sexta-feira, 6 de abril de 2012

O ANB EM TRÂNSITO –EURO ALANDROALENSE

QUESTÃO do DIA

Basicamente os regimes democráticos põem em pratica três tipos de discurso para legitimar e exercer o poder que previamente capturaram. O discurso político, o económico e o discurso dito cultural. O resto, como diria o Eça é paisagem!

Assentam os três, invariavelmente, numa retórica de manipulação e de ocultação dos objectivos. Ou seja, faltam à verdade: à sua e à dos governados baralhando-nos em grande e em diversas escalas!

Por isso não é de estranhar que as referidas três dimensões do discurso indiquem três caminhos completamente opostos e divergentes. De tal modo que aquilo que é constitucionalmente legítimo acaba por ser completamente negado nos planos de acção económico e de Governo. O pior é que neste contexto (o que vamos vivendo em Portugal) as regras e interesses da economia são o critério de tudo e mais alguma coisa que subjugam as democracias.

Obviamente, Portugal, não se afasta em nada deste tipo de exercício do poder em que a democracia se encontra. Prova-o o facto de termos uma mesma Constituição desde 1976 muito embora esta esteja em trânsito permanente para uma mão cheia de Revisões que já teve e, para aquelas que há-de vir a ter adaptando-a aos interesses de grupos dominantes na economia. É o cenário a que chegámos.

Mal por mal, preferia aliás que não houvesse tantos juramentos de fidelidade à sua ilusória existência. Era menos encantatório e mais higiénico!

QUESTÃO da SEMANA

Aviso já que não sou daqueles que afirme como Miguel Esteves Cardoso dizia na capa da revista do Expresso e cito-o que: “Paulo Portas há-de mandar nesta merda”. Não é o caso nem frequento em simultâneo estas duas tamanhas evidências.

No entanto, será avisado ter em conta os factores (que levam ao poder) seguintes:

(a) Paulo Portas abrigou-se no Ministério dos Negócios Estrangeiros, um lugar seguro onde se aprende muito e o desgaste político é pouco devido ao peso irrelevante de Portugal na cena internacional; se bem que passageiramente seja membro do C.S. da ONU;

(b) Se repararam bem, P. Portas, tem feito poucas incursões na área económica porque sabe, por exemplo, que tem uma Dra. Cristas/Ministra da Agricultura que não o sustenta nem o cura;

(c) Ao contrário de Pedro Passos Coelho que é do tipo político de ser “forte contra os fracos”, Paulo Portas é “forte contra os fortes” na medida em que percebe e aceita que ter pela frente uma oposição forte acaba por o fortalecer, dar-lhe treino, presença, futuro e substância política;

(d) é um príncipe leitor dos clássicos franceses que, por sua vez, foram uma das bases orientadoras (maçónicas) do pensamento dos “pais fundadores da América” influência que se nota bem no modo como escreve, fala e actua politicamente;

(e) no caso da direita tornar a ganhar as próximas eleições com uma maioria simples, pode muito bem vir a ser primeiro ministro face às perdas de virgindade, influência e de outras coisas de Pedro Passos Coelho concretizando-se assim o seu principal objectivo;

(f) Finalmente, Paulo Portas, vai ganhar uma sensibilidade acrescida para as questões autárquicas e o poder necessário para influenciar os resultados das eleições já no próximo ano. Como se verá, por exemplo, aqui em Vila Viçosa. E não só.

Em face do exposto e vendo bem as coisas parece-nos que MEC afinal tem razão. Antes do tempo como é, aliás, próprio da sua cabeça pensante muito próxima e bastante conhecedora do que Paulo Portas anda a tramar (nos).

É uma questão do tempo acelerado em que vivemos. E de passar mais uma Páscoa em que vamos pôr muita fé no belo e saboroso borrego assado…do próximo ano. O que já não será nada mau, face à desejada onda de optimismo que precisamos para dar a volta a esta crise.

Anb
(6/4/2012)

2 comentários:

Anónimo disse...

Penso que é dar demasiadaimportancia ao homem. Quem diz esso não repara em evidencias mas expõe o seu desejo....
Quanto a Vila viçosa estou a ver já o Gabriel a ganhar a camara !!!! Ou será um deputado!?
Tenham juizo e não façam acordar os mortos..

Júlio Fugaça

Anónimo disse...

...mais bravo era ele GABRIEL e...veio o burro comer-lhe a merenda!!!

Attentte fogáçás