segunda-feira, 12 de agosto de 2013

FALAR CLARO - Por Leopoldino

Nota do Editor:
É com grande prazer que o Al Tejo passa a contar neste momento com um novo Colaborador.
É sua intenção escrever sobre os assuntos mais pertinentes vividos na nossa terra, Alandroal, prometendo se possível.  fazê-lo semanalmente.
Sentimo-nos honrados com a sua colaboração, que por certo vai enriquecer este espaço que cada vez mais se pretende ser de todos.
Obrigado e seja bem vindo
Chico Manuel

                                       X


Começo este artigo saudando todos os alandroalenses e agradecendo, desde já, o tempo que irão perder lendo o artigo. Agradeço ao administrador do blogue a amabilidade em publicar os artigos que irei escrever, “apagado e anónimo, no meio do povo que sou, escrevendo, talvez sem gramática, talvez sem cultura, de uma maneira rude, mas com a sinceridade verdadeira”. Agradeço aos militantes dos diversos partidos e grupos ou movimentos eleitorais, que ao lerem estas linhas entrelaçadas não critiquem mas reflictam.
Após esta introdução, quero esclarecer que não tenho para já, no futuro não saberei, qualquer opção partidária. O que o meu pensamento me impuser escrever, ainda que com alguma dificuldade de raciocínio, é porque «é-me posto como imperativo de consciência, não calar as conclusões, não mascarar os pensamentos, não temer as consequências daquilo que disser. Pelo que, o digo».

A actual situação política de Alandroal não permite alongar por mais tempo duas condições nefastas que nos conduzem ao caos: o marasmo económico e as avizinhadas guerras piranháticas dos partidos, grupos e movimentos.
Em política a irrealidade paga-se caro. Paga-se em Fome, em Sangue, em Guerra, em Luto. E atendendo à especialíssima situação económica em que está mergulhada o nosso País, urge que se atenda com bom senso, com generosidade, com lealdade os comandos de uma autarquia. Porque o desgoverno desta será pago pelos pacóvios, pelos Zés Ninguéns, pelo povinho sério que sempre pretendeu que a política fosse séria, a favor das pessoas sérias e para pessoas sérias.
Então é necessário que sejamos realistas. Temos de estudar o AGORA, praticar o AGORA, gerir o AGORA, com a ideologia POSSÍVEL, no povo POSSÍVEL com a política POSSÍVEL.
Vejamos, da ala da esquerda, que me incomoda, apresentam-se o sr.º José Manuel, a sr.ª Mariana e os srs. Joãos (desculpem-me as extremas, mas por razões de consciência e de bem estar comigo próprio nem me atreverei falar delas). Repare o(a) senhor(a) leitor(a) que tem sido quem nos tem vindo a (des)governar há cerca de 39 anos de Democracia. Sim, claro, uns melhores que outros, com políticas bastante diferentes como de iguais. Mas terá o povo alandroalense tirado partido destas governações? Considero desnecessário considerar o que foi feito ao longo destes anos, muitos dos quais sob a responsabilidade do partido comunista (pêcêpê), oito da responsabilidade do PS e quatro da responsabilidade de um Movimento. Mas se para tal quiserem que avive memórias, num próximo artigo virá detalhado, arrancada a foice e a martelo e com algumas golpadas de machado, o que foi feito no concelho de Alandroal, nestas quatro décadas.
Da ala da direita apresenta-se o sr.º José, o único da direita das direitas que há em Portugal, da direita que há no Alandroal. Da Social Democracia, única força política que ainda não (des)governou este concelho, tem-se esperado muito, mas ‘verdade seja dita’ e é bom que falemos claro tem havido muita preguiça em fazer trabalho de casa, muito desleixo e muita comodidade. E, se a memória não me atraiçoa, há pelo menos doze anos que quem comanda este partido são sempre os mesmos. Talvez seja o momento de dizer BASTA. Talvez esteja na hora de levar uma lufada de ar fresco.
Falando claro, e pondo cada um a mão na sua consciência, «no foro íntimo onde a mentira não é possível, creio que, não há o direito de se andar com tricas de meninos malcriados, todos querendo o brinquedo só para si», sem atentarem que o interesse da terra (dos alandroalenses) tem que estar acima dos interesses dos partidos (grupos ou movimentos) e que, ou todos falam claro perante si mesmos e perante os outros, ou o Alandroal afunda-se. Melhor, afunda-se ainda mais.
Na minha visão utópica, perfeito seria a união de alguns partidos a comandar os destinos da autarquia, mas, e falando claro, claramente questiono se nos partidos há pessoas sérias e honestas capazes de corresponder às exigências e aos interesses do povo do concelho? Se há pessoas nos partidos que queiram que este concelho tenha progresso ao invés da estagnação a que estamos habituados? Se há pessoas que nos partidos tenham vontade de trabalhar, e não de ficarem comodamente sentadas nas suas poltronas?
Claramente falando, deixam-nos bastante incomodados saber as pessoas que encabeçam os partidos, movimentos, grupos. Deixam-nos bastante incomodados em saber as divisões que vão gerar cada um e todos ao mesmo tempo. Deixam-nos bastante incomodados de saber qual será o futuro do nosso concelho.
Por falar tão claramente, arrisco-me a dar um tiro no pé dizendo que se não houver diálogo claro, sério, honesto e honrado entre as forças políticas locais a favor de uma POLÍTICA melhor para uma AUTARQUIA melhor, eu e muitos do POVO, a que eu pretenso, prescindimos de ir votar.
«Falei claro?»

