segunda-feira, 13 de novembro de 2017

UM COMENTÁRIO em DESTAQUE - Por A.N.B.

                                                       
                             O  PANTEÃO dos GIGABYTES
- Meia dúzia de parágrafos, bastam para mostrar a Indignação que deve ir na memória, no espírito e na carne dos portugueses e desta nação portuguesa que ainda o vamos sendo, pese embora o desplante crescente, destruidor e malfadado de certa gente.
É indecoroso. É triste. É inqualificável «a jantarada de poderes» que aconteceu no Panteão!
 Foi um jantar que já meteu “a indignação absoluta do 1º Ministro”, a estranheza distraída do Ministro da Cultura (imaginem só o sono que isto dá) e o descuido de vários membros do Governo presentes nesta privada manjarada.
Isto para não estar aqui a falar dos bimilionários, dos Websummits, e de tantos outros convidados e Founders. E, claro está, dos que apenas acordam para acumular dinheiro e estão impantes na vida. Sobretudo porque não são capazes de se respeitar a si próprios. Quanto mais aos outros e ao mundo.
Ou ao passado histórico (que fez, faz e há-de fazer parte insubstituível do nosso futuro) que lhes devia merecer superior atenção. Isto tudo como se, todos ali, não soubessem onde estavam, e o que estavam a fazer, além de se encherem. Provavelmente, à borla e à custa dos nossos impostos. Tão ingénuos que são estes “ricos- espertos”, cuidado com eles!
É muito triste ver também como os principais responsáveis, começaram já a lavar as mãos, não pedindo sequer desculpa, ao país e a Portugal, recorrendo à linguagem habitual desculpabilizante dos despachos e contra- despachos. Como, aliás, consciente deste erro grave já o fez Paddy Cosgrave. Depois, admirem-se daqui por uns tempos…!
 Vou acrescentar mais um ponto de vista, certamente em concordância com o Al tejo.
No Panteão Nacional, estão lá Grandes portugueses, sem os quais Portugal não teria chegado vivo até aos dias de hoje. A sua memória, os feitos, as suas obras e os seus exemplos, trouxeram-nos ao colo até sermos «a pátria/pai e a matria/mãe» que habitamos e somos no século XXI.
Embora também saibamos que com estas elites governantes, quiçá mais incultas do que cultas, é cada vez mais difícil ter presente esta Coisa (e esta chama) de continuar a Ser portugueses. Tão simples, tão grandes e com tanta história vivida nas entranhas.
 Diria mais: se Mário Soares ou Álvaro Cunhal, já por lá estivessem, temos a certeza absoluta que jamais participariam naquela “ coisa absurda” e grande porcaria à luz de tanto dinheiro impuro e tantas velas improprias de um Panteão Nacional.
 Em Portugal, ou em qualquer outra parte do Mundo, é caso para perguntar: MAS QUAIS VELAS? As intangíveis e perenes? Ou, as que resultam apenas “do bafo sedento do dinheiro” que um simples assopro do tempo curto em que vivemos, a seguir rapidamente apagará?      
 Sem terem respeito por quase ninguém. E só porque, à luz frouxa daquelas velas luxuosas se julgam iluminados. Iluminados em quê? Iluminados porquê? Iluminados por quem e à custa de quem? 
 De um Povo e de uma Nação certamente não o será. Nem um tal jantar devia ter ali acontecido!
 António Neves Berbem
 (13/11/ 2017)











5 comentários:

Anónimo disse...

Subescrevo o texto de opinião do ANB, na linha de praticamente todos os comentários que se escreveram e viram neste Portugal dos pequeninos, apenas discordando no que diz respeito ao Mário Soares. Se ele lá estivesse aparecia de certeza para jantar...

No Panteão há seis cenotáfios de outros tantos figurões da História de Portugal, e doze sepulturas de portugueses ilustres (é só ir à net ver os nomes).

Para o Panteão já:
Manuel Maria Barbosa du Bocage
Camilo Castelo Branco
José Maria Eça de Queiróz
José Saramago

Aquele Abraço da
Marca Alandroalense


Anónimo disse...



OBS.

