Por dificuldades técnicas não foi possível incluir este comentário na devida altura. Agora que a postagem a que o mesmo se refere está prestes a sair de cena, e porque o mesmo retrata na perfeição pessoas que ficaram na história do Alandroal, permito-me deixá-lo aqui transcrito.
«O gozo que me deu ler estas pequenas notas biográficas dos Zés!
Só quem os conheceu.
O que era Trinta enxertei-o num pequeno conto que passou despercebido, precisamente como pregoeiro e também estafeta de recados. Alto, esguio, apenas o líquido purpúreo lhe azedava os humores. Permito-me discordar: não era parecido com o filho (o Sousa)... e o filho não lhe chegou aos calcanhares, pelo menos como engraxador…
O de S. Pedro fazia trabalhos em casa de meu avô... …entretinha-me a vê-lo trabalhar com a polaina. Como diz o ANB e o Chico, homem de perfeita dicção... e tiradas certeiras, com humor por vezes implacável, quando também já estava abastecido. Quis ausentar-se deste mundo cruel pelo seu pé... …e sozinho se pendurou, após várias tentativas e num dia de grande sobriedade.
O Biga, que não era Zé, foi toda a vida o guardião do “Caminho da Fonte”…, logo no primeiro banco do lado esquerdo…, a portagem e licença para se sentar era paga com um matraquear de conversa manhã fora. Quando me recusava uma moeda de cinco tostões ameaçava-o de lhe chamar “caga na faia”. A alcunha pegou de tal modo que convido os meus amigos a abrirem o Tratado das Alcunhas Alentejanas e a procurar na letra C, página 138…
Um abraço
LF»
1 comentário:
OBS.
O prazer profundo que estas coisas dão a quem ainda as vai fazendo e
lendo, numa de ainda conseguirmos reparar que o Alandroal teve sempre
"pequenos humanos dentro de si mesmo"... à espera que os invoquemos.
Ou continuando a mostrar os sinais das grandes vidas que foram.
Assim seja,foi assim por mais esta vez e assim esperamos que continue a
ser. Será?...
Obrigado /Abraço
ANB
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