JOSÉ POLICARPO
EXIGE-SE A MUDANÇA!
No fim-de-semana passado Portugal fora reconhecido como o melhor
destino turístico do Mundo. Noticia que devemos orgulhar-nos e, sobretudo,
agradecer a todos quanto contribuíram para este prestigiado galardão. Eu que,
sou um grande crítico, de muitas decisões politico, neste caso, todos os
governos, têm andado bem. O da geringonça também tem os seus louros, a sua
quota-parte, é devida neste mérito.
Na
verdade, o caminho que tem sido levado a cabo pelos empresários e pelas
instituições públicas ligados ao turismo nas regiões de Lisboa, Porto, Madeira
e Algarve, tem sido o mais correto. Pois, só assim se explica a quota de
mercado alcançada. Porém, há uma pergunta que na minha opinião devemos colocar.
O mesmo tem acontecido na generalidade das regiões e distritos do nosso país?
Tenho muitas dúvidas que assim seja.
Por
exemplo, no caso de Évora, não obstante o acréscimo de turismo verificado nos
últimos anos os empresários ligados ao turismo, restauração e comércio da
cidade, queixam-se constantemente de que a oferta existente em Évora não prende
os turistas mais do que uma noite e muitos não deixam cá um euro.
A
imagem da cidade continua num processo de degradação. O lixo, a falta de
iluminação, como uma sinalética quase inexistente não contribuem para que
exista uma procura endinheirada. A animação da cidade é escassa e pouco
direcionada para os turistas com mais poder de compra.
Ora,
o poder público, sobretudo a câmara municipal e os empresários ligados ao
turismo, hoteleiros, empresas de restauração e comerciantes, devem levar a cabo
uma reflexão que tenha como objetivo principal a mudança do paradigma atual.
Não sou um especialista na matéria, porém sem estar definido o mercado a
atingir não sairemos da “cepa torta”. Os turistas, em média, não pernoitam duas
noites, e o dinheiro que cá deixam é pouco significativo. A cidade de Évora tem
um potencial e potencialidades únicos no território nacional. A mudança, por
isso, exige-se.
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