segunda-feira, 1 de setembro de 2014

CRÓNICA DO DR. MANUEL INÁCIO PESTANA – XVI I I

                                              «ALANDROAL, MINHA PÁTRIA»

                                     Bento José de Sousa Farinha (1740-1820), Alandroalense Ilustre
A recente leitura do nº 2/II série do Boletim “A Cidade de Évora” trouxe-nos á lembrança o nome e a obra de um notável alandroalense: Bento José de Sousa Farinha.
Francisco Lourenço Vaz, assistente na Universidade de Évora, faz em meia centena de páginas uma análise desta figura e da sua obra de filósofo e pedagogo, das mais destacadas do panorama da transição do século XVIII para o XIX.
Para nós, alandroalenses, o que importa aqui e agora é prestarmos homenagem á memória e ás glórias literárias e cientificas deste tão ilustre patrício. Efectivamente, Bento José de Sousa Farinha nasceu no Alandroal a 7 de Junho de 1740, foi baptizado na Igreja Matriz a 26 desse mês pelo famoso Padre Bento Ferrão de Castelbranco,ora o autor da “Memória Paroquial” da mesma paróquia de Nossa Senhora da Conceição. Era filho do DR. Bento da Rosa, médico da nossa vila, e de D. Paula Maria de Sousa, ambos naturais de Évora, cidade para onde haveriam de partir para permitir a seu filho que se instruísse depois dos estudos primários. Frequentou a Universidade, tornou-se emérito no Latim concluindo estes estudos preparatórios – iniciados quando tinha apenas sete anos- em 3 anos “quando a maioria dos alunos demorava cinco”. Seguiu-se a licenciatura em Artes, Filosofia e apenas com 14 anos tomou ordens (os quatro primeiros graus) para seguir a carreira eclesiástica. Estudou mais tarde em Coimbra onde se licenciou em Cônones.
Para abreviar, que não nos sobeja o espaço para uma completa biografia de tão ilustre Mestre, diremos ainda que foi depois professor da Universidade de Évora e, após a sua extinção, ensinou no “Pátio dos Estudos” do Colégio da Purificação como professore régios entre 1770 e 1779, ensinou em Lisboa (1779-1789) e no Seminário de Santarém (1790). Regressou a Lisboa, onde em 1805 se tornou bibliotecário da Real Biblioteca da Ajuda. Contemporâneo de Luís António Verney, fez análise e criticas ao seu método de estudar, traduziu mestres estrangeiros e deixou trabalhos publicados, o que tudo lhe valeu o título de consagrado membro da Academia Real das Ciências de Lisboa. Foi ainda um grande amigo e admirador de Frei Manuel do Cernáculo, bispo de Beja e posteriormente arcebispo de Évora e fundador da preciosa Biblioteca Pública desta cidade.
Figura de primeira grandeza entre os pensadores do seu tempo, o seu nome fica gravado nos mais da ciência e da cultura e bom será que o fique também na memória de todos nós e na dos responsáveis do nosso governo municipal para que lhe seja prestada a homenagem que justamente lhe é devida.
Manuel Inácio Pestana
Publicado no Jornal Boa Nova  em Janeiro de 1999


5 comentários:

Anónimo disse...

Crónica ou Cronica?!

Cuidado com os erros!!!

francisco tátá disse...

Tem razão. O vento levou o acento.
Já emendei.
Obrigado

Anónimo disse...

Uma caricata chamada de atenção..... muda o sentido a alguma frase?

Anónimo disse...

Anónimo disse...
Crónica ou Cronica?!

Cuidado com os erros!!!

02 Setembro, 2014 12:31


Parvo ou Parva?!

Cuidado com a cagança!!!

Anónimo disse...

Caros comentadores de 03 Setembro, 2014 09:30 e de 04 Setembro, 2014 07:44, já alguma vez ouviram falar de critica construtiva?! Não ofendi alguém, só dei uma sugestão que foi acatada.
É por gente como os senhores/as que isto anda assim, mal!!!
De fato, aos senhores/as pode aplicar-se um ditado, mas ao contrário: "A ignorância não ocupa lugar"!!!

Passem bem.