O EMBAIXADOR DO CONCELHO
Na última semana o primeiro-ministro António Costa em
representação do governo português realizou uma visita à India. Segundo o
noticiado pelos órgãos de comunicação social a visita teve como objetivo
densificar as relações comerciais entre os dois Estados. A realçar esta
questão, foram as declarações do ministro da economia, que afirmou “ A India
olha para Portugal como porta para a Europa”. Aparentemente, é um boa noticia.
Com efeito, soubemos que o primeiro negócio da India no nosso país
já tem sector e o loca,l para a realização do investimento. Será na indústria
farmacêutica, e, a sua localização será na zona centro e empregará 200
trabalhadores. Não tenho nada contra a zona centro. Sou, aliás, um acérrimo
defensor da coesão territorial. E, o desenvolvimento do país como um todo,
passa por esta defesa.
Todavia, tenho o direito de saber qual ou quais, a razão ou as
razões, que levaram a escolha do investimento indiano a recair na zona centro
do país. Por que razão ou razões foram afastadas as outras zonas deste
investimento. A zona sul, sobretudo, o Alentejo interior, precisa de
investimento como de “pão para a boca”. Se queremos fixar pessoas no interior
do país, só criando postos de trabalho, conseguiremos concretizar este
objetivo. E, para isso, o investimento, quer privado, quer público, nacional ou
estrangeiro, é prioritário.
Neste quadro, é dever do presidente de câmara municipal,
diligenciar, acautelar e promover as condições para que o concelho que
representa esteja na primeira linha para receber os investimentos em carteira
no seu território. Tenham esses investimentos, capital nacional ou estrangeiro.
Por isso, gostava de ser informado pelo executivo da Câmara Municipal de Évora,
se realizou, ou se tenciona realizar contactos junto do governo português, para
que o primeiro investimento indiano em território nacional, possa ser
localizado no nosso concelho. Estou certo que os eborenses agradecem.
José Policarpo
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