quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

ORELHUDOS DO CARAÇAS - Rubrica de A.N.B.

                                           ORELHUDOS  do CARAÇAS 

i)                   Estados de Espírito
“Orelhudos do Caraças” ao serem reactivados fazem-no na perspectiva de continuarem a ter uma participação atenta e colaborante no Al tejo. E, desta vez, para sermos objectivos,  porque estamos na última semana da campanha eleitoral das Presidenciais.
Como cidadãos não queremos deixar de marcar uma posição que deixe bem claro alguns pontos que dizem directamente respeito às eleições e à conjuntura actual da sociedade portuguesa.
Somos também dos que não alinhamos na tese “ da classe de comentadores” que acham que esta eleição para Presidente da Republica não tem grande interesse e que as diferenças entre os candidatos e os respectivos programas não serão assim tão relevantes.
Centro-me e valorizo a ideia de que, em democracia, todas as eleições são importantes porque definem, elas mesmo, sempre uma escolha politica e social para o presente e futuro próximo. Um processo socialmente complexo que «as elites portuguesas» valorizam quando lhes convém e andam a desvalorizar quando não lhes convém ou perdem eleições.
Como já disse um ex-primeiro ministro português de séria extracção e componente socialista “as elites portuguesas não merecem o povo que têm” e, por isso, tentam esvaziar a democracia e adormecer o país de um forma centralizada e egoísta.
É preciso que se perceba que “o povo somos todos nós” e que a culpa dos nossos atrasos estruturais, não é de quem supostamente se desinteressou pela sua própria vida e pelo seu destino. Como se vai vendo e vão insinuando certos “egos” partidários mais desligados da realidade.   

 ii)                 Estado das Coisas
Com este estado das coisas vamos, então, ver mais alguns dados desta eleição. Aqui começamos por dizer que, num país pequeno, talvez o número de candidatos seja excessivo. Por outro lado, também parece evidente que há uma primeira divisão e uma segunda divisão de concorrentes. A utopia estaria, quanto a nós, no facto de a esquerda se apresentar, desde o início, numa candidatura conjunta.
Não sendo tal objectivo possível, vamos reparar muito brevemente nas características principais do leque de candidatos.
À direita, liberal e conservadora, temos Marcelo Rebelo de Sousa. Não votamos nele porque politicamente não é confiável por mais brilhante que seja enquanto professor de direito. É um candidato com sabor a televisão e muito mediatismo. Tem com ele as plateias. Não terá com ele o resto e o lastro fundo da população. De norte a sul, o país não deve decidir-se em Cascais.
Depois do centro esquerda, temos o candidato A. Sampaio da Nóvoa. Não vamos omitir que é o candidato que está mais próximo do sentir e do pulsar da nossa comunidade. O que tem os apoios certos e porventura mais transversais da sociedade portuguesa. O que melhor traduz a ligação constante entre os valores e as necessidades de um protagonismo inovador num cargo de recente má memória.
Maria de Belém e Mariza Matias são duas mulheres bem formadas, cheias de saúde e estão a desempenhar bem o seu papel de candidatas. Mas uma chegou a destempo e a outra representa apenas o terceiro partido da AR.
As duas não ocupam a carruagem da frente e não estou a dizer isto por ser mais um qualquer alentejano antifeminista.
Quanto a Edgar Silva, é um candidato que anda a ensaiar talvez outros voos com a bênção de Jerónimo de Sousa. Será curioso analisar até que ponto E. Silva, um ex-padre madeirense, se converteu, em rota de cruzeiro, às doutrinas neo marxistas, em busca do (seu) tempo perdido.   
               Na tal segunda divisão de concorrentes que indicámos vamos apenas salientar                Henrique Neto e Paulo de Morais. 
          Um porque é demasiado sério ( e idoso) para um  cargo difícil e o segundo                     porque é o único que anda a assumir abertamente o combate contra a corrupção.          Uma tarefa que, aliás, devia ser assumida de uma forma mais vigorosa e frontal          pelos 3 partidos de esquerda com assento parlamentar. Estranha-se que esta “chaga       fatal” para o funcionamento da sociedade portuguesa continue a ser tratada com             tanto descuidado interesse… e visível passa-culpas ao vizinho do lado.   

iii)                Estado da Terra
                Foi feita a apresentação oficial (e editorial) dos Três Forais do
               Concelho.  
Um trabalho que teve, aliás, início no mandato anterior. É verdadeiramente um marco e documento(s) histórico(s) que cumpre valorizar e divulgar porque se trata de (re)conhecer os fundamentos historicamente decisivos e decisores da nossa existência foralense ao longo dos séculos.
 Sem desvalorizar a divulgação que foi feita, julgamos que este acontecimento merecia da parte da Autarquia um tratamento com outro folego, outro alcance, outros tipos de divulgação e outra visão autárquica.
E, finalmente, merecia uma abordagem cultural abrangente com o envolvimento de mais competências criativas. Não é apenas durante uma tarde que acontece, se explica ou se esgota o envolvimento, o pulsar e o reencontro narrativo com a nossa secular História concelhia.
Politica, económica e culturalmente, o tratamento/compreensão dos Forais é uma marca histórica de longo alcance e estrategicamente demasiado importante para ser apenas vivida e resumida de uma maneira formal. Algo funcionalista e secamente redutora.
Há mais história dentro de nós e das nossas antigas Muralhas!   

