Do mensário “Folha de Montemor” – Edição de Maio, e
a propósito do modo de vida em S. Brissos (artigo de Manuel Filipe Novo), permitimo-nos dar a conhecer:
«Em anos de
seca, “pura e dura” a população recorre a uma antiga tradição religiosa.
Fazerem uma
procissão para pedir chuva.
Joaquim Canivete puxou da sua memória e descreveu a
participação nessa que foi a última e que foi feita em 2005. Para essa
procissão a população vai a pé buscar a Santa de Nª Srª do Livramento à Anta
que dista 2,5Km de S. Brissos e trazem-na aos ombros para a Igreja da Aldeia. “Deixamos
lá o Menino e trazemos a Ela”, refere este habitante. E Ela
chorava com pena do gaiato.
Sabe que diz a lenda, que Ela não gosta de S.
Brissos, pois Ela esteve casada com S. Brissos, e ele deixou-a (com um menino
nos braços) e casou com outra, que está aqui na Igreja, a Nª Srª das Neves.
Quando a
procissão chega, Ela entra de costas na igreja para não ver S. Brissos. A gente
trazia-a para aqui e o menino ficava na Anta do Livramento e Ela chorava, e
chovia. E enquanto não chovia a gente deixava-a ali”.»
De um artigo de Manuel Filipe Novo in Folha de Montemor
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