Quarta, 02 Março 2016
Esta crónica, desculpem-me os ouvintes
que me acompanham com interesse, é em forma de desabafo público. Obviamente que
pretendo que o país onde nasci assegure a todos uma vida digna no respeito
pelas liberdades individuais, que assegure e garanta a todos oportunidades de
aprender e disso possam fazer o seu modo de vida.
Este será o desejo, pelo menos paras as pessoas bem formadas, mais
transversal e consensual, que uma comunidade politicamente organizada poderá
erigir como o seu fim último.
Acontece porém, que, a nação lusa pese o
número de séculos que decorreram sobre a sua fundação – em 1143 – ainda não
soube e/ou não conseguiu criar as condições para que os seus cidadãos aqui
encontrassem a dignidade e a modernidade que a constituição proclama e
consagra. E, neste sentido, são bem reveladores os índices referentes ao
rendimento médio obtido por pessoa em Portugal. O da diferença entre os
rendimentos baixos e os mais elevados. O da corrupção e o da dependência que a
economia tem do Estado. Estando, por isso, o nosso país longe dos primeiros
lugares dos países mais desenvolvidos.
Por conseguinte, há muito por fazer e
concretizar, estou, portanto, certo que não será com proclamações populistas e
demagógicas que o panorama social e económico português, rumará no sentido do
desenvolvimento.
Na verdade, o orçamento de estado para o
ano em curso na opinião das entidades de acompanhamento, que, tanto quanto
julgo saber, não estão ao serviço do partido A ou B vêm chamar a atenção para a
dificuldade da sua execução. Sobretudo, naquilo que respeita à previsão dos
impostos indirectos: tabaco, gasolinas, e, aquisição de automóveis. Segundo
estas entidades o aumento destes impostos terá, necessariamente, um efeito
dissuasor no consumo em geral. Ou seja, o consumo diminuirá e a arrecadação de
impostos ficará aquém do previsto, já para não falar das consequências
negativas que isso terá nas empresas em geral, e, em particular, naquelas
ligadas ao sector dos transportes.
Ora, se assim é, como é que os cidadãos
portugueses poderão acreditar na bondade desta governação, se quem conhece
técnica e fundadamente as necessidades financeiras do Estado, levanta muitas
dúvidas e coloca muitos pontos de interrogação na bondade deste Orçamento de
Estado? Eu, modestamente, tenho a resposta para esta pergunta. Má-fé ou
irresponsabilidade
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