os nossos ouvintes e leitores devo informar que não li o relatório portanto irei comentar, unicamente, o noticiado. Um homem médio significa que não é pouco nem muito inteligente, nem pouco, nem muito informado. As notícias que vieram a público sobre a gestão da caixa geral de depósitos, são mínimo aterradoras, porque alguém médio com o mínimo de pudor e seriedade, achará que seria impossível.
Com efeito, aquilo que se sabe é que, uma parte significativa das dívidas tituladas pela Caixa Geral de Depósitos, são incobráveis, porque os créditos concedidos não contemplaram garantias suficientes para cobrirem os empréstimos concedidos. Nalguns casos nem garantias foram exigidas aos devedores. Aparentemente, ninguém se apercebeu do risco.
A caixa Geral de depósitos teve de ser recapitalizada com cerca de 5 mil milhões de euros de dinheiro público. Dinheiro esse, que, não sabemos se ou quando será devolvido, ao seu credor, que é o Estado português em nosso nome.
Ora, não me cabe a mim fazer um juízo de censura jurídica a esta realidade, se houve ou não houve crime e quem os terá perpetrado. Mas como cidadão tenho o dever de perguntar: Como foi possível esta situação suceder, sem que as autoridades com a incumbência e a competência de fiscalizarem, não a detetaram?



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