Segunda, 24
Junho 2013 11:30
Passaram dois anos de Governo PSD/CDS. Não existem,
certamente, motivos para celebrar. Alguns, quiçá, no conforto dos seus
palacetes celebram secretamente, mas a maioria dos portugueses lamenta
profundamente o arrastar no poder deste grupo de políticos sem escrúpulos e a
mínima sensibilidade social.
Um Governo composto por uma maioria de dois partidos que,
embora sempre de direita, estão, agora, muito longe dos seus ideais fundadores.
Um Governo de extrema-direita, que há muito deixou a social-democracia para
trás, que governa longe do programa eleitoral que foi sufragado, mas que segue
uma agenda muito clara. Desenganem-se aqueles que pensam que todas as medidas
tomadas são fruto do acaso ou de estratégias pensadas em cima do joelho. Não! A
agenda estava definida e está a ser seguida ao milímetro. Cada decisão, assim
como cada indecisão, cada desavença intragovernamental, cada momento escolhido
para lançar as bombas atómicas contra o Estado, são meticulosamente pensadas.
Não nos debatemos contra amadores da destruição, mas contra verdadeiros
aniquiladores profissionais do Estado Social, do bem-estar e dos princípios
democráticos e republicanos que um dia Portugal conheceu.
Dois anos passaram… Troika lançada como
manobra de diversão, e a estratégia de empobrecimento, de desvalorização do
valor do trabalho, da quebra dos mecanismos de justiça e solidariedade e do
ataque à escola e saúde públicas e segurança social, avançou de forma
galopante.
Querem a existência de uma escola para
pobres e outra para ricos, querem uma saúde para pobres e outra para ricos,
querem uma segurança social privatizada, querem um Estado Mínimo para um Povo
Mínimo. Querem um país que agrade a poucos e em que a desesperança, a
desmotivação, e a falta de cumprimento das necessidades básicas, impeça o povo
de reagir. Não me poupo nas palavras. Há quem diga que as minhas palavras são
demasiado duras. Não. Duro é aquilo que todos nós sofremos diariamente fruto
das decisões daqueles que nos governam.
Em dois anos além de atacarem o Estado
Social, conseguiram destruir a economia do nosso país. O Produto Interno Bruto
desceu mais de 3,5%, o Desemprego aumentou mais de 6%, o Défice Orçamental
aumentou 2,5%, as Exportações diminuíram mais de 5,5%, o Consumo Privado
retraiu em mais de 3% e a Dívida Pública aumentou mais de 14%.
Basta! Há que mudar de rumo
rapidamente. Cada dia que estes senhores despendem no poder é menos um dia. A
cada dia que passa, mais uma machada é dada no sonho coletivo de um Portugal
mais justo, solidário e próspero. Os portugueses mostram, muitas vezes, sinais
de desânimo, como se não fosse possível inverter o rumo. Alguns dizem que não
vale a pena insistir neste sistema político, ou que as manifestações ou greves
não resultam. É nestas alturas que devemos olhar para as lições que o passado
nos dá. Greves e manifestações fracas certamente não produzem frutos, mas todos
sabemos que ao longo da história de vários países, várias manifestações e
greves deram frutos, inverteram caminhos e trouxeram grandes conquistas. Unidos
conseguimos, tenho a certeza! O medo, esse, é o maior aliado desta política.
Dia 27 de Junho eu faço greve, sem medo e com esperança na mudança, e você?
Até para a semana!
Bruno Martins
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