quinta-feira, 3 de outubro de 2013

CRÓNICA DE OPINIÃO TRANSMITIDA HOJE NA RÁDIO DIAN/FM

Transcrição da crónica diária transmitida aos microfones da :http://www.dianafm.com/


                                 Um Outono primaveril

Quinta, 03 Outubro 2013 09:14
Depois de um longo período de ausência, cá estou de regresso às crónicas na DIANAFM, que teve a amabilidade de manter o convite feito em Fevereiro de 2006.
É uma crónica que acontece após um acto eleitoral com repercussões essencialmente locais, mas que não podem deixar de ter consequências regionais e nacionais.
Tal como fui dizendo nas últimas crónicas onde abordei a realidade local, em Évora adivinhava-se o fim de um ciclo político autárquico que caracterizei como desastroso a todos os níveis e que, desde o primeiro dia, foi perdendo apoios e desbaratando um prestígio local, nacional e internacional, construído durante mais de duas décadas por uma governação que apostou na participação dos cidadãos, na inovação e no pioneirismo, num tempo em que estava tudo por fazer e o poder local democrático dava os seus primeiros passos.
No passado dia 29 de Setembro, os eleitores decidiram apostar na esperança e deram uma clara maioria à CDU para governar o concelho nos próximos quatro anos, reduzindo o PS a uma expressão eleitoral que muitas consideravam impensável antes da contagem dos votos.
A nova Câmara tem pela frente uma tarefa complexa e de extrema dificuldade mas não pode dizer que desconhecia a imensidão do desafio.
O tempo não é de ajuste contas ou de revanchismos. O tempo é de construir uma nova relação com as instituições, os trabalhadores municipais e as populações, contando com todos e todas que querem participar na tarefa entusiasmante e gigantesca de devolver a Évora o prestígio e o protagonismo que se foi esvaindo durante o último ciclo político.
E esta atitude nada tem a ver com magnanimidade paternalista de quem venceu confortavelmente. É algo que é decisivo para ultrapassar os obstáculos que todos teremos pela frente e não nos podemos dar ao luxo de desperdiçar competências e talentos ou de desperdiçar a oportunidade de aprender com as críticas fundamentadas dos que querem participar neste processo verdadeiramente desafiante.
Os que não querem, os que vivem enfeudados nos seus preconceitos ideológicos, os que saboreiam o seu próprio fel como se de um divino manjar se tratasse, assim irão continuar e assim continuarão a não contar para nada.
Até para a semana
Eduardo Luciano

1 comentário:

Anónimo disse...

Esta crónica, de Évora tratando, cai que nem uma luva bem ajustada, no que ao Alandroal diz respeito.

Subscrevo por inteiro o que o cronista diz.