Aceito de bom grado, a sua leitura de que Mário Soares poderia aparecer

no jantar até porque era conhecido por ser um bom garfo. Mas o que queia

dizer é que os "Dois juntos" nunca estariam no mesmo jantar. Isto

porque um ( o mais velho ) era demasiado seco e austero e o outro era,

reconhecidamente, um nutrido "antineoliberal".

Além disso,os dois juntos eram concerteza grandes portugueses

que preferiam "o fado e o cante alentejano", às vozes escondidas daquelas

velas e vozes que só falam em surdina ou pela calada. Embora na realidade

a sua musica seja a que já comhecemos: excessivamente metálica.

Atentamente

ANB


Ps. Imagine,por um instante, que o Alentejo criava um Minipanteão.

Alguém acharia justo que se fosse para lá comer açordas de alho?

Anónimo disse...

REALMENTE VIVEMOS NUM PORTUGAL MESQUINHO, ATRASADO E REPLETO DE VELHOS DO RESTELO! NOUTROS PAÍSES REALMENTE DESENVLVIDOS E CULTURALMENTE AVANÇADOS PROMOVEM-SE EVENTOS, COMO FOI O CASO, EM MONUMENTOS DESSE TIPO. MAS COMERAM AS PEDRAS DO PANTEÃO???!!! VIRGENS OFENDIDAS!!! NÃO ENTENDO A CELEUMA EM TORNO DESTE ASSUNTO, POIS AINDA NINGUÉM FOI CAPAZ DE EXPLICAR OBJETIVAMENTE QUAL FOI O PROBLEMA...E NÃO VALEM ARGUMENTO TOTALMENTE RETROGRADOS DE QUE FORAM OFENDIDOS OS MORTOS! ESSA GALA, PARA QUEM A TANTO CRITICA, SÓ TEVE UM PROBLEMA, NÃO FORAM CONVIDADOS OS SENHORES DO PODER DE PORTUGAL...CASO CONTRÁRIO SERIA TUDO A APLAUDIR O EVENTO...TRISTE PAÍS ESTE, DE GENTE QUE NÃO AVANÇA!

Anónimo disse...



OBS.


Estamos ainda muito a tempo de dizer no Al tejo ( até porque para o ano há

mais) que a WEbSummmit é um grande acontecimento. Com muito interesse

económico,científico, cultural e turístico. Disso ninguém duvide desde que

se vá dispensando uma certa saloiice!

Agora o que eu também não tenho grandes duvidas, é que os Organizadores

não vão voltar a fazer um Jantar daqueles no Panteão Nacional. Estão lá

portugueses,símbolos e valores sem os quais, Portugal, se tornaria um

país irrespirável, inerte e condenado à sua própria pequenez histórica.

Daí que, em primeiro lugar, o Governo já tenha dito que não vai deixar

ali repeti-los; e, em segundo lugar, que existem muitos outros sítios

para fazer jantar destes. Desde que não sejam nos Claustros dos

Jerónimos...

Antes assim. Porque é uma questão de cultivado bom senso e de bom gosto.

Nem precisa de ser uma questão politica.Os governos vão e vêm,o Panteão

fica,respeita-se e guarda-se! É a unica maneira de nos respeitarmos

enquanto Povo e nação com um indispensável futuro.


Cumprimentos


ANB

Anónimo disse...

AINDA SOBRE ESTE ASSUNTO DO PANTEÃO SER UM GRANDE SIMBOLO DE PORTUGAL E QUE DEVE SER RESPEITADO, DISSO NUINGUÉM DUVIDA. PARA VELHOS DO RESTELO, QUE HÁ MUITOS EM PORTUGAL, TUDO O QUE CHEIRA A MONARQUIA E IGREJA É INTOCÁVEL...

APENAS RECORDAR DO SEGUINTE:

"Portanto, um monumento construído com o dinheiro saqueado a outros países durante os Descobrimentos, edificado com mão-de-obra escrava, para adorar - em tom de ostentação - um ser imaginário que instigou cruzadas sanguinárias, tudo bem, mas jantar lá dentro é que ofende a pequenada. Palermice. Por mim, façam jantares e eventos onde quiserem, desde que não incomodem os vizinhos nem partam nada e, no fim, deixem aquilo como estava inicialmente. É só essa a minha regra."

CONVERSA ENCERRADA!