sábado, 8 de outubro de 2016

ASSEMBLEIA MUNICIPAL DO ALANDROAL DO DIA 25 SETEMBRO 2016 - RESUMO DOS PONTOS PRINCIPAIS DEBATIDOS - III PARTE

 3. Aprovação da alteração ao Regulamento de Intervenção Social a Estratos Sociais Desfavorecidos no Concelho de Alandroal;
 ---------- O senhor Presidente da Assembleia perguntou se algum deputado teria alguma questão a apresentar relativamente e este ponto da ordem de trabalhos. Não havendo qualquer intervenção submeteu à votação a alteração ao Regulamento de Intervenção Social a Estratos Sociais Desfavorecidos no Concelho de Alandroal, que foi aprovado por unanimidade dos presentes, uma vez que se verificou a ausência, do deputado Célio Nobre, da CDU e o deputado do PSD, Tomé Laranjinho no momento da votação. Ficou este ponto aprovado com dezassete votos a favor, zero abstenções e zero votos contra. -----------------------------------------
  4. Procedimento Concursal de Recrutamento de Trabalhadores na Modalidade de Contrato de Trabalho em Funções Públicas por Termo Determinado – Termo Resolutivo Parcial – Autorização para o Recrutamento Excepcional de Técnicos para Actividades de Enriquecimento Curricular para o Ano Lectivo de 2015/2016;
--------- O deputado Padre Eterno perguntou se o procedimento concursal era referente aos AEC’s e quando estes seriam admitidos. ----------------------------------------------------------------
---------- A senhora Presidente da Câmara respondeu que se referia efectivamente aos AEC’s e que após a apreciação do procedimento pela Assembleia Municipal, iria fazer o procedimento para o contrato e que as pessoas seriam admitidas o mais brevemente possível, não podendo avançar com qualquer procedimento antes de saber quais seriam as necessidades da escola. ----
---------- Passando a palavra ao deputado Tomé que também na qualidade de Director do Agrupamento de Escolas do Alandroal, explicou que o procedimento concursal se prendia com as actividades de enriquecimento curricular que eram balizadas entre o máximo e o mínimo para turmas, com base na alteração feita ao correspondente Decreto-Lei. Que, o Conselho Pedagógico decidiu, numa primeira instância, que as actividades lectivas podiam variar entre as vinte e cinco e as vinte e duas horas e meia, e as AEC´s, entre as sete horas e meia e as cinco horas máximas, tendo sido esta proposta apresentada à Câmara. -----------------------------
---------- Acrescentou que, cada turma tinha duas horas de actividades extracurriculares, duas horas de expressão musical e uma hora de inglês, à excepção do terceiro ano, que no presente ano lectivo ficou com a obrigatoriedade do inglês. Referiu que não havia necessidade do inglês, para todas as turmas porque, com base no despacho do Ministério da Educação e havendo professores que não tenham a totalidade do horário, devam ser estes a assumir estas funções. Disse existir, no entanto, uma professora a assegurar as três turmas do 1.º ciclo, do Alandroal e uma professora de educação musical porque não tinha o horário completo, que assegurava as quatro turmas de educação musical, na escola sede, sobrando então as necessidades demonstradas. -----------------------------------------------------------
---------- O deputado Padre Eterno perguntou quando poderão começar os AEC’s, uma vez que a 25 de setembro iria ser aberto o procedimento para os referidos professores e tendo em conta que o ano letivo já havia iniciado. ------------------------------------------------------------------------
---------- O deputado Tomé Laranjinho explicou ainda, que no presente ano houve uma alteração à respetiva legislação, a qual não permitia às Câmaras o procedimento concursal, mas sim escolher sem procedimento concursal utilizando a plataforma que era obrigatória, ou seja, através de um procedimento simplificado, consistindo numa análise dos currículos e perante os currículos com habilitações relevantes, o que permitiria selecionar as pessoas, não havendo a necessidade de obrigatoriamente haver um procedimento concursal. ------------------
---------- Entretanto, a senhora Presidente informou que já estava a ser solicitado o envio de currículos, dentro das áreas referidas, sendo o objectivo, contratar pessoas do Concelho que estivessem desempregadas. No entanto referiu, que num concurso ninguém poderia ser excluído pelo facto de não residir neste Concelho. -----------------------------------------------------
  5.    - Aprovação do Programa de Ajustamento Municipal
 --------- Dada a palavra à senhora Presidente da Câmara, esta sugeriu que o técnico, doutor Jorge Pinto desse uma breve explicação sobre este ponto, uma vez que estava presente nesta sessão. ---------
---------- O doutor Jorge Pinto começou por referir que o essencial do Documento, o qual foi presente na sessão da Assembleia Municipal de Junho, passou, quase na íntegra para a versão final. Que do ponto de vista da matéria substancial, houve apenas uma matéria que por força dos cálculos, foi reduzida e que seria o montante em si, do empréstimo a obter. ------------------
