quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

LIVROS QUE RETRATAM USOS E COSTUMES DE GENTE DO NOSSO CONCELHO

Continuação do resumo dos textos publicados e, 15/01, 22/01 e 04/02

O Espaço Público
Fazem parte do espaço público: as ruas, o largo, as lojas. Os cafés, a taberna, a barbearia, as carpintarias, e o designado “Centro Cultural”(cuja função é, no entanto, a de café utilizado pelos respectivos associados) … a padaria, e a casa do sapateiro funcionam no espaço
Doméstico dos respectivos proprietários desempenhando o papel de estabelecimentos públicos.
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No espaço público, é masculina a frequência dos cafés, da taberna, da barbearia e do próprio largo.
Diariamente os homens começam a regressar do trabalho entre as 17 e as 18 horas; a partir daí e até ás 19 ou 20, afluem aos 3 cafés e à taberna. Aí bebem geralmente cerveja, de pé, encostados ao balcão ou sentados nas mesas existentes enquanto conversam.
Dos três cafés existentes na aldeia só o mais recente – o Cantigas- é frequentado por jovens. Os rapazes da aldeia vão ao Cantigas, jogar flippers, beber uma cerveja ou apenas conversar. Nos outros dois cafés a presença juvenil é muito notada e provoca um certo desconforto, pelo que os rapazes, quando neles entram, raramente aí permanecem longo tempo.
O Critério Sexual na Organização Social da Aldeia
«Neste capitulo Ana Paula Fitas descreve com todo o rigor as tradicionais Festas da Santa Cruz e em especial o Cântico à Ordem das Oliveiras.
Já em tempos aqui transcrevemos essa matéria, e contamos relembrá-la por ocasião do acontecimento, pelo que passamos ao capítulo seguinte»
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O Controle Social do Espaço na Aldeia da Venda e o Espaço Envolvente
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A mobilidade social no espaço envolvente de dimensão regional e supra regional é uma prática tradicional da população aldeã. As deslocações sazonais em busca de trabalho eram praticadas pela generalidade dos habitantes de ambos os sexos até meados da década de 70.
A partir dessa data e na sequência do movimento da Reforma Agrária verificou-se uma tendência para a fixação populacional que retrocedeu nos últimos anos. Agora de novo, partem principalmente os jovens em busca de trabalho e retomaram-se práticas antigas.
A frequência dos mercados da vila de Cheles é conhecido na Aldeia da Venda cuja população se deslocava, e ainda se desloca para assistir às festas anuais que se realizam nesse povoado.
Além disso as relações económicas mantidas entre as duas margens do rio são por todos comprovadas na evocação da memória das práticas de contrabando que, nomeadamente durante o Estado Novo e o Franquismo, permitiram a sobrevivência económica destas populações que de Portugal levavam café e de Espanha traziam tecidos.
Foi aliás este intercâmbio comum que, segundo os aldeãos, contribuiu para o desenvolvimento da solidariedade entre os habitantes de Santiago Maior e de Capelins na protecção dos espanhóis fugidos à Guerra Civil de Espanha.

Termino assim este resumo desta Obra da autoria da Drª Ana Paula Fitas.
Como já por diversas vezes afirmei tenho por única intenção dar a conhecer, ou relembrar Autores e Obras que retratem as nossa gentes, os nossos usos e costumes, o nosso património, e incentivar todos aqueles que se interessam pelo nosso Concelho a adquiri-las.
Quando houver disponibilidade financeira (o actual momento é de crise), terei todo o gosto em aqui resumir algumas das obras recentemente editadas e que ainda não me foi possível adquirir.
F. Tátá

1 comentário:

francisco tátá disse...

Senhor (a) comentador das 11,45, que se identifica como sacaio atento 2:
O assunto do seu comentário está completamente fora da questão que se aborda nesta postagem. Seria da minha parte se o colocasse "AQUI" uma falta de consideração para com os meus leitores.
Não duvido do que afirma, tão pouco das suas queixas. Há no entanto outras postagens onde poderá deixar o seu desabafo.~
Aqui não tem qualquer cabimento
Chico Manuel