P.S.: Não me incomoda o que falei. Não me incomodará os que me tentarem calar. O que me incomoda é saber o rumo e o futuro do nosso concelho, pelo qual os nossos antepassados lutaram, pelo qual ainda há alandroalenses que lutam. Por isso, falarei sempre que oportunamente se justifique.

LEOPOLDINO.


13 comentários:

Anónimo disse...

Excelente artigo

Anónimo disse...


Falou claro e bem, mas muito longo o seu comentário.
Eu que tenho criticado o ANB pelas longas linhas acho que o caro comentador ainda o supera em questões de textos bíblicos.
Isso já não se usa, sintetizem as coisas não venham para aqui escrever romances.
Mas seja bem-vindo, os debates de ideias são quase sempre validos.

Anónimo disse...

Leopoldino é nome ou pseudónimo?

francisco tátá disse...

É pseudónimo

Anónimo disse...

Muito Bom! Gostei especialmente do parágrafo que dedica ao PSD local, que necessita, como diz, de uma lufada de ar fresco.

Anónimo disse...

Sintetizando.
Porque afinal o que nos interessa é o que fica depois de espremido todo o conteúdo aqui expresso pelo autor.
Falou...
Desabafou...
Nota-se que não está satisfeito.
Principalmente com a esquerda: "que me incomoda", São palavras suas.
Mostra alguma esperança "na ala da direita" mas com outras caras. Para os atuais "Talvez seja o momento de dizer BASTA." segundo disse.

Para terminar deixou a seguinte ideia: Ou os políticos se entendem uns com os outros para o bem do concelho, ou não vota.

E pergunta ainda: "Falei claro?"

Claro que sim. Pelo menos eu, percebi tudo.

Ah! Esqueceu-se de dizer o que será preciso para que eles, os políticos, se entendam uns com os outros... Isso é muito complicado!!!

Boa noite e seja benvindo.

Anónimo disse...

É sempre bem-vindo um novo olhar sobre a política no Alandroal. Cá ficaremos à espera dos novos artigos do Leopoldino. Promete-nos comentar e criticar o que de bom e mau tem acontecido na nossa terra. Até nos vai avivar a memória, "arrancando a foice e martelo e com algumas golpadas de machado, o que foi feito no concelho de Alandroal, nestas quatro décadas".

Na introdução ao seu artigo, agradece aos militantes dos partidos e movimentos eleitorais que não critiquem mas que reflictam sobre o que escrever.
Parece-me haver aqui uma contradição.
Então o Leopoldino pede que não o critiquem, pretende que apenas reflictam sobre o que diz, mas, ao mesmo tempo, arroga-se o direito de criticar?
Ou eu não entendi correctamente as suas palavras (o que admito), ou então quer para ele uma situação que não reconhece aos outros.

