quinta-feira, 25 de agosto de 2011

HISTÓRICOS DO ALANDROAL

BENTO JOSÉ DE SOUSA FARINHA
Nasce no Alandroal a 17 de Junho de 1740.
Licenciou-se em Artes e Filosofia e formou-se em Cânones em Coimbra.
Foi Professor da Universidade de Évora, em Lisboa e no Seminário de Santarém.
Nos inícios do século XIX regressou a Lisboa, onde se tornou Bibliotecário da Real Biblioteca da Ajuda.
Faleceu em 1820, ficando recordado como um grande Filósofo e Pedagogo, no panorama da transição do século XVIII para o século XIX.

DIOGO LOPES DE SEQUEIRA
Nasceu no Alandroal em 1466. Entre 1518 e 1521 foi quarto Governador da Índia, onde chegou a 26 de Março de 1518.
Exerceu ainda as funções de Comandante de Armas e Fidalgo da Casa Real.
A ele se atribui também a fundação de uma Albergaria, provavelmente a do Espírito Santo.
Veio a falecer na sua terra natal no dia 14de Outubro de 1530.
Foi sepultado na Igreja do Calvário, onde uma lápide evoca a sua memória.

MANUEL POUSÃO
Foi um notável músico, nascido no Alandroal em finais do século XVI.
Frequentou a Escola de Música de Vila Viçosa, tendo sido aluno do Grande Mestre da Real Capela António Pinheiro.
No ano de 1676, foi publicado o seu livro “LIBER PASSIONUM, ET CORUM”, em Lyon.
Faleceu a 17 de Junho de 1683, no Convento de Nossa Senhora da Graça.
É considerado por alguns musicólogos como uma importante figura da história da música portuguesa.



1 comentário:

AC disse...

Brilhante ideia esta de relembrar aqui nomes de alandroalenses ilustres.
De Diogo Lopes de Sequeira pode-se acrescentar que também é referido por Camões, nos Lusíadas, Canto X, est.52

Também Sequeira, as ondas Eritreias
Dividindo, abrirá novo caminho
Para ti, grande Império, que te arreias
De seres Candace e Sabá ninho.
Maçuá com cisternas de água cheias,
Verá, e o porto Arquico, ali vizinho;
E fará descobrir remotas Ilhas,
Que dão ao mundo novas maravilhas.

Est. 2, vv.I-6 Diogo Lopes de Sequeira. Ida ao Mar Vermelho em 1520. Não podendo chegar a Gidá, dirigiu-se para a costa da Abissínia, aportando na ilha de «Maçuá», muito próxima da costa e do porto de «Arquico».
Perífrase: a Abissínia ou Etiópia sobre o Egipto.
«Candace», aqui rainha da Etiópia a que se referem os Actos do Apóstolos, VIII, 27; mas houve outras com o mesmo nome. Com Barros (III, 4, 2) e outros, de conformidade com alguns passos da Bíblia, Camões faz de «Sabá» o nome da rainha, mas propriamente era o do reino. E este, onde? Na Arábia? Na Abissínia? Na região aurífera situada entre o Zambeze e o Limpopo, e que o rio Sabi recordaria? - vv. 7-8.
Sequeira recebeu de D. Manuel o encargo de mandar descobrir as ilhas do ouro (Barros, III, 4, 3), vaga denominação na qual se compreendia a terra que depois recebeu o nome de Austrália.
A essa empresa foi enviado Cristóvão de Mendonça. Guardou-se, porém, segredo sobre os resultados da sua viagem e de outras que era natural se fizessem com o mesmo intuito, pois aquelas ilhas podiam ficar (e uma boa parte da Austrália ficava) para leste da linha divisória fixada pelo tratado de Tordesilhas e pertenceriam, portanto, à Espanha.

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