segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

ENTREVISTA AO SENHOR PRESIDENTE DA CÂMARA DO ALANDROAL

Entramos no último ano deste mandato autárquico para o qual foi eleito pelos habitantes do Concelho do Alandroal, João Grilo.
Será portanto a altura ideal para colocar algumas questões relacionadas com os três anos que já passaram desde a tomada de posse.
Nesse sentido elaboramos várias perguntas que amavelmente nos foram respondidas.
Assim, e por motivos logísticos relacionados com o espaço e mais fácil abertura do blogue iremos ao longo de vários dias divulgar as respostas ás seguintes questões:
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 Durante estes três anos de mandato qual a situação que considera mais positiva em beneficio do Concelho?

 E a menos conseguida ou até a mais frustrante?

Das prioridades que escolheu para resolução imediata quais foram as concretizadas?

Politicamente optou por ser do P.S. e nessa força politica foi militante. Depois face às situações sobejamente conhecidas e que o levaram à fundação do MUDA.
Qual é presentemente a sua orientação ideológica dominante?

Considera-se um político de carreira? Pensa continuar mesmo que não venha a ser o próximo Presidente da Câmara prosseguindo a vida politica? Isto é, aceitaria desempenhar o cargo de Vereador mesmo se não vier a vencer as eleições?

Acredita que consegue até ao fim do Mandato colocar o Município a salvo do garrote das dívidas contraídas e que, enquanto Presidente, poderá concretizar as medidas preconizadas na Agenda 21 Local ?
II.

Trace-nos um brevíssimo diagnóstico para o Concelho do Alandroal em termos de presente? Acha que temos um futuro prometedor?

Em que situação estão as obras da Biblioteca Municipal? E já agora que utilidade se pretende dar ao Parque onde se fizeram as Expo-Guadiana?

Pode adiantar-nos  algo mais sobre o andamento das Comemorações dos Forais?

Esclareça-nos sobre o projecto “Endovelico”?  As pessoas continuam envolvidas?

Uma das acusações de que é alvo, é a da fraca oferta cultural apresentada no Fórum Cultural (principalmente o pouco aproveitamento do projecto TEIAS) e do modo como o responsável da programação foi demitido.
Concorda com essas criticas?
Pode justificar-nos os motivos da sua posição?

Também ultimamente não cessam as críticas à forma como tem gerido os contratos por ajuste directo quer com pessoal contratado quer com certas obras a realizar.
Poderá esclarecer os nossos leitores sobre o assunto?

III.

Foi bem aceite por todos o patrocínio da Autarquia para a realização do CD dos Cantadores dos Reis. Pensa a Autarquia seguir procedimento idêntico com outros agrupamentos culturais principalmente com a Banda do Centro Cultural?

Em recentes declarações, esclareceu que voltaria a candidatar-se, se para tal reunisse o consenso do M.U.D.A
Dando como certa tal anuência e sabendo as dificuldades que se prevêem  para os próximos anos, dada a contingência da extinção do Concelho (vide o que sucedeu recentemente com as freguesias), não teme que um segundo mandato possa vir a colocá-lo como o último Presidente da Câmara do Alandroal?

A terminar: dê-nos a sua opinião sobre o papel dos blogues e sites do Alandroal e, se assim o entender sobre o papel que o Al Tejo tem vindo a desenvolver.

Caso o entenda necessário e  se  for de acrescentar e informar algo mais sobre o Concelho, faça o favor. Via aberta.
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Nota : Esclarecemos que só vamos colocar comentários que possam contribuir para um debate sério eliminando questões infundadas, ou os que  utilizem uma linguagem difamatória e menos própria.
Administração do Al Tejo
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                                            ENTREVISTA
Durante estes três anos de mandato qual a situação que considera mais positiva em beneficio do Concelho?
 Estes três anos foram, provavelmente, os mais difíceis para o Alandroal no pós-25 de Abril. A crise económica que se abateu sobre o país  está a ter aqui os seus reflexos. Houve, com certeza, nos primeiros anos da democracia outros momentos difíceis, mas nunca o concelho esteve tão fragilizado do ponto de vista financeiro para os enfrentar, até porque o papel do município, assim como as expectativas dos munícipes eram completamente diferentes nessas alturas.
Foram três anos a lutar contra um endividamento de tal modo pesado que todos os dias limita as nossas possibilidades de actuação,  três anos em que assistimos a sucessivas reduções nas transferências do Estado para a autarquia ao mesmo tempo que as nossas receitas directas de taxas e impostos diminuíam e éramos alvo de retenções e penhoras de créditos de valores astronómicos para a nossa realidade por dívidas do passado – o que ainda está a acontecer. E tudo isto num cenário de crise nacional e internacional em que as pessoas estão mais desprotegidas e ainda esperam mais da câmara municipal.
Algumas pessoas ainda não perceberem a real dimensão do problema e pensam que tudo não passa de uma guerra de números entre forças políticas. Mas a verdade não permite interpretações duplas.

