Continuação do resumo dos textos publicados e, 15/01, 22/01 e 04/02
O Espaço Público
Fazem parte do espaço público: as ruas, o largo, as lojas.
Os cafés, a taberna, a barbearia, as carpintarias, e o designado “Centro
Cultural”(cuja função é, no entanto, a de café utilizado pelos respectivos
associados) … a padaria, e a casa do sapateiro funcionam no espaço
Doméstico dos respectivos proprietários desempenhando o
papel de estabelecimentos públicos.
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No espaço público, é masculina a frequência dos cafés, da
taberna, da barbearia e do próprio largo.
Diariamente os homens começam a regressar do trabalho entre
as 17 e as 18 horas; a partir daí e até ás 19 ou 20, afluem aos 3 cafés e à
taberna. Aí bebem geralmente cerveja, de pé, encostados ao balcão ou sentados
nas mesas existentes enquanto conversam.
Dos três cafés existentes na aldeia só o mais recente – o Cantigas- é frequentado por jovens. Os
rapazes da aldeia vão ao Cantigas,
jogar flippers, beber uma cerveja ou
apenas conversar. Nos outros dois cafés a presença juvenil é muito notada e
provoca um certo desconforto, pelo que os rapazes, quando neles entram,
raramente aí permanecem longo tempo.
O Critério Sexual na
Organização Social da Aldeia
«Neste capitulo
Ana Paula Fitas descreve com todo o rigor as tradicionais Festas da Santa Cruz
e em especial o Cântico à Ordem das
Oliveiras.
Já em tempos aqui transcrevemos essa matéria, e contamos
relembrá-la por ocasião do acontecimento, pelo que passamos ao capítulo
seguinte»
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O Controle Social do
Espaço na Aldeia da Venda e o Espaço Envolvente
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A mobilidade social no espaço envolvente de dimensão
regional e supra regional é uma prática tradicional da população aldeã. As
deslocações sazonais em busca de trabalho eram praticadas pela generalidade dos
habitantes de ambos os sexos até meados da década de 70.
A partir dessa data e na sequência do movimento da Reforma
Agrária verificou-se uma tendência para a fixação populacional que retrocedeu
nos últimos anos. Agora de novo, partem principalmente os jovens em busca de
trabalho e retomaram-se práticas antigas.
A frequência dos mercados da vila de Cheles é conhecido na
Aldeia da Venda cuja população se deslocava, e ainda se desloca para assistir
às festas anuais que se realizam nesse povoado.
Além disso as relações económicas mantidas entre as duas
margens do rio são por todos comprovadas na evocação da memória das práticas de
contrabando que, nomeadamente durante o Estado Novo e o Franquismo, permitiram
a sobrevivência económica destas populações que de Portugal levavam café e de
Espanha traziam tecidos.
Foi aliás este intercâmbio comum que, segundo os aldeãos,
contribuiu para o desenvolvimento da solidariedade entre os habitantes de
Santiago Maior e de Capelins na protecção dos espanhóis fugidos à Guerra Civil
de Espanha.
Termino assim este resumo desta Obra da autoria da Drª Ana
Paula Fitas.
Como já por diversas vezes afirmei tenho por única intenção
dar a conhecer, ou relembrar Autores e Obras que retratem as nossa gentes, os
nossos usos e costumes, o nosso património, e incentivar todos aqueles que se
interessam pelo nosso Concelho a adquiri-las.
Quando houver disponibilidade financeira (o actual momento é
de crise), terei todo o gosto em aqui resumir algumas das obras recentemente
editadas e que ainda não me foi possível adquirir.
F. Tátá
1 comentário:
Senhor (a) comentador das 11,45, que se identifica como sacaio atento 2:
O assunto do seu comentário está completamente fora da questão que se aborda nesta postagem. Seria da minha parte se o colocasse "AQUI" uma falta de consideração para com os meus leitores.
Não duvido do que afirma, tão pouco das suas queixas. Há no entanto outras postagens onde poderá deixar o seu desabafo.~
Aqui não tem qualquer cabimento
Chico Manuel
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