A propósito de comentários sobre a actuação da nova Presidente da Câmara
Na minha observação,
Simples, despretenciosa,
Tenho lido certa prosa
De comentaristas que estão,
Fazendo opinião
Com críticas à Presidente.
Há quem se sinta contente;
Mas há céticos, desconfiados…
Fruto de maus resultados
Conseguidos anteriormente.
Percebo pelo que leio,
Alguma desconfiança
Dos que perderam a esperança
Por só lhe darem paleio.
E é bem justo o receio
Desse povo dececionado:
Farto de ser enganado
Não crê com facilidade,
Em mudanças de verdade
Em relação ao passado.
Mas a mudança é precisa!
Que em força venho ela.
Que ela seja aquela,
Que a situação preconiza.
É bem vinda uma brisa,
Serena, mas com pujança!
Uma aragem de bonança
Que sopre no bom sentido,
Ao invés do que tem sido
E restaure a confiança!
Por: Versos Diversos
A propósito da colocação de uma foto antiga que retratava 12 Poetas Populares do Concelho do Alandroal
Doze rostos aqui estão,
Unidos p’la poesia!
E uma certa nostalgia,
Invade o meu coração.
Recordo com gratidão
Aqueles que já partiram.
A obra que produziram
São pedaços do seu ser,
Que hão-de prevalecer
Recordando que existiram!
Versos Dispersos
A propósito da noticia sobre comparação de
portugueses com burros mirandeses do Neyok Times
Este é o título com que a jornalista do Jornal de Notícias brinda o povo português.
Ao ler o artigo do NY Times vê-se bem que esta jornalista, devia ser chamada para fazer uma prova de avaliação, como a que o governo está a exigir aos professores.
São os jornalistas que temos
E as notícias sensacionais,
Só para vender jornais
Onde só desaprendemos.
É com reserva que os lemos
E avisados como estamos,
Nós só já acreditamos
Naquilo que é credível.
Balelas de baixo nível
È pró lixo que as deitamos.
Jornalista mal formada
Que sem ter ideia própria,
Vá de fazer uma cópia
Que saiu adulterada.
Isto assim não é nada
Mas causa perturbação!
Jornalista sem formação
Que pensando falar zurra,
E até pensa não ser burra
Mas fez tão má tradução.
De: Versos Dispersos
JOSÉ CHILRA
Mote
Todo o filho que renega
A sua terra natal
Tem sobranceria que o cega
Ou, o coração bate mal
I
Podia viver mil anos
Que nunca iria esquecer
A terra que me viu nascer
E os campos alentejanos.
São a estes valores humanos
Que o meu coração se apega
Porém, há gente que nega
A sua proveniência
Tem falta de inteligência
Todo o filho que a renega
II
A vaidade de alguns fulanos
Chega a ser confrangedora
Valha-me Nossa Senhora
Esta peste tem mil anos.
Conheço alguns conterrâneos
A quem o dinheiro faz mal
São inchados na moral
Tem soberba até mais não
Esses nunca dão a mão
À sua terra natal
III
Conheço compatriotas
Que resolveram emigrar
E quem os vê cá chegar
Parecem poliglotas.
Nos bolsos com umas notas
Fazem boa figura por regra
Que são obreiros ninguém nega
Mas falem lá português
Par dizer: Não, sim, talvez
Têm sobranceria que os cega
IV
Outros foram para Lisboa
No tempo da miséria
Gente humilde e muito seria
Arranjaram uma vida boa.
Outros andam por lá à toa
Esqueceram o meio rural
À sua terra Natal
Não voltaram por desdém
Os seus olhos não veem bem
Ou, o coração bate mal !
José Chilra
Para
que quero eu os meus versos
Mote
Meus versos não estão à venda
Só os quero para dar a ler
Espero que ninguém se ofenda
Para os erros que possam ter
I
Tenho imensos manuscritos
Que preenchem o meu EU
Se o meu coração os leu
Também os achei bonitos.
Alguns deles são meus gritos
Outros, silêncios
Todos
A que a minha alma chama
Feitos de luz e de lama
Meus versos não estão à venda
II
Dentro da minha gaveta
Tenho uma obra corroída
Que fala da minha vida
Com ajuda da caneta.
Escrever é uma muleta
Que adquiri ao nascer
Aos poetas vou beber
A escrita é uma terapia
Logo, a minha poesia
Só a quero para dar a ler
III
Escrevo sem almofada
Em décimas e quintilhas
Em oitavas e sextilhas
E até em rima cruzada.
Escrita personalizada
Não consta da minha agenda
Tenho versos
Com
Carecem de pontuações
Espero que ninguém se ofenda
IV
A minha poesia assenta
Num registo popular
Gosto de saborear
O que consta na sua ementa
Se a inspiração é lenta
Plágio, não sei fazer
Os meus versos podem ver
Temas dos mais variados
Peço desculpa aos letrados
Para os erros que possam ter
José Chilra
1 comentário:
Para "Versos Dispersos" e "José Chilra"
Tendo lido certamente, já que sou frequentador assíduo do blogue, algumas das poesias aqui republicadas, apercebo-me melhor agora da qualidade que têm. Nesta conformidade, e porque este tipo de poesia me encanta e me transporta para os tempos da minha infância e juventude, trazendo-me à lembrança a nossa melhor tradição de poesia popular, deixo um pedido:
"Versos Dispersos" e "José Chilra", façam o favor de continuar.
um admirador agradecido
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