quarta-feira, 5 de outubro de 2016

AFINAL SOMOS BONS


" Não posso, não quero, nem devemos deixar de salientar a escolha de António Guterres para Secretário-Geral da ONU. É uma honra e uma responsabilidade à qual todos os portugueses devem associar-se."

Para nós ( e julgo que para o Al tejo é também uma meia surpresa igual ou parecida  à que aconteceu  com a vitoria no Europeu em Julho). O que só prova que o sonho pode muitas vezes comandar a vida.
Bem sabemos que a ONU sendo uma das sedes do poder mundial ainda não é o poder que devia ser. Nem vai conseguir resolver os grandes conflitos internacionais. Assim como sabemos que quem exerce efectivamente o poder na ONU é o Conselho de Segurança e, no seio deste, as 5 grandes potências que tem o direito de veto.
Seja,porém, como for é muito importante que um país como Portugal ( pequeno e com pouco poder) tenha num dos cargos mais visíveis e difíceis do mundo um português muito bem formado. Humanista e socialista bastante atento aos grandes problemas deste mundo em que nos é dado viver. Especialmente o dos refugiados.
 Por agora, resta pois, desejar que Portugal e António Guterres estejam à altura deste novo desafio como esperamos  deve e vai acontecer.  A. Guterres tem estatura politica para isso. O Presidente da Republica soube igualmente estar à altura do seu papel interventor apoiando  o  candidato de todos nós.
Como português e, numa de algum arroubo nacional, digo agora, "Força Guterres. Um força melhor ou tão igual  aquela que Afonso Costa teve quando foi Secretário da SDN ( a antecessora da ONU entre as duas guerras que atravessaram o século XX)".

Saudações democráticas

Antonio Neves Berbem
( 5 de  Outubro de 2016) 


2 comentários:

Anónimo disse...

Não gosto do Guterres! nunca gostei. Um pequeno contributo para avivar as memórias.
Recordo-me de um Guterres como 1º Ministro, um homem a conspirar no sótão (ele é católico apostólico romano), um indeciso convicto, a fugir do pântano para deixar o país no pantanal.
É certo que foi colaborando em obras sociais (da igreja católica). É o que eu chamo "entreter a mão"
E em dez anos de ACR???
Ensinem-me que eu não sei: desconheço o trabalho produtivo que o Guterres (ONU) fez para os refugiados - há cada vez menos refugiados?, são bem alimentados?, estão bem instalados e têm escolas para os filhos?, vivem em razoáveis condições sanitárias?, não são maltratados (muitos como animais)?, e por aí adiante. Mas não me venham falar das viagens e visitas às sete partidas do mundo, que eu por aí estou bem informado.
Quanto aos conflitos internacionais, aí todos sabemos o valor da ONU = a zero - oh! Alepo, minha bela Alepo...
É certo que o Guterres é português e socialista (já por aí há muitos a deitar o olho).
Mas atirar poeira para cima do nosso olho não é bonito.
Quanto à portugalidade e a estatura política do Guterres abstenho-me de emitir opinião, dado que comecei por dizer "Não gosto do Guterres".

Anónimo disse...

Bastante lúcido o comentário ao post. Aliás, atrever-me-ia a afirmar que o comentário é bem mais elaborado e consubstanciado de argumentos plausíveis e realistas.
"Afinal Somos Bons" - esta mensagem que tem tanto de controversa e polémica que faz-nos "desferir" ou "sacudir" duas questões inerentes e subjacentes ao parco título do post. O que é a bondade?; Qual a real definição de bondade?
O comentador está para o Guterres, como eu estou para o post.

Nuno Borralho