Portanto, neste contexto, que era a combinação perfeita para que tudo corresse mal e nós não fossemos mais do que os “administradores da insolvência” de um município falido, conseguimos, com a nossa actuação e as nossas respostas, assegurar o normal funcionamento da instituição, aprofundar politicas educativas e culturais, melhorar respostas sociais, estar mais perto dos munícipes na sua relação com a câmara municipal, recuperar a confiança dos fornecedores locais e das associações do concelho. Ao mesmo tempo, conseguimos concluir e pagar obras que estavam paradas ou em andamento mas sem pagamentos efectuados e, portanto, condenadas a parar a curto prazo. Lançámos e estamos a lançar novas obras e ao longo deste tempo desenvolvemos um número considerável de novos projectos que apenas aguardam financiamento. Estamos longe de ultrapassar todas as dificuldades e os tempos vão continuar a ser difíceis mas começamos a ter “a casa arrumada” e a poder olhar para o futuro com mais confiança.
Por tudo isto, para mim, o mais positivo destes três anos é, apesar de todas as dificuldades, termos uma câmara a funcionar em pleno, a construir as bases sólidas para um futuro melhor, a recuperar a sua credibilidade, bom nome e confiança das pessoas do concelho, assim como credibilidade externa nas relações institucionais. E ainda considero mais positivo que seja um movimento independente a liderar este processo com a ajuda de muita gente, dentro e fora da câmara que coloca acima de tudo a sua dedicação ao concelho.

E a menos conseguida ou até a mais frustrante?
 O menos conseguido é que, por força deste cenário de crise, algumas coisas – que não dependem de nós – tendem a acontecer mais lentamente do que gostaríamos o que é frustrante para quem tem urgência em fazer acontecer.
Tem havido limitações e atrasos na aprovação de financiamentos comunitários para alguns dos projectos que desenvolvemos e que consideramos prioritários, como por exemplo a  remodelação dos sistemas de água e saneamento em todo o concelho ou a requalificação do caminho municipal 1109 entre Rosário e Ferreira de Capelins, ambos prontos para avançar há quase 2 anos.
Por outro lado, a conjuntura económica tem sido um obstáculo ao avanço de projectos privados, sobretudo na área do turismo, que estão aprovados pela câmara, alguns até já têm financiamento comunitário mas que demoram a sair do papel pelo clima de incerteza com que os investidores se confrontam e que poderiam, muito rapidamente, contribuir para a criação de emprego e para ajudar o concelho a afirmar-se como destino turístico.

Por fim, embora tenhamos noção que, em termos gerais, as pessoas do concelho compreendem e apoiam as nossas prioridades e a nossa política, dentro da câmara – ao nível dos funcionários – a mensagem tem sido mais difícil de passar e assumo isso como um dos aspectos menos conseguidos. Por força do nosso esforço de reestruturação dos serviços e redução dos custos internos e de funcionamento, a que temos recorrido para manter os postos de trabalho e os vencimentos ao final do mês, pelas alterações legislativas que têm estado associadas a limites nas horas extraordinárias e ajudas de custos, a cortes nos salários e subsídios de férias e de natal, ao congelamento nas carreiras ou a regras mais rígidas nas comparticipações nas despesas de saúde. Num cenário de crise e de perda, generalizada, de poder de compra é, sem margem de dúvida, mais difícil aceitar estas mudanças. Contudo, e apesar de tudo, parece-me que as pessoas começam a perceber que só estamos a pensar no futuro de todos.

(Para Continuar em breve)




15 comentários:

Anónimo disse...

"aprofundar politicas educativas e culturais"

Como é que se aprofunda o que não existe, politica cultural zero.

Anónimo disse...

Para começar, duas perguntas objetivas, para as quais foram dadas respostas sérias e claras, numa linguagem simples e por tal motivo de fácil entendimento para todos os bem intencionados.

Boa noite.

Anónimo disse...

"Nota : Esclarecemos que só vamos colocar comentários que possam contribuir para um debate sério eliminando questões infundadas, ou os que utilizem uma linguagem difamatória e menos própria.
Administração do Al Tejo"

1º comentário
Nota: ZERO

Afinal em que ficamos???

Anónimo disse...

A política incultura de outras festas com muitos zeros deu no que deu, só nos afundou e nunca existiu. Como se diz, esfumou-se pela porta dos fundos muitos milhares de euros.

