(a)
Nova viagem no elevador
panorâmico da Torre do Relógio que, ao vir mesmo a calhar, terá como ponto de partida, a estação de S. Pedro
com ligações “à barca de S. Pedro”, um
assunto interno do micro estado do Vaticano com relevância e peso
internacional.
Podem entretanto chamar-me o
que quiserem mas, a propósito da “resignação humana, corajosa e
dessacralizadora” de Bento XVI diríamos que não podemos, enquanto cristãos e
ademais coisas, deixar de apontar e fixar através do Al tejo algumas
observações que vão ser discutidas e orientar a vida da Igreja nos próximos
meses.
Ora vejam.
1. Com
a renúncia/resignação de Bento XVI, está aberta no seio da Igreja mais uma
corrida implacável e sem tréguas ao poder religioso-politico e económico do
Vaticano, reacendendo-se a discussão sobre quem tem as melhores condições para
chefiar a
Igreja do Século XXI; uma instituição rica e
poderosa com uma grande sabedoria histórica e bastante habilidade estratégica
tendo em conta o modo como vai captando e, por vezes, antecipando os sinais dos
tempos.
Como sucedeu com a escolha dos dois últimos papas;
um vindo de leste e o outro da igreja conservadora da Alemanha eliminando de
passagem e subitamente um dos papas que se apresentava com uma maior pureza de
praticas e princípios católicos(João Paulo I).
2. E se, entretanto, podemos
dizer que Bento XVI teve a virtude teológica de apontar à necessidade de uma
redescoberta da ideia de “direito natural” pela qual a natureza e a razão são
(ou deviam ser) as verdadeiras fontes do direito e o exercício da politica um
compromisso profundo com a justiça...muito na linha da doutrina social da
Igreja.
Diria também que, não é
menos verdade, que a par de ter
criticado o individualismo exacerbado, o trânsito anárquico dos valores e o
relativismo cultural da actualidade – numa sociedade ocidental em risco de
perder os códigos de conduta ética - nunca deu um passo em frente no que diz
respeito aos principais problemas internos da Igreja tais como: o celibato dos
padres, a ordenação das mulheres, o uso do
preservativo e os problemas graves da pedofilia no seu seio. Se bem que,
em Junho de 2010, o Papa tenha pedido tardiamente perdão às vitimas dos padres
pedófilos, a verdade é que encobriu demasiados crimes.
3. Para já, vamos deixar anotado no Al tejo que sendo a
escolha eleitoral do próximo Papa um acto com implicações político-religiosas
mundiais, deve estar a chegar a hora da
Europa perder o seu lugar justamente em favor da África e da América
Latina onde se concentram 70% dos católicos.
Neste sentido achamos que a
Igreja portuguesa teria tudo a ganhar se o arcebispo brasileiro de S. Paulo,
Odilo P. Sherer, ganhasse a corrida
eleitoral em 2013 em detrimento do italiano Ângelo Scola, arcebispo de Milão, o
representante da velha Europa (25% de católicos).
A ver vamos, como O Espirito
Santo iluminará a contenda entre tão sapientes irmãos.
(b)
Pontas soltas sobre as
Autárquicas de Outubro
Numa destas últimas viagens de fim-de-semana
no dito elevador da Torre do Relógio já por lá se iam ouvindo alguns
comentários eleitorais. Uns algo apressados. Outros bastante apreensivos.
Entre S. Bento/ S. António e
na estação da Praça constava, aliás, que
parece estar a verificar-se uma certa
marcação “à zona” (ou será cumplicidade?) entre as candidaturas da CDU e do
MUDA. Ora avanças tu, ora avanço eu para ver quem arrisca menos e quem perde
primeiro… sem, em primeiro lugar, cuidar dos interesses próprios da Autarquia.
Dizia-se mesmo mais, a
propósito das candidaturas do Muda (J.G.) e do Dita (J.N.), que é preciso
perceber que uma candidatura independente tem que se lhe diga dado que é
preciso, no mínimo, apresentar determinado número de proposituras, é preciso
bastante dinheiro para o arranque da campanha, é preciso algum staff, é
necessário saber colocar-se no terreno, são precisas pessoas para concorrer nas
freguesias, etc.
Ou seja, para se ganhar a
Câmara do Alandroal ou qualquer outra diria que é necessária alguma elite,
vontade do povo e a adesão de muitos votantes!
Além disso, seria bom que
sobretudo as duas candidaturas ditas independentes percebessem que, na sua
postura publica eleitoral, não devem ser contra ninguém mas devem ser a favor
do bem publico. E sem confrontos parvos ou duelos pessoais.
Aliás, se eu estivesse no
lugar da Dita (conforme se podia ouvir na estação do Fórum), para já até não
concorria a nada até ser julgado,
ilibado ou não e quiçá novamente influente na Vila. Dava tempo ao tempo.
