sexta-feira, 23 de julho de 2010

CONVERSA NA FONTE DAS FREIRAS (POR TREVOR 12)

Conversa na Fonte das Freiras – em forma de comentário 23 julho 2010
Foi aqui publicado, há dias, um texto do Dr. José Laboreiro cujo título “Aspectos culturais no contexto da I República”, o qual tenho todo o gosto em comentar, se me o permitem.

Em tom irónico, a República gastou, por assim dizer, um vasto cartaz de variedades num curto período de tempo. Isto é, “chegou e disse… pôs o chapéu e foi-se”. Foi, de facto, um período – não só este como o que lhe precede e sucede – de grandes intelectuais a todos os níveis.
Claro está que, concordo com o autor deste tema quando reconhece na República uma mais valia para o país, nos seus variados aspectos.
Uma comparação que ajudará a perceber a evolução desde a República até aos dias de hoje é: A I República, o Estado Novo e a II República poderiam equiparar-se a três personagens – a saber, o avô, o pai e o filho. O avô (I República) é a personagem que já viveu a vida, possui uma vasta cultura e uma educação fora do normal. O pai (o estado Novo) é um personagem que impõe respeito, e quando ele quer é austero, duro e rigoroso. Continua com um conhecimento fora do normal, pouco menos que o anterior, e, com uma cultura excepcional. A II República (se assim lhe quisermos chamar) é a personagem do jovem. Não um jovem qualquer, mas um jovem desapaixonado, indisciplinado, com alguma formação mas muito aquém. Ele é um viciado pelas modas, porém não tem interesse pela cultura, não ama a sabedoria e muito menos a Loucura. Não obedece aos pais, tão pouco liga aos avós porque lhes acha cotas. É um indeciso errante. Não sabe decidir por si próprio.
Portanto, como se pôde ver por esta comparação, é tudo isto que caracteriza os nossos tempos. E, com certeza, o Dr, Laboreiro corroborará com a minha opinião.
Da educação vigente legámos a informação. Muito poucos são aqueles que se formam! Informam-se! Pois, se somos informados, a cultura não há-de esperar muito de nós.
Vejam se concordam com o meu pensamento: os nossos avós com a 3.ª ou 4.ª classe sabiam imenso de história, de português, algumas coisas de latim, e na matemática eram ases. Os nossos pais, felizmente, ainda apanharam tempos bons, também eles usufruíram de uma boa qualidade de ensino (refiro-me aos cotas a partir da casa dos sessenta), souberam amar a sabedoria e por ela se interessaram. Os jovens, nós?! Uma pouca de Chica larica! Infelizmente não tivemos a educação dos nossos pais. Na escola começámos a tratar os professores com aquela Liberdade, deixámos de ter acesso aos clássicos, a língua materna terminou e o grego também já lá vai. Começámos a escrever por códigos, não dominamos a gramática, a matemática também não. Julgamos que sabemos tudo e não sabemos nada.
A nível cultural, para não invocar a palavra cultura que é um termo mais ambíguo, gostamos de mega concertos e de preferência que estejam na moda, com pólvora à mistura. Porque as danças, a nível masculino, é para aqueles que têm uma maneira esquisita de estar; o teatro, apesar de ser engraçado, é uma seca autêntica; ver uma exposição de pintura é tempo perdido, a não ser que seja uma exposição daquelas de salão erótico (e até mesmo a estes nem todos vão para não serem caçados).
Em geral, reduzimo-nos a isto. Ora uma pergunta pertinente: qual o jovem que já leu o “Húmus” de Raúl Brandão?
Deixámo-nos dominar por uma cultural ocidental assente no hedonismo, concentrados em nós próprios, “na minha vida”, no “eu”, nos interesses que “a mim” dizem respeito, e os outros que se lixem! Esquecendo que com os outros podemos aprender tantas coisas. E, que mesmo a cultura e a educação começam no outro e com o outro.
E, já alongado, por aqui me fico.
Boa semana, e se for o caso bom fim-de-semana.

Por: Trevor 12
Julho 2010

13 comentários:

Anónimo disse...

Não lhe digas isso, coitados...
Deixa-os descobrir por eles próprios.

Anónimo disse...

Peço desculpa pelo meu comentário não ter muito a ver com o tema que vou expor, mas como se fala aqui em cultura, e infelizmente o mote não é muito comercial, aproveito para expor aqui o meu simples comentário.

Parece que o professor Jeremias vai de abalada do Fórum Cultural, para as piscinas, e vai começar a tratar do desporto. Até que enfim que se vê uma atitude coerente do Professor João Grilo, actual presidente, pois eu próprio e muita gente, ouvimos comentários do próprio, que na sua opinião o Professor Jeremias era incompetente na área da cultura, e que apenas sabia organizar exposições, e mal.
Possivelmente vamos ter a comandar os destinos do Fórum, a pessoa que organizou o cinema de rua, nos meses errados, nos locais errados, e o resultado está á vista, pouca gente, e as que vão não ficam até ao fim, dizem que por culpa do mau tempo, acho que até o professor Jeremias fazia melhor.
Vai uma sugestão Sr. presidente, em vez de paraquedistas, que querem dar o salto, e aos quais tem que se pagar sendo competentes ou não, com a sua orientação, dê oportunidades ao Rafael e ao Nelson, que tiveram a sorte de aprender com quem entende das coisas da cultura a fundo, e fica bem servido, e poupa dinheiro, uma vez que o Sr. diz constantemente que não há….
E na próxima vez que organizarem um festival de cinema de rua, já que o Sr. falava sempre em descentralizar a cultura por todo o concelho, e na minha opinião bem, levem o cinema de rua pelas aldeias, que vai ser um sucesso, e no Alandroal que tem uma sala óptima, com todas as condições de conforto, ar condicionado etc., façam no local próprio que é para isso que existe, e se gastou dinheiro com um fórum cultural.
Não que não se possa fazer no Alandroal cinema ao ar livre, mas meus senhores, tem cabimento acabar-se com o cinema de vez, tendo todas as condições para o realizar, e depois quando alguém resolve dar 7 arte ás pessoas, é na rua, e quando acabar o evento acaba o cinema de novo, no mínimo anda tudo louco.
O edifício não faz mal a ninguém, não fujam dele como diabo da cruz, o que faz mal e muito, é a falta de capacidade para o pôr a funcionar bem, gastando pouco, como já aconteceu, mas isso não é para todos, nem