quinta-feira, 8 de julho de 2010

" VIAGEM ALENTEJO / EXTREMADURA. IDA E VOLTA "

(Continuação)

O caseiro, que conhecia a região como ninguém e era pessoa de toda a confiança e muitas cumplicidades, encarregou-se de levar e trazer o homem através de veredas e atalhos, utilizando os cavalos que os Rodriguez Potra sempre tinham nos estábulos. Operação perfeita, como mais tarde a classificou Francisco.

( Foi nesta altura da conversa que o tio Lorenzo, visivelmente emocionado, interrompeu o meu pai e o tio Francisco que contavam o que acabei de escrever, por vezes falando os dois ao mesmo tempo, e perguntou por notícias da sobrinha Guadalupe. Essa Guadalupe, ao mesmo tempo sobrinha do Lorenzo, e nossa tia, minha e da Evita, vivia actualmente na Argélia. O tio Lorenzo já sabia que estava casada com um pacense ( habitante de Badajoz - ficámos a saber mais isso, eu e a Evita ) e queria conhecer como tal tinha acontecido.
Foi nesta altura da conversa que a tia Rosário, pela primeira vez se fez ouvir, dizendo para os irmãos - " Agora sou eu quem vai contar ao tio o que se passou. Vocês podem saber mais de passagens a salto da fronteira, mas da história da Guadalupe e do Santiago, do afecto que os ligou, sei eu mais do que qualquer outra pessoa " - E virando-se para o tio Lorenzo, disse - " Estás enganado, tio. O marido de Guadalupe não é de Badajoz, é de Villanueva del Fresno. " - )
E então, com a sua voz rouca, a tia Rosário começou a contar :
" Pois foi assim que tudo aconteceu ....

(Continua)

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