Assim como daria uma
derradeira oportunidade “ao Muda e à CDU” para se apresentarem com uma
estratégia séria e acertada de desenvolvimento do Alandroal que não torne a
passar em falso por engonhices, manobras de diversão, meias verdades e meias
mentiras que irão acabar por conduzir o Concelho a uma falsa ascensão
mas também à sua real queda no atraso económico e abismo social.
Ou seja, à sua inviabilidade
e ao seu já pré-anunciado desaparecimento!
Em suma, no casos de
reconquista da Câmara e futuro do Alandroal pedia a bênção e um conselho
virtual ao Papa Benedicto XVI.
A. Neves Berbem
(14/2/2013)
7 comentários:
deduz-se mais uma vez do articulado que com cortiça também se podem fazer sapatos, mesmo que se esqueçam as rolhas. depois o momento de uma segunda vez já não condiciona qualquer vida futura. aproveite-se pois os resíduos de umas e de outras cândidas criaturas e faça-se a combustão que lhes é devida.
Manuel António
pomerância.... pomerância.... não cheguem ainda a estopa ao lume!
Dr. Berbém, no que diz respeito à primeira parte do texto, concordância com o articulado, não obstante, algumas generalidades que profusamente os meios de comunicação se apressam em influenciar a opinião pública. Sim, por que é necessário criar um clima de fácil entendimento para o comum dos mortais. As verdadeiras razões serão e hão de ser privilégio de alguns. Poucos.
Em relação à segunda parte do texto. permita-me, para que não aconteça aquilo que o assusta(?),(desaparecimento do concelho) a minha visão diferente. Na estação entre S. António e S. Pedro o meu compasso viu a necessidade de alguém com audácia. Alguém sem medos para acabar com algum saudosismo serôdio e continuar o que foi erradamente interrompido.Diz-se:" em casa onde não há pão todos ralham e ninguém tem razão". Pura falácia. Não ter pão e ainda por cima não ter razão. Não há pão, mas temos de comer, nem que para isso se tenha de ficar a dever. Não podemos é definhar...
Anónimo de 14 Fevereiro, 2013 23:21 disse:
"Não há pão, mas temos de comer, nem que para isso se tenha de ficar a dever."
Este conceito foi e é o que tem sido posto em prática e os resultados têm sido um autêntico desastre.
Porquê?
Porque o padeiro não pode continuar a fornecer-nos o pão fiado indefinidamente...
E se o fizer, acabará na falência, e isto, tem sido o pão nosso de cada dia.
Percebeu?!!!
Boa noite.
Obs.
Meu Caro Comentador
Relativamente ao seu Comentário de 14/2 afixado`às 23.21 permito-me, em primeiro lugar, agradecê-lo mesmo sem ter uma evidência absoluta de onde vem e porque assume uma tal posição indiscreta.
Já quanto ao seu conteúdo, devo dizer que se poderíamos estar de acordo no plano livre dos principios e da regulação que deles faz utilisando "o seu compasso" responderia que tão importante quanto o compasso pode ser uma régua ou um esquadro,três instrumentos interligados que servem não apenas para orientar os ditos principios como servem para nos indicar os meios e a adequação destes aos fins no sentido de obter uma clara harmonia final dos feitos entre si.
Ora foi isso mesmo que falhou e parece estar sempre em risco de falhar no Alandroal.
Ou seja, nunca houve (e haverá?) uma correcta adequaçao dos meios aos fins, o que gera tantos ou mais problemas do que aqueles que pretende resolver.Afinal a nossa terra cresceu e desenvolveu-se sustentadamente?
Por outras palavras, tivemos ou temos sempre mais festas
e foguetórios do que razões a montante para as ter e a jusante para os manter.
É julgo eu,também o caso do país assim como é o caso de certos individuos em muitos cargos (e casos) que nesta ocasião o Alandroal deve, de uma vez por todas, ultrapassar sob pena de ser ultrapassado.
A grande oportunidade aproxima-se!
O Alandroal continua a merecer mais do que já teve, podendo ainda superar-se quanto ao que se anda a ver e a repetir-se.
Se isto não vier a ser alcançado pode vir a confirmar-se o meu maior receio de alandroalense...
Como, aliás, assinalou e,por certo,quis lado a lado partilhar solidariamente comigo.
Com fraterna consideração/
triplice amizade
Antonio Neves Berbem
"utilisando "o seu compasso" responderia que tão importante quanto o compasso pode ser uma régua ou um esquadro"....... ou voltar de novo à escola primária. "Utilisando???"....... de palmatória a forma errónea. Com Z de zero a condizer com a personagem!!!
Muita parra, pouca uva.......
Esta última voz de tão alçado quadrupede chegará ao céu e ao inferno do seu asneirento autor?
Não seria melhor zurrar calado para as suas entranhas o gosto sujo das suas orelhas?
Mistura ignorância com inveja para quê? Quer comparar o que não tem comparação possivel.
Tome juizo,leia como deve ler,e depois, se ainda tiver tento,feche a matraca.Não diga parvoices.
Uma leitora atenta do Al tejo
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