terça-feira, 19 de outubro de 2010

UM DESAFIO

(AOS MEUS AMIGOS QUE AQUI NOS AUXILIAM A MANTER “ESTE ESPAÇO”, PRINCIPALMENTE AOS DA MINHA “GERAÇÃO”).

No ultimo número da folha de Montemor (onde vou buscar muita informação, e “beber” muito de tudo o que por ali se relata [que pena o Alandroal não ter um órgão de informação, pelo menos mensal], retirei esta noticia):


MORREU O ULTIMO ESTAFETA.

E no desenvolvimento dá-nos conta do falecimento do “Vences” de seu nome completo Venceslau da Cruz.………………………
Durante anos acostumamo-nos a ver passar o Vences e o Artur Ferreira a caminho da estação dos caminhos-de-ferro. Depois o inteneràrio era sempre o mesmo: Montemor, Torre da Gadanha,, Barreiro, Terreiro do Paço, Rua dos Correeiros. Era precisamente na Adega Friagem , que os estafetas tinham o seu entreposto.
À noite, por volta das onze e meia, era vê-los de chegada a Montemor, com sacos de lona às costas ou com a ajuda dos carrinhos de mão, subindo as ruas da vila….
(fim de citação)

Pois bem caros amigos: SABEM SE HOUVE ESTAFETAS NO ALANDROAL?
( Que eu me lembre o último estafeta do Alandroal foi a carreira das seis e um quarto. E lembro-me porque esperava ansiosamente que a mesma trouxesse o filme para ser exibido nos Bombeiros. Era uma angustia!!!!!
Mas relembro ainda os estafetas (locais) que aguardavam a “carreira” e que utilizando um carrinho de mão levavam as encomendas a casa dos destinatários.
Quem não se lembra do Zé Trinta, do Zé Cata ? (por certo haverá outros que não me ocorrem).

MAS SABIAM?
Que um dos últimos estafetas da cidade de Évora era do Alandroal?
Está sepultado no Alandroal.
Sabem quem foi?

Chico Manuel

João Roma
Um abraço
Sem ter muito tempo neste momento. não deixo de te informar o ultimo homem a fazer serviço de que falas foi um senhor com uma mula e uma carroça, que fazia o correio para o Alandroal todos os dias.
Fazia o transporte de volumes para o Grémio da Lavoura, no tempo que eu lá estive.
Morava frente dos celeiros, entre uma moagem que aí houve e a tasca de esquina, vizinho do meu Padrinho do José Machada que Deis lá tem.
Não me recordo agora do nome dele, talvez recordes,tenho a impressão que era pai da Luísa ao tempo Caixa do Alexandre M.Fernandes, na lila de Praça.
Tens aqui uma resenha daquilo que me lembro e com ela te ajude a esplanar o assunto.
Ficam os abraços, para que cada um possa escolher, enquanto não e acabam.
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Quando saí da escola, e como o filho mais velho de um casal de pequenos comerciantes, tarefa sempre e mais executada pela minha mãe, (o meu pai só deixou as ferradoras quando as bestas, especialmente as muares, foram sendo substituidas pelos tactores e camionetas) coube-me a mim ainda guiar um carro de varais, puxado po uma mula. Ia todas as segundas-feira, a Vila Viçosa á farinha. Para o exercicio desta tarefa, ia dormir ao Monte do meu avô Salgado, aí no Alandroal, onde no dia seguinte partíamos para a "Sofal" a moagem. Devo confessar que foi a partir desse tempo, que comecei a criar amizades, que ainda hoje, e com grande alegria e até saudade o afirmo, persistem. Encontrei no percurso Alandroal, Vila Viçosa, o Sr João Colunas, pai do nosso colega de Colégio, o Arménio, que fazia fretes, com o seu carro de varais, puxado por um macho, especialmente para o Grémio da Lavoura. Claro dos Zés, Cata e Trinta, ninguém que os conheceu os esquecerá.

Um abraço
Helder Salgado.

6 comentários:

Anónimo disse...

Havia em Vila Viçosa o velho Grilo cuja ascendência era o Alandroal

Anónimo disse...

Não estou d'acordo com o blogue quando diz que o Alandroal não tem tem um orgão difusor daquilo que cá se passa.

Tem o Al Tejo !

Só espero que consiga manter as colaborações de qualidade que até agora tem demonstrado.
É sabido que, inicialmente, há muitas disponibilidades para colaboração, mas quando o tempo passa, quando a rotina se instala, as colaborações dão em escassear.

E pese embora o apelo constante do administrador, « especialmente aos da minha geração » , a verdade é que não é fácil manter um espaço com estas características. Para mais tratando-se dum registo diário.

O que por aqui pega com facilidade, parece-me a mim, que sou " freguês " recente, são as politiquices.
Para isso, há sempre disponibilidade e vagar. Para isso, há sempre comentários, por vezes altamente descabralhados e a despropósito.
Para os " postantes " sérios, como o Tói da Dadinha, o Homero, as crónicas da Rádio Diana, e outros mais que por aqui se fazem ouvir ou ver ( como as fotos do Albarran ) fica o silêncio e a indiferença.

No entanto, quero pedir ao administrador do blogue que não desista, pois o Alandroal parece-me uma terra com muito para dar a conhecer.


Pedro Milongo
( um africano de passagem )

francisco tátá disse...

Obrigado amigo pelo seu incentivo.
Pode crer que calaram bem fundo e me deram muito ânimo para continuar.
Basta ser, como deduzi em comentário anterior, amigo do Homero.
Repito: obrigado
Chico Manel

Anónimo disse...

Da minha parte, aquele abraço e a certeza do contributo com o melhor que posso e faço.
Al

Anónimo disse...

Quem é indicado no 1º comentário era o João Colunas

Anónimo disse...

OS "ESTAFETAS"

Subscrevo os comentários quanto aos nomes dos últimos homens que desempenharam essa função.
No Alandroal o Sr. João Colunas e, em Vila Viçosa, o Sr. Grilo.
Antes, no Alandroal ainda houve o Sr. Joaquim da Rouca.
Todavia, em Vila Viçosa ao Sr. Grilo sucedeu um cidadão, de quem não recordo o nome,que durante ainda alguns anos desenvolveu a actividade.
Sustento este comentário porque durante o meu tempo de residência em Vendas Novas, fomos companheiros de viagem até Vila Viçosa (vindo ele de Lisboa, é claro) e muito falamos sobre a sua actividade.
Fiquei a saber que estes homens calcorreavam muitos quilómetros na capital para cumprir a sua missão.
Por fim. Ainda me foi útil profissionalmente porque naquele tempo (década de 70)nas papelarias da região (incluindo a Paris, em Évora que era depositária da Imprensa Nacional)e nas Tesourarias "da Fazenda Pública", não era fácil adquirir impressos especícicos a determinadas áreas e, assim, a ele recorri algumas vezes para os obter.
Nunca falhou.

EM HOMENAGEM AOS ESTAFETAS

Tói da Dadinha