quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

ISTO ASSIM NÃO VAI LONGE - (rubrica de ANB)


 (a)
Nova viagem no elevador panorâmico da Torre do Relógio que, ao vir mesmo a calhar, terá  como ponto de partida, a estação de S. Pedro com ligações “à barca de S. Pedro”, um  assunto interno do micro estado do Vaticano com relevância e peso internacional.
Podem entretanto chamar-me o que quiserem mas, a propósito da “resignação humana, corajosa e dessacralizadora” de Bento XVI diríamos que não podemos, enquanto cristãos e ademais coisas, deixar de apontar e fixar através do Al tejo algumas observações que vão ser discutidas e orientar a vida da Igreja nos próximos meses.
Ora vejam.
1.   Com a renúncia/resignação de Bento XVI, está aberta no seio da Igreja mais uma corrida implacável e sem tréguas ao poder religioso-politico e económico do Vaticano, reacendendo-se a discussão sobre quem tem as melhores condições para chefiar a 
Igreja do Século XXI; uma instituição rica e poderosa com uma grande sabedoria histórica e bastante habilidade estratégica tendo em conta o modo como vai captando e, por vezes, antecipando os sinais dos tempos.
Como sucedeu com a escolha dos dois últimos papas; um vindo de leste e o outro da igreja conservadora da Alemanha eliminando de passagem e subitamente um dos papas que se apresentava com uma maior pureza de praticas e princípios católicos(João Paulo I).
2. E se, entretanto, podemos dizer que Bento XVI teve a virtude teológica de apontar à necessidade de uma redescoberta da ideia de “direito natural” pela qual a natureza e a razão são (ou deviam ser) as verdadeiras fontes do direito e o exercício da politica um compromisso profundo com a justiça...muito na linha da doutrina social da Igreja.
Diria também que, não é menos verdade,  que a par de ter criticado o individualismo exacerbado, o trânsito anárquico dos valores e o relativismo cultural da actualidade – numa sociedade ocidental em risco de perder os códigos de conduta ética - nunca deu um passo em frente no que diz respeito aos principais problemas internos da Igreja tais como: o celibato dos padres, a ordenação das mulheres, o uso do  preservativo e os problemas graves da pedofilia no seu seio. Se bem que, em Junho de 2010, o Papa tenha pedido tardiamente perdão às vitimas dos padres pedófilos, a verdade é que encobriu demasiados crimes.
3. Para já,  vamos deixar anotado no Al tejo que sendo a escolha eleitoral do próximo Papa um acto com implicações político-religiosas mundiais, deve estar a chegar a hora da  Europa perder o seu lugar justamente em favor da África e da América Latina onde se concentram 70% dos católicos.
Neste sentido achamos que a Igreja portuguesa teria tudo a ganhar se o arcebispo brasileiro de S. Paulo, Odilo P. Sherer,  ganhasse a corrida eleitoral em 2013 em detrimento do italiano Ângelo Scola, arcebispo de Milão, o representante da velha Europa (25% de católicos).
A ver vamos, como O Espirito Santo iluminará a contenda entre tão sapientes irmãos.

(b) 
Pontas soltas sobre as Autárquicas de  Outubro
 Numa destas últimas viagens de fim-de-semana no dito elevador da Torre do Relógio já por lá se iam ouvindo alguns comentários eleitorais. Uns algo apressados. Outros bastante apreensivos.
Entre S. Bento/ S. António e na estação da  Praça constava, aliás, que parece estar a verificar-se  uma certa marcação “à zona” (ou será cumplicidade?) entre as candidaturas da CDU e do MUDA. Ora avanças tu, ora avanço eu para ver quem arrisca menos e quem perde primeiro… sem, em primeiro lugar, cuidar dos interesses  próprios da Autarquia. 
Dizia-se mesmo mais, a propósito das candidaturas do Muda (J.G.) e do Dita (J.N.), que é preciso perceber que uma candidatura independente tem que se lhe diga dado que é preciso, no mínimo, apresentar determinado número de proposituras, é preciso bastante dinheiro para o arranque da campanha, é preciso algum staff, é necessário saber colocar-se no terreno, são precisas pessoas para concorrer nas freguesias, etc.
Ou seja, para se ganhar a Câmara do Alandroal ou qualquer outra diria que é necessária alguma elite, vontade do povo e a adesão de muitos votantes!  
Além disso, seria bom que sobretudo as duas candidaturas ditas independentes percebessem que, na sua postura publica eleitoral, não devem ser contra ninguém mas devem ser a favor do bem publico. E sem confrontos parvos ou duelos pessoais.
Aliás, se eu estivesse no lugar da Dita (conforme se podia ouvir na estação do Fórum), para já até não concorria a nada até ser  julgado, ilibado ou não e quiçá novamente influente na Vila. Dava tempo ao tempo.
Assim como daria uma derradeira oportunidade “ao Muda e à CDU” para se apresentarem com uma estratégia séria e acertada de desenvolvimento do Alandroal que não torne a passar em falso por engonhices, manobras de diversão, meias verdades e meias mentiras  que irão acabar  por conduzir o Concelho a uma falsa ascensão mas também à sua real queda no atraso económico e abismo social.
Ou seja, à sua inviabilidade e ao seu já pré-anunciado desaparecimento!
Em suma, no casos de reconquista da Câmara e futuro do Alandroal pedia a bênção e um conselho virtual ao Papa Benedicto XVI. 
A. Neves Berbem
     (14/2/2013)