Classifica os eleitores do Alandroal "como povinho sério que sempre pretendeu que a política fosse séria, a favor das pessoas sérias e para pessoas sérias", mas, entretanto, alcunha-os de "pacóvios e Zés Ninguéns".

Mesmo tendo avisado que a gramática não é o seu forte, peço-lhe que resolva estes problemas, de forma a evitar contradições.

Numa coisa estamos de acordo: O partido ou movimento vencedor das próximas eleições (seja qual for), deve empenhar-se em conseguir os maiores consensos com todos os outros, de forma a conseguir tirar a nossa terra do atoleiro em que está metida.









Anónimo disse...

Desculpe Sr. Leopoldino mas "(Vejamos, da ala da esquerda, que me incomoda, apresentam-se o sr.º José Manuel, a sr.ª Mariana e os srs. Joãos (desculpem-me as extremas, mas por razões de consciência e de bem estar comigo próprio nem me atreverei falar delas))" nã entendi?
Sou pacóvia!

Anónimo disse...

Com todo o respeito que me merecem
todos os credos e religiões, PSD e
CDS, NÃO, OBRIGADA !

Anónimo disse...

Deixem-me lá meter aqui uns elementos filosóficos, que nem sequer são da minha completa lavra, pois muito do que vou tentar resumir, já foi dito e explicado por outros. Apenas quero evitar que o sr. Leopoldino torne a meter-se por caminhos que, em meu entender, e avaliando pelo seu texto, não domina. E quando a gente se mete por caminhos que não conhece, quase sempre nos enganamos na rota.
É o caso deste artigo.
Garanto-lhe que lhe dou esta explicação (não é lição, é explicação, repito), com a maior humildade. E espero que a receba também com humildade.

Historicamente, a Social-Democracia é um movimento socialista de tendência marxista. Quase todos os Partidos Comunistas, que foram fundados na década de vinte do século passado, saíram de cisões de Partidos Social-Democratas.
Tudo isto sem que os Partidos Social-Democratas deixassem de ser de esquerda.

Não me parece que o sr. José Cebola goste de ser rotulado de direitista. Até porque eu sei que ele não é um homem dessa área.
Que o sr. Leopoldino se incomode com a esquerda, isso já é outra conversa.
Olhe.... resolva esse problema filosoficamente.

Cumprimentos





Anónimo disse...

Ó Sr. "Leopoldino":

Então, os "pacóvios" afinal leram o seu escrito...

E mesmo contra a sua vontade, estão a tecer-lhe críticas.

Eu não o farei, seria ir contra a sua recomendação, que diz: "ao lerem estas linhas entrelaçadas não critiquem".

A minha crítica, ou melhor; é antes uma recomendação direta aos críticos do seu trabalho literário..
Meus amigos, não tentem corrigir os escritos do Sr. "Leopoldino"...
Ele assim, acabará por ir aprendendo umas coisas à custa daqueles a quem tem por "pacóvios".

Repito: não critiquem.
Deixem-no escrever como sabe, assim é muito mais interessante.

Perceberam? Concerteza.

Boa noite a todos e em especial ao Sr. "Leopoldino", um escritor que não tem papas na língua.

Anónimo disse...

Incomoda-o a esquerda?

E o fogo imenso destes quase 40 anos de governos de direita mesclada...AINDA NÃO O INCOMODARAM?

Entendido.

Zé Pacóvio

Anónimo disse...

Para o comentador das 15:58 =
Oh meu caro comentador, gostei da sua explicação "filosófica" sobre a social democracia. Parece-me que o nosso caro Leopoldino precisa mesmo de umas explicações antes de vir dar-nos conselhos.
Mas esqueceu-se de dizer que em Portugal há dois partidos que se reclamam da social democracia: O Partido Socialista e o PSD.
Ambos com muitas preocupações sociais - nos programas e nas palavras - mas na prática já é outra coisa.
Ora veja lá, sr. comentador das 15:58, o que esses dois partidos (acompanhados do CDS) fizeram deste país nos últimos 37 anos.

É talvez por isso - por aguentarmos tanto tempo - que o hilariante Leopoldino nos chama pacóvios.