Ao folhearmos a “Folha de
Montemor” do presente mês deparámos que na rubrica «À Soleira da Porta» de Eduardo M. Raposo se fazia referência às memórias
dos precursores da democracia portuguesa e que entre outos como Abílio
Fernandes, Alfredo Barroso, Fernanda Ramos, Jerónimo Loios, José Chitas,
Vitalina Sofio, Vitor Martelo, etc, se incluía também o nome do primeiro
Presidente da Câmara do Alandroal, pós 25 Abril – Inácio Melrinho.
Trata-se de uma pequena
homenagem prestada pelo Autor da rubrica que transcreve parte das entrevistas
concedidas à Revista Memória Alentejana,
e divulgadas na íntegra na referida publicação.
Aqui fica a transcrição do
publicado na Folha de Montemor:
« A limpeza era feita por uma mula e o meu transporte era uma Zundap
Inácio Melrinho, santiago Maior, Alandroal (1939) era motorista em 1974 quando foi
convidado pela Comissão Administrativa para presidir à Junta de Freguesia da
sua terra, tendo vindo a ser eleito para a Câmara Municipal em 1976, nas listas
FEPU, onde foi edil durante quatro mandatos.
Refere que quando tomou posse
a limpeza pública era garantida por uma mula que durante a tarde transportava o
lixo recolhido na vila, depois de na parte da manhã transportar a carne do
matadouro para o talho. E ele, presidente da Câmara, tinha como transporte uma
motorizada Zundap e havia ainda uma carrinha Peugeot que era utilizada para
transportar os trabalhadores das aldeias e para tudo o que era necessário e que
ele ás vezes também utilizava. Posteriormente foi adquirido um dumper para
ajudar na realização das obras e uma Renault 4L
- o que era considerado quase um “luxo”.
Nesse sentido a rede de
saneamento básico, a água e a electrificação do concelho foi completado, os
arruamentos, a construção da escola secundária e das casas para os professores
e os médicos, mas também os centros culturais ou o lar de idosos ou a criação
do Grupo de Teatro do Alandroal. O que o terá marcado mais como autarca terá
sido a amizade que se estabeleceu entre os Presidentes das Camaras da região
Alentejo Central – a camaradagem que ultrapassava barreiras ideológicas, e dá o
exemplo do Victor Martelo, Presidente socialista da Câmara Municipal de
Reguengos de Monsaraz.
Melrinho é um conhecido poeta
popular e a tal fazendo jus presenteou-nos com uns versos –quatro décimas e o
respectivo refrão, a quadra – sobre esta temática e o seu colega, o nosso amigo
José Chitas, exímio conversador que assim inicia:
O pobre Chitas coitado
É amigo dos leais
Estando sempre calado
Dizem que fala demais.
4 comentários:
Não sou de políticas, sou mais pelas pessoas , por aquilo que fazem ou não fazem, teve de facto o Alandroal bons Autarcas do PCP gente que fundamentalmente, TRABALHAVA.
A gora temos de facto um executivo em que uma Senhora faz o que pode e o que sabe, mas está sósinha.
Grande homem com H GRANDE! Homem verdadeiro e de palavra, que respeitava toda a gente fosse qual fosse o credo político.
Não sou de políticas, sou mais pelas pessoas , por aquilo que fazem ou não fazem, teve de facto o Alandroal bons Autarcas do PCP gente que fundamentalmente, TRABALHAVA.
A gora temos de facto um executivo em que os vereadores fazem o que podem e o que sabem, mas estão sósinhos.
Anónimo Anónimo disse...
Grande homem com H GRANDE! Homem verdadeiro e de palavra, que respeitava toda a gente fosse qual fosse o credo político.
23 fevereiro, 2017 09:38
Sem dúvida um Presidente de todos, este sim foi unificador, ao contrário de certos cata ventos que a especialidade é dividir as pessoas.
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