O
LIVRO QUE ABRAÇA A VIDA
Que aprendo todos os dias,
E até mesmo no mundo louco,
Guardo lições de sabedoria!
Esqueço algo que aprendi,
Como um livro já esquecido,
Parecendo que nunca li,
Desperto mais o sentido!
Vou calcorreando a sentir,
O movimento, que vislumbro,
E com experiência me cubro!
O futuro afirmará triste ou a sorrir,
Lendo cada página escrita,
No livro que abraça a vida!
E até mesmo no mundo louco,
Guardo lições de sabedoria!
Esqueço algo que aprendi,
Como um livro já esquecido,
Parecendo que nunca li,
Desperto mais o sentido!
Vou calcorreando a sentir,
O movimento, que vislumbro,
E com experiência me cubro!
O futuro afirmará triste ou a sorrir,
Lendo cada página escrita,
No livro que abraça a vida!
01-10-2015
Maria Antonieta Matos
Pintura de meu amigo Costa Araujo Araujo
Mote
Ser pobre e ser mendigo
Por não ter o que comer...
Ser excluído, triste castigo,
Nunca devia acontecer!
Glosas
I
Neste mundo tão desigual,
Quem decretou a sentença
De haver tanta diferença
Entre pobre e rico, foi fatal...
Mas há quem ache normal
Por só ver o seu umbigo;
Não desejo ao pior inimigo
Querer comer e nada ter,
É penoso assim viver…
Ser pobre e ser mendigo!
II
Dizem que a fome é negra,
Eu cá nunca lhe vi a cor...
Acredito que seja um horror,
Nada disso me alegra.
Como pode haver tal regra
Que divide logo ao nascer?...
Nunca hei-de entender:
Uns têm tudo com fartura,
Outros cavam a sepultura
Por não ter o que comer!
III
Vive gente ao abandono
Não sabemos como resiste,
Tudo isto é muito triste!...
Ao poder não tira o sono.
Viver assim, puro engano!...
Não ter ninguém por amigo,
Sem usufruir de um abrigo
E não se poder fazer nada,
Pobre gente abandonada…
Ser excluído, triste castigo!
IV
A vida teria outro sentido
Havendo mais igualdade,
Seria bom de verdade
Tudo ser mais repartido...
Ter o essencial garantido!
Oh!... Como gostaria de ver
Um diferente amanhecer
Nesses olhares famintos,
Perdidos em solidão, aflitos…
Nunca devia acontecer!!
Matias José
Pintura de meu amigo Costa Araujo Araujo
POBREZA EXCLUÍDA
Mote
Ser pobre e ser mendigo
Por não ter o que comer...
Ser excluído, triste castigo,
Nunca devia acontecer!
Glosas
I
Neste mundo tão desigual,
Quem decretou a sentença
De haver tanta diferença
Entre pobre e rico, foi fatal...
Mas há quem ache normal
Por só ver o seu umbigo;
Não desejo ao pior inimigo
Querer comer e nada ter,
É penoso assim viver…
Ser pobre e ser mendigo!
II
Dizem que a fome é negra,
Eu cá nunca lhe vi a cor...
Acredito que seja um horror,
Nada disso me alegra.
Como pode haver tal regra
Que divide logo ao nascer?...
Nunca hei-de entender:
Uns têm tudo com fartura,
Outros cavam a sepultura
Por não ter o que comer!
III
Vive gente ao abandono
Não sabemos como resiste,
Tudo isto é muito triste!...
Ao poder não tira o sono.
Viver assim, puro engano!...
Não ter ninguém por amigo,
Sem usufruir de um abrigo
E não se poder fazer nada,
Pobre gente abandonada…
Ser excluído, triste castigo!
IV
A vida teria outro sentido
Havendo mais igualdade,
Seria bom de verdade
Tudo ser mais repartido...
Ter o essencial garantido!
Oh!... Como gostaria de ver
Um diferente amanhecer
Nesses olhares famintos,
Perdidos em solidão, aflitos…
Nunca devia acontecer!!
Matias José
7 comentários:
Fantástico, mais uma vez o poeta nos mostra toda a sua sensibilidade. Obrigado.
Sem dúvida uma enorme sensibilidade poética!
A profundidade dos últimos cinco versos da IV glosa:
"Oh!... Como gostaria de ver
Um diferente amanhecer
Nesses olhares famintos,
Perdidos em solidão, aflitos…
Nunca devia acontecer!!
Matias José"
Muitíssimo obrigado, grande poeta alandroalense!!!
A amizade
Amizade e sentimentos
São difíceis de descrever
São quadros bem pintados,
Telas que gostamos de ver
Num quadro de grande alegria
Quando um amigo se encontra
Isto é tudo o que eu queria
E nenhuma riqueza compra
Não há palavras pra definir
O que a amizade representa
Amigos nos fazem sorrir
A amizade nos alenta
Não sei mesmo se mereço
Grandes amizades ter
Há algumas que não esqueço
A amizade é um prazer
Ter amigos preciosos
E de grande consideração
Ser amiga dos amigos
Que nos chegam ao coração
Amigos, poucos mas bons
É o meu modo de estar
Quadros de vários tons
Não os sei representar
Maria M
Bom dia e bem hajam por esta linda poesia.
Aqui está um lindo momento e de grande sensibilidade! Adoro ler e escrever.
Obrigada a quem escreve e a quem disponibiliza tão grande riqueza.
Maria M
Décimas de grande valor quer na rima ou conteúdo. Estou em total sintonia com os comentários anteriores.......
Muitos parabéns a Matias José!
Ser excluído, triste castigo
Nunca devia acontecer!!
Mas ... acontece nesta sociedade em que nos inserimos.
Assim seguirá? Não o queremos.
Para Matias José, o meu MUITO OBRIGADO
O poeta toca na chaga que a sociedade muitas vezes ignora por puro egoísmo e ganância; comungo das mesmas preocupações e dou muito valor a quem escreve sobre este e outros temas muito pertinentes, no mundo de desigualdades sociais em que vivemos. A poesia é sem dúvida uma forma de combate e luta pelos mais desfavorecidos da sociedade.
Tiro o meu chapéu às décimas!
Muito boas!!!
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