«ALANDROAL, MINHA PÁTRIA»
Bento José de Sousa Farinha (1740-1820), Alandroalense Ilustre
A recente leitura do nº 2/II
série do Boletim “A Cidade de Évora” trouxe-nos á lembrança o nome e a obra de
um notável alandroalense: Bento José de Sousa Farinha.
Francisco Lourenço Vaz,
assistente na Universidade de Évora, faz em meia centena de páginas uma análise
desta figura e da sua obra de filósofo e pedagogo, das mais destacadas do
panorama da transição do século XVIII para o XIX.
Para nós, alandroalenses, o que
importa aqui e agora é prestarmos homenagem á memória e ás glórias literárias e
cientificas deste tão ilustre patrício. Efectivamente, Bento José de Sousa
Farinha nasceu no Alandroal a 7 de Junho de 1740, foi baptizado na Igreja
Matriz a 26 desse mês pelo famoso Padre Bento Ferrão de Castelbranco,ora o
autor da “Memória Paroquial” da mesma paróquia de Nossa Senhora da Conceição.
Era filho do DR. Bento da Rosa, médico da nossa vila, e de D. Paula Maria de
Sousa, ambos naturais de Évora, cidade para onde haveriam de partir para
permitir a seu filho que se instruísse depois dos estudos primários. Frequentou
a Universidade, tornou-se emérito no Latim concluindo estes estudos
preparatórios – iniciados quando tinha apenas sete anos- em 3 anos “quando a
maioria dos alunos demorava cinco”. Seguiu-se a licenciatura em Artes,
Filosofia e apenas com 14 anos tomou ordens (os quatro primeiros graus) para
seguir a carreira eclesiástica. Estudou mais tarde em Coimbra onde se licenciou
em Cônones.
Para abreviar, que não nos sobeja
o espaço para uma completa biografia de tão ilustre Mestre, diremos ainda que
foi depois professor da Universidade de Évora e, após a sua extinção, ensinou
no “Pátio dos Estudos” do Colégio da Purificação como professore régios entre
1770 e 1779, ensinou em Lisboa (1779-1789) e no Seminário de Santarém (1790).
Regressou a Lisboa, onde em 1805 se tornou bibliotecário da Real Biblioteca da
Ajuda. Contemporâneo de Luís António Verney, fez análise e criticas ao seu
método de estudar, traduziu mestres estrangeiros e deixou trabalhos publicados,
o que tudo lhe valeu o título de consagrado membro da Academia Real das
Ciências de Lisboa. Foi ainda um grande amigo e admirador de Frei Manuel do
Cernáculo, bispo de Beja e posteriormente arcebispo de Évora e fundador da
preciosa Biblioteca Pública desta cidade.
Figura de primeira grandeza entre
os pensadores do seu tempo, o seu nome fica gravado nos mais da ciência e da
cultura e bom será que o fique também na memória de todos nós e na dos
responsáveis do nosso governo municipal para que lhe seja prestada a homenagem
que justamente lhe é devida.
Manuel Inácio Pestana
Publicado no Jornal Boa Nova em Janeiro de 1999
5 comentários:
Crónica ou Cronica?!
Cuidado com os erros!!!
Tem razão. O vento levou o acento.
Já emendei.
Obrigado
Uma caricata chamada de atenção..... muda o sentido a alguma frase?
Anónimo disse...
Crónica ou Cronica?!
Cuidado com os erros!!!
02 Setembro, 2014 12:31
Parvo ou Parva?!
Cuidado com a cagança!!!
Caros comentadores de 03 Setembro, 2014 09:30 e de 04 Setembro, 2014 07:44, já alguma vez ouviram falar de critica construtiva?! Não ofendi alguém, só dei uma sugestão que foi acatada.
É por gente como os senhores/as que isto anda assim, mal!!!
De fato, aos senhores/as pode aplicar-se um ditado, mas ao contrário: "A ignorância não ocupa lugar"!!!
Passem bem.
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