JOSÉ POLICARPO
GUERRA CIVIL À PORTUGUESA
A sinistralidade rodoviária é uma matéria que nos afeta há muitos
anos enquanto comunidade. Todos os anos sem exceção é um tema que nos assola
com números de mortes e de feridos absolutamente preocupantes. Somos uns dos
países da união europeia com mais mortes nas estradas, cerca de 80 por um
milhão de pessoas. O problema está identificado. Falta de civismo por parte dos
condutores, melhores estradas e melhor sinalização. No fundo, falta a
prevenção.
Somos
um país que muito regulamenta, todos conhecemos esta realidade. E, em matéria
rodoviária, não é exceção. Contudo, os resultados são o que são. Infelizmente
são péssimos. É inadmissível que morram nas estradas portuguesas mais de 800
pessoas por ano. Trata-se de uma verdadeira “guerra civil”. Todos os dias os condutores
e condutoras portugueses, têm um grau de probabilidade elevado de terem um
acidente e, pior ainda, de morrerem na estrada.
Na
verdade, o comportamento geral dos condutores portugueses é em muitos aspetos
altamente censurável. Quem é que não viu excessos de velocidade dentro das
localidades? Quem é que não viu condutores ao telemóvel? Quem é que não viu
condutores a desrespeitarem a sinalização das passadeiras. Quem é que não viu
condutores a fazer ultrapassagens em locais absolutamente bizarros. No fundo,
todos já assistimos às maiores das tropelias das regras estradais.
Por
isso, governo, forças de segurança e condutores, uma vez por todas, têm que
estar juntos e unidos para fazer um combate sem tréguas a esta calamidade. O
Governo deverá exigir das forças de segurança fiscalização preventiva, não a
caça à multa. Entre outras medidas, a colocação de agentes nos pontos críticos.
E aos condutores, porventura o país não esteja preparado para tanto, mas que se
copie o que os países mais avançados fazem nesta matéria, conferir-lhes o
direito de fiscalização e de poderem denunciar todas as violações do código da
estrada que assistam. Obviamente, que neste particular, porque poderá haver a
violação de direitos e liberdades, terá o legislador de abrir esta discussão.
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