Transcrição da crónica diária transmitida aos microfones da :http://www.dianafm.com/
Pandilha
Miguel Sampaio
Segunda, 12 Março 2012 10:43
Assistimos nesta semana que passou a vários episódios preocupantes, reveladores do estado de alma deste país, governantes incluídos.
São situações que indicam, em primeiro lugar, uma total desorientação face ao que é ou não necessário fazer-se para tirar o país da situação em que se encontra. O primeiro exemplo disso, é a lamentável história da Lusoponte. Com o pagamento por parte do Estado de uma verba considerável a que esta empresa não tinha direito, como é possível que um aparelho que se afirma eficaz, deixe passar uma verba de quatro milhões de euros e seja necessária uma investigação da comunicação social, para que tal venha à luz do dia?
Outro exemplo que roça as fronteiras do irreal é o caso da TAP, primeiro, logo seguido da CGD. Exceções absurdas ao regime remuneratório dos trabalhadores do Estado, mal explicadas e injustas para quem vê os seus vencimentos substancialmente cortados numa altura em que a despesa das famílias aumenta de tal forma que um quarto da população já vive abaixo daquilo que é considerado o limiar da pobreza, tudo isto com a agravante do ministro da tutela ter afirmado que seria a Transportadora aérea a única exceção para depois acrescentar ao rol a CGD.
Mas enquanto o pau vai e vem folgam as costas e talvez por isso, fomos brindados pelo governo da nação com uma guerra aberta pelo controlo dos fundos do QREN, com ameaças de demissão à mistura e com o Primeiro-ministro sem saber muito bem o que fazer, a saltar de televisão em televisão para explicar o inexplicável e que é o simples facto de já nem o próprio executivo saber a quantas anda.
Como se isto não bastasse, vem o Presidente da República, fazer acusações ao anterior chefe do executivo, numa tática de sacudir a água do capote, tentando fazer crer aos portugueses que afinal o único que com eles se preocupa é ele mesmo ,o presidente que promulgou as sucessivas leis que agora tão duramente critica, chegando mesmo neste exercício de deslealdade inominável acusar o seu alvo dessa mesma deslealdade que ele tão amiúde pratica.
É caso para dizer, como no adágio popular, casa onde não há pão todos ralham e ninguém tem razão. Ou então dando voz a outro ditado, é tempo de pormos as barbas de molho e apostarmos mais em nós em vez de ouvirmos esta pandilha que nos governa alternadamente à tantos anos e, que pelos vistos apenas se governa a si.
Até para a semana.
Miguel Sampaio
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