---------- A segunda alteração de modo substancial, em que o FAM acabou por aceitar, indo atrás do empréstimo do FAM, o empréstimo a curto prazo vencido e não cumprido, com o Novo Banco, dado que a taxa de juro proposta por aquele banco era muito alta e a taxa de juro do FAM, ficaria perto dos 2%. Que, tirando isso, o conjunto das cláusulas era bastante objetivo e está presente no Documento que anteriormente foi discutido pelos membros desta Assembleia, contendo o conjunto das obrigações a que o Município estava basicamente sujeito, enquanto durasse o Programa de Apoio. 
---------- Destas medidas, destacou quanto à receita, algo que foi solicitado e para não deixar dúvidas quanto à perda de competências dos órgãos municipais, o que tem se referia a impossibilidade do Município, durante vinte anos, poder abdicar de qualquer tipo de benefícios de natureza fiscal, fosse em que dimensão fosse. Disse que tal se prendia nomeadamente, com o conteúdo da Lei do Orçamento do Estado, que previa a possibilidade do IRS por exemplo, beneficiar famílias com um, dois, três ou mais descendentes. ------------------
---------- Conforme referiu, a resposta da directora da área financeira da DGAL à Câmara, independentemente da indecisão de estar ou não aprovada, deixou claro que os órgãos não tinham poderes para deliberar sobre essa matéria. Que havendo uma outra questão, dentro das dificuldades, porém, que era preciso neste Município, aprender-se, a “andar pelos intervalos da chuva”, sendo um deles, o que se referia à possibilidade ou não do Município integrar uma candidatura ao PES. --------
---------- O técnico disse serem intervenções de carácter urbano, parcerias com privados e o Município.  Que independentemente de este estar ou não limitado nessa matéria, sendo certo que só poderia fazer algo, se qualquer dessas intervenções se contivessem nos limites das despesas com pessoal, dos vinte Municípios que estavam previstos. --------------------------------
---------- Referiu que aprofundando um pouco, do ponto de vista jurídico, tal previa isenções de IMI às pessoas que não trabalhavam. Numa leitura mais atenta que o doutor Jorge Pinto fez do Documento, este concluiu que as isenções estavam definidas em lei e não careciam de decisão dos órgãos municipais, o que assim sendo, a compra da primeira habitação e após determinado montante, tinham uma isenção periódica de determinado tempo, uma vez que eram universais e não careciam de decisão dos órgãos. Assim, iria o Município tentar “passar pelos intervalos da chuva” noutras matérias, em termos de IRS e em termos de Derrama. -------
---------- Disse ainda que, em termos de IRS, para falar dos impostos mais significativos, a Câmara não tinha nenhuma liberdade de os ter abaixo dos seus valores máximos e não podia haver nenhum tipo de isenções fossem elas quais fossem. Que estas isenções abrangiam também obras, por exemplo, em termos de intervenção urbanística e que neste quadro das isenções a Câmara estava totalmente impedida e era dentro deste quadro que as situações se integravam, e em matéria de água, saneamento e resíduos era nevrálgico e sendo assim, passou a ser bastante difícil, com um aumento brutal do custo da água, que houve no Município, para além de outras situações. -------------------------
---------- O técnico Jorge Pinto referiu que nesse aspeto, a Câmara “jogou” com uma folga que permitiria suavizar esta matéria, não a tirando do PAM, sendo uma das causas, a passagem do Município para o mega sistema de Lisboa e Vale do Tejo, o que levou a alterações tarifárias. --
---------- Para deixar claro, o doutor Jorge Pinto referiu também que estas alterações, embora representassem uma redução de 27% na tarifa da água e de 17% na tarifa do saneamento, ainda não conseguiam estar ao nível das tarifas observadas depois da revisão tarifária e com o sistema tarifário das Águas Públicas do Alentejo. Ou seja, que esta ainda conseguia ser mais competitiva. ---------------
---------- Disse que a Câmara não baixou o custo para poder ter uma margem, marcando no orçamento hipotéticas derrapagens na despesa. Disse também, que o problema maior do que se estava a verificar na receita era, uma vez obtido que fosse o visto e logo à cabeça, a Câmara ter de arranjar todos os meses cerca de cinquenta mil euros, para pagar ao BPI e as prestações ficassem para vencer, já que a Câmara estava em cerca de dois milhões e meio de euros de incumprimento ao BPI. Que para além da negociação com a administração do FAM, este processo foi todo ele revisto à lupa, pela direcção do BPI. --------------------------------------------
---------- Acrescentou ainda a esta matéria que, a partir de 2016, o Município começaria a pagar ao FAM. A partir de 2017 a tranche do FAM somada aos noventa mil euros do banco seria de cinquenta mil euros por mês, para amortizar a dívida que se consolidaria junto do FAM, não contando com os 3,8 milhões de euros de dívidas às Águas do Centro Alentejo, embora parte destes podendo ser pagos, a nova fatura ainda não era coberta pela atual receita. -

