Posted: 04 Oct 2017 10:39 AM PDT
Por: Egas Branco
ROSA MOTA
Foi nos anos 80 do século XX que a nossa campeã começou verdadeiramente a
tornar-se uma grande atleta, a caminho de ser a melhor maratonista de sempre
até à sua altura. Lembro-me da tarde em que, inesperadamente, porque poucos o
julgariam possível, Rosa Mota em Atenas, nos Campeonatos Europeus de Atletismo,
cometeu a grande proeza de vencer destacada a maratona. Quando a televisão, na
altura apenas o canal público, nos mostrou Rosa à frente foi uma emoção, enorme
quando a vimos entrar isolada no Estádio Olímpico.
Foi uma das maiores emoções porque passámos a ver televisão. Por tudo:
porque os êxitos dos portugueses nas grandes competições desportivas, fora dos
desportos de elite, praticados apenas pelas classes até então favorecidas (o
hipismo, a vela e pouco mais) serem inexistentes, e principalmente, talvez,
pela enorme simplicidade da atleta portuguesa que, a despeito de todos os
triunfos e glórias, que foram até ao ouro olímpico, se manteve sempre
inalterada ao longo de toda a sua carreira e depois dela terminada. Privilégio
dos muito grandes, na sua actividade e na sua humanidade.
Por essa época Rosa continuava a apoiar
a Corrida para Todos, ainda na sua fase inicial de crescimento, que desabrochou
verdadeiramente durante e após a Revolução de Abril. Conservamos a seu
autógrafo, obtido no final de uma prova em que se promovia também a construção
da primeira pista de tartan no Porto, cidade natal de Rosa!
OBS: Egas Branco também ele um desportista amador de eleição: visite o seu blogue:
OBS: Egas Branco também ele um desportista amador de eleição: visite o seu blogue:
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