Os zeros durante oito anos de desgoverno estão bem à vista!

Anónimo disse...

E os zeros deste governo, digam-me quantos são?

Anónimo disse...

São muitos para meter as contas em dia, é do conhecimento geral da população.

Anónimo disse...

"1º comentário
Nota:ZERO

Afinal em que ficamos???"
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Aqui foi atribuida por um comentarista a nota ZERO...
Dadas as circunstâncias não se pode dizer que tenha sido uma má nota para este executivo.
E digo isto porquê?
Porque a nota zero não conta para nada. É nula, conta apenas como se de uma abstenção se tratasse.
Eu vejo o trabalho deste executivo com outros olhos e numa escala de 10 dou-lhe a nota 6.
Utilizando a mesma escala, para o anterior executivo aqui lhe atribúo também uma nota: 0,6.

Bom dia e boas notas.

Anónimo disse...

Caro/a comentador/a de 19 Fevereiro de 2013 às 13:17, interpretou mal o que escrevi. A nota ZERO atribuída foi para o primeiro comentário da caixa de comentários, e não para o desempenho do actual executivo. Numa escala de zero a dez em que atribui seis, eu vou mais longe e dou oito. Explico porquê: não fossem os muitos zeros à frente do tinta e um herdados da péssima gestão nabalista, condicionando o trabalho do MUDA em muitos aspectos e tendo como primeira preocupação começar a pôr as contas em ordem, a nota poderia ser mesmo a máxima. Faço votos para que continuem à frente do concelho com o trabalho sério e honesto desenvolvido nestes quatro anos de governação autárquica. Viva o MUDA!

Anónimo disse...

EU DOU NOTA DEZ, ESTAMOS TODOS A VIVER NO ALANDROAL COM VIDA, É VIDA POR TODO O CONCELHO, É A TERRA DA CULTURA E DE TUDO RESTO NUNCA ANTES VISTO E CONSEGUIDO, É ATÉ BOM DE MAIS PARA SER VERDADE, SOMOS UM EXEMPLO DE COMPETÊNCIA E EMPREENDEDORISMO, MODELO A SEGUIR POR TODO O PAÍS E ATÉ NO MUNDO. ENFIM, DOU NOTA DEZ PORQUE NUMA ESCALA DE 0 A 10 NÃO POSSO DAR MAIS, NA VERDADE ACHO EU E DECERTO A MAIORIA DO POVO QUE A NOTA CERTA E JUSTA SERIA UM 100 OU UM 1000.

CONCORDAM COMIGO NÃO É VERDADE.

Anónimo disse...

Resposta ao comentador
de 19 Fevereiro, 2013 20:32

De qualquer modo estamos do mesmo lado. A diferença é só porque eu não gosto da nota ZERO porque nada diz.

Anónimo disse...



“Contudo, e apesar de tudo, parece-me que as pessoas começam a perceber que só estamos a pensar no futuro de todos.”

É muito estranho essa sua afirmação, se calhar é já o efeito das proximidades eleitorais, porque na verdade Sr. Presidente, o caro amigo tem pensado e muito bem no futuro de alguns eleitos, apoiantes, amigos, afilhados, amigos dos amigos,e não em todos como afirma.

Nem vale a pena argumentação, porque nem o caro Presidente nem o seu rol de seguidores mais fanáticos conseguem tapar o sol com a peneira nem passar atestados de estupides às pessoas,factos são factos e contra os mesmos não há argumentos.
Independente,sempre.

Anónimo disse...

Para o de 20 Fevereiro, 2013 13:20 e 20 Fevereiro, 2013 14:46...

O vossos espelho só reflecte imagens de um passado negro, porque será?

Olhó espelho meu!

Anónimo disse...

Aparecem por aqui uns saudosos do passado que pensam que conseguem fazer com que a história retroceda.
Isso foi chão que já deu uvas e para lhes ser favorável nesse tempo a vocês prejudicou muitíssima gente.

A história não se repete.

Boa noite e boa sorte...

Anónimo disse...

Eu e as pessoas não queremos saber do passado esse já foi e já não volta, o que queremos é saber do presente que está uma boa ......, o outro era incompetente e este incompetente é.
Só a criadagem de um e de outro é que não vê, anda tudo de volta do tacho.
JÁ NÃO ENGANAM NINGUÊM TUDO FARINHA DO MESMO SACO A ESCOLA FOI A MESMA.

Anónimo disse...

As últimas letras em maiúsculas denunciam-te. Não tens vergonha, depois de tanto mal que fizeste ao concelho, quer financeira como humanamente.

És a vergonha dos Alandroalenses e a justiça vai provar o que agora acabo de escrever.

Viva a Liberdade antes de 2002 de depois de 2009!