Antonio Neves Berbem
             ( 20 de Janeiro de 2016)


9 comentários:

Anónimo disse...

demasiado importante para ser apenas vivida e resumida de UMA maneira formal ... (acordo absoluto).

mas ... menos elementar, menos elementar caro porque os requisitantes da vivência menos resumida, de cá e de lá, não estão nem vem e, depois ASSIM COMENTAM.

Mais os de cá, coitados.

Elementares e básicas deficiências cólturais para um desejável UNIVERSO de saudável cultura.

Saudações inseridas no tempo

E o tempo o dirá

Bocage II

Anónimo disse...


Boas Vindas

Voltas-te! Voltaste…
Ainda bem que o fizeste.
Fugir daqui como da peste
Foi o que um dia pensaste.
Mas olha, não aguentaste…
Só vacilaste um momento.
Porém o procedimento
De quem gosta de injuriar,
Nunca deve influenciar
Quem tem bom comportamento!

De: Versos Diversos

Anónimo disse...

Caro ANB, tem andado distraído, a comemoração dos forais já está a decorrer desde Outubro de 2014, e foi divulgado. Nesta data comemorou-se os 500 anos do foral manuelino de Terena, houve divulgação na página da Câmara, em cartazes e panfletos distribuídos pelo concelho, e não se aqui neste blog. Foram-se fazendo poucas mas várias actividades relacionadas e no passado dia 16 foi o lançamento do livro. Por acaso, ou não, nunca vi o sr. ANB em nenhuma dessas actividades.

Anónimo disse...

Mais os de cá, coitados.


Coitados e coitadinhos é o que há mais e não é só no Alandroal e há gente que apesar de escrever bem e com um ar intelectual convencido e vaidoso, não deixam infelizmente e tristemente de ser coitados, ridículos.

Em relação ao comentário do António Berbem de quem sou admirador, era escusado mais presidenciais, em relação a esta palhaçada já toda a gente opinou e o que é de mais enjoa, perdeu a meu ver o António tempo a escrever sobre um assunto em que nada disse de novo e que enfastia, os forais isso sim, são nossos e tem todo o cabimento num blog em que o assunto é o Alandroal e o seu Concelho.
Continue orelhudo, mas nem tanto, todos temos acessos a noticias do País e do Mundo, e obrigados a levar com debates que nos entram por casa a dentro, somos coitados mas informados.

Anónimo disse...



OBS.


Acabo de ver os Comentários amaveis que fizeram. Agradeço-os. Dá no

entanto a impressão que há Comentadores que têm menos medo (ou será

apenas receio? ) de virem um dia a morrer do que a deixarem

de ser anónimos permanentemente. Será apenas uma questão de "chá e

elegância cultural?)

Coragem, Meus Amigos, porque

assim não parecem ter nem as qualidades nem a coragem necessária ( como

disse Almada Negreiros) para serem portugueses e alandroalenses.

Acrescentaria que,na verdade, todos somos "informados e coitados" mas uns

são-no mais do que outros e, segundo parece, ainda aqui sem grande

remédio. É assim o nosso mundo mas há que melhorá-lo dando-lhe um uso

diferente. E porventura bastante mais inspirado e poético.

Repito os Agradecimentos.

Saudações democráticas


Antonio neves Berbem

Anónimo disse...

Foram-se fazendo poucas mas várias actividades relacionadas e no passado dia 16 foi o lançamento do livro. Por acaso, ou não, nunca vi o sr. ANB em nenhuma dessas actividades.

21 janeiro, 2016 09:10

Nada tenho a ver se caro ANB esteve ou não nas tais actividades maravilhosas mas que ninguém deu por elas, também não fui a nenhuma porque na verdade das poucas que tive conhecimento nada era apelativo para perder do meu tempo.
Caro comentador, nem toda a gente tem vida para andar em tanta actividade deste executivo, nem toda a gente tem o dever de aparecer, principalmente quando não se deve nem se precisa do executivo vigente nem de outros e as actividades nada tem, nem culturalmente, nem no resto.
Se querem ter pessoas façam as tais actividades com algo apelativo e de bom, coisa que não temos, faz tempo.

Anónimo disse...

Com todo o respeito Sr. Berbem, já pensou em ser comentador político num qualquer jornal, rádio ou televisão??????????
Acho que o Sr. se iria sentir bem.

Anónimo disse...

Tem agora o caro Berbem uma boa oportunidade,de certo que o Professor Marcelo vai ser Presidente e vai ficar um lugar de comentador político vago.

Boa tarde

Anónimo disse...


É demais, falar de Presidenciais?

ANB “é do Landroal”!
Pela política se bate.
Porém há quem o maltrate
Estando sempre a dar-lhe mal.
E ele sempre, sempre igual…
Delicado no tratar,
Agradece sem hesitar
A quem aqui o censura.
Como homem de cultura,
Ele sabe-se comportar!

De: Versos Diversos