---------- Do ponto de vista desta matéria, disse haver o problema de que o FAM tinha relatórios trimestrais e o incumprimento dos compromissos contidos no Plano, podiam levar, em qualquer momento, à ruptura do programa, à interrupção do financiamento e à devolução integral das respectivas verbas. E também do ponto de vista da despesa, que o Município se comprometia, neste Plano, com várias matérias nomeadamente, em termos de pessoal que dizia que as políticas de gestão do Município se comprometiam a não introduzir aumentos da despesa com pessoal. ---------------------
---------- Na opinião do técnico Jorge Pinto e neste aspecto poderá vir a criar-se um mau ambiente entre os trabalhadores e sendo que uma coisa, seria aquilo que está escrito de forma redonda, conseguir provar que as suas despesas com pessoal se contêm no limite das despesas com pessoal, que estão no PAM; outra coisa seria falar na redução das horas extraordinárias dos trabalhadores, como a senhora Presidente da Câmara referiu. -----------------------------------
---------- Para melhor compreensão, a senhora Presidente passou a ler uma das cláusulas constantes do PAM que dizia que, “O Município compromete-se a não adoptar medidas em matéria de gestão do tempo de trabalho que conduzam ao aumento da despesa”. -----------------
---------- Prosseguindo, o doutor Jorge Pinto disse considerar que as medidas tomadas, foram as medidas possíveis e referiu que dos seis FAM´s já aprovados, o do Alandroal foi o primeiro a estar em condições de aprovar, o que não daria prazer nenhum, mas dar-lhe-ia alguma segurança de dizer que a notação do PAM do Alandroal tem 63% do mapa, o que em seu entender, ter 63% é muito melhor que ter 90%. Isto porque, se o PAM do Alandroal tivesse tido 90% do mapa significava que, tudo o que eram medidas duras e drásticas estavam lá incluídas. Exemplificando, 63% significam que o “senhor professor não pode chumbar o aluno”, porque os 63% são suficientemente fortes, mas que tem exatamente o mínimo possível de medidas duras nesta fase. --------------------------------------------

CONTINUAÇÃO AMANHÃ

Sem comentários: