«ALANDROAL, MINHA
PÁTRIA»
Surpresa em S. Bento
Ainda a propósito da visita dos professores de história ao
concelho queremos referir a visita muito oportuna, á Ermida de S. Bento.
Surpreendeu-nos a todos, mesmo a mim próprio que talvez só lá tinha entrado (e
não me lembro ao certo) quando criança em tempo de feira. Surpreendeu-nos
porque são ricos e estimáveis os seus frescos murais o do tecto da sacristia e
pela presença de ex-votos dos quais consta terem desaparecido, entretanto, 3
deles, o que é verdadeiramente de lamentar se porventura não forem localizados
e recuperados. Lugar que era de peregrinação por causa da esconjura da peste,
tornou.se, como era natural, lugar de encontro e de negócios, logo, de feira
como também era costume, fomos surpreendidos também pela notícia de que a
tradicional feira de S. Bento depois da Páscoa não se tem efectuado nos últimos
tempos.
Mais uma circunstância lamentável. Por acaso, se os leitores
estão lembrados,, já aqui nos tínhamos referido à necessidade e urgência de a
transformar em feira renovada, actualizada, dinâmica e – acrescentaremos agora
– criativa e competitiva. Os tempos de interrupção deverão ser aproveitados
para uma oportuna e proveitosa reflexão para a sua reformulação. Pode ser? É
tempo, antes que chegue o ano 2.000,
a porta de entrada no século das grandes maravilhas de
um mundo novo! A gente nova que se apreste, As novas gerações que se assumam
porque não podemos entrar no novo século “ao pá coxinho” ! E a nossa terra
precisa muito, mesmo muito da disponibilidade de todos que prezam as suas
raízes. Aqui fica o apelo porque uma feira renovada e virada para o futuro é,
não tenhamos duvidas, um dos passos mais seguros na senda do progresso, dentro
do conceito novo que caracteriza esses certames.
Manuel Inácio Pestana
Publicado no Jornal
Boa Nova Julho 97
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