Homenagem
do Al Tejo a Domingos Maria Peças
RELEMBRANDO INGMAR BERGMAN
Quando pensamos nos grandes mestres temos sempre, em
minha opinião, que citar Ingmar Bergman entre os outros grandes, como Luchino
Visconti, Serguei Eisenstein, Luis Buñuel, Jean Renoir, Federico Fellini,
Stanley Kubrick, Akira Kurosawa, Kenji Mizoguchi, Satyajit Ray, Charles
Chaplin, Orson Welles, e mais alguns.
Pelo admirável conjunto das suas obras, quase que sem
dissonâncias.
O que não significa que não haja grandes filmes
realizados por outros realizadores, muitos deles contemporâneos, alguns de língua
portuguesa, de que gostamos aliás muito.
Quanto a este SORRISOS DE UMA NOITE DE VERÃO , de
1957, é uma daquelas jóias inesquecíveis que tem como motivo a eterna luta dos
sexos, fazendo pensar acima de tudo no teatro de Shakespeare, brilhantemente
encenada por Bergman e interpretada pelos seus actores, entre os quais é justo
destacar o belíssimo quarteto feminino (sem menosprezo pelos excelentes actores
masculinos), constituído por Ulla Jacobson (Anne), Eva Dahlbech (Desiree),
Margit Carlqvist (Charlotte) e a extraordinária Harriet Anderson (Petra), no
papel da criada, que irá fechar o filme, num triunfo do amor e da vida sobre a
morte (uma vez mais em Bergman!).
Tenho muita pena que a maioria dos amigos e amigas não
possam ver este filme, porque é daqueles que nos faz gostar muito da arte das
imagens.
Não substitui, é óbvio, a vida, mas ao retratar, mesmo
a sorrir, aspectos fundamentais dela, faz-nos pensar, também com um
sorriso."
Egas Branco
1 comentário:
Sintético, objectivo e certeiro.
Cumprimentos
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