DESPEDIDAS
Despeço-me dos poucos amigos
Que cabem dentro da algibeira
Dos outros, arranjarei maneira,
Lido melhor com os inimigos;
Nem última, nem
vez primeira
Recordando tempos antigos…
A vida infligiu castigos
Em sua passagem derradeira;
Recordando tempos antigos…
A vida infligiu castigos
Em sua passagem derradeira;
Saúdo-vos,
ó pobres mendigos,
Desprezados na minha beira…
Uma despedida verdadeira
Desprezados na minha beira…
Uma despedida verdadeira
Junto
aos vossos abrigos;
De entre inúmeros perigos,
Levo a morte por companheira.
De entre inúmeros perigos,
Levo a morte por companheira.
Matias
José
2 comentários:
Soneto irrepreensível.....
VIVA A POESIA!!!!!
A QUALIDADE A QUE JÁ NOS HABITUOU...
E para quem se interessa por Poesia, recomendo:
VAMOS COMPRAR UM POETA - AFONSO CRUZ
Lê-se num ápice...
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