7 comentários:

Anónimo disse...

deduz-se mais uma vez do articulado que com cortiça também se podem fazer sapatos, mesmo que se esqueçam as rolhas. depois o momento de uma segunda vez já não condiciona qualquer vida futura. aproveite-se pois os resíduos de umas e de outras cândidas criaturas e faça-se a combustão que lhes é devida.

Manuel António

Anónimo disse...

pomerância.... pomerância.... não cheguem ainda a estopa ao lume!

Anónimo disse...

Dr. Berbém, no que diz respeito à primeira parte do texto, concordância com o articulado, não obstante, algumas generalidades que profusamente os meios de comunicação se apressam em influenciar a opinião pública. Sim, por que é necessário criar um clima de fácil entendimento para o comum dos mortais. As verdadeiras razões serão e hão de ser privilégio de alguns. Poucos.
Em relação à segunda parte do texto. permita-me, para que não aconteça aquilo que o assusta(?),(desaparecimento do concelho) a minha visão diferente. Na estação entre S. António e S. Pedro o meu compasso viu a necessidade de alguém com audácia. Alguém sem medos para acabar com algum saudosismo serôdio e continuar o que foi erradamente interrompido.Diz-se:" em casa onde não há pão todos ralham e ninguém tem razão". Pura falácia. Não ter pão e ainda por cima não ter razão. Não há pão, mas temos de comer, nem que para isso se tenha de ficar a dever. Não podemos é definhar...

Anónimo disse...

Anónimo de 14 Fevereiro, 2013 23:21 disse:
"Não há pão, mas temos de comer, nem que para isso se tenha de ficar a dever."

Este conceito foi e é o que tem sido posto em prática e os resultados têm sido um autêntico desastre.
Porquê?
Porque o padeiro não pode continuar a fornecer-nos o pão fiado indefinidamente...
E se o fizer, acabará na falência, e isto, tem sido o pão nosso de cada dia.

Percebeu?!!!

Boa noite.


Anónimo disse...



Obs.


Meu Caro Comentador



Relativamente ao seu Comentário de 14/2 afixado`às 23.21 permito-me, em primeiro lugar, agradecê-lo mesmo sem ter uma evidência absoluta de onde vem e porque assume uma tal posição indiscreta.

Já quanto ao seu conteúdo, devo dizer que se poderíamos estar de acordo no plano livre dos principios e da regulação que deles faz utilisando "o seu compasso" responderia que tão importante quanto o compasso pode ser uma régua ou um esquadro,três instrumentos interligados que servem não apenas para orientar os ditos principios como servem para nos indicar os meios e a adequação destes aos fins no sentido de obter uma clara harmonia final dos feitos entre si.

Ora foi isso mesmo que falhou e parece estar sempre em risco de falhar no Alandroal.
Ou seja, nunca houve (e haverá?) uma correcta adequaçao dos meios aos fins, o que gera tantos ou mais problemas do que aqueles que pretende resolver.Afinal a nossa terra cresceu e desenvolveu-se sustentadamente?

Por outras palavras, tivemos ou temos sempre mais festas
e foguetórios do que razões a montante para as ter e a jusante para os manter.

É julgo eu,também o caso do país assim como é o caso de certos individuos em muitos cargos (e casos) que nesta ocasião o Alandroal deve, de uma vez por todas, ultrapassar sob pena de ser ultrapassado.
A grande oportunidade aproxima-se!

O Alandroal continua a merecer mais do que já teve, podendo ainda superar-se quanto ao que se anda a ver e a repetir-se.

Se isto não vier a ser alcançado pode vir a confirmar-se o meu maior receio de alandroalense...
Como, aliás, assinalou e,por certo,quis lado a lado partilhar solidariamente comigo.


Com fraterna consideração/
triplice amizade


Antonio Neves Berbem

Anónimo disse...

"utilisando "o seu compasso" responderia que tão importante quanto o compasso pode ser uma régua ou um esquadro"....... ou voltar de novo à escola primária. "Utilisando???"....... de palmatória a forma errónea. Com Z de zero a condizer com a personagem!!!

Muita parra, pouca uva.......

Anónimo disse...



Esta última voz de tão alçado quadrupede chegará ao céu e ao inferno do seu asneirento autor?
Não seria melhor zurrar calado para as suas entranhas o gosto sujo das suas orelhas?

Mistura ignorância com inveja para quê? Quer comparar o que não tem comparação possivel.
Tome juizo,leia como deve ler,e depois, se ainda tiver tento,feche a matraca.Não diga parvoices.

Uma leitora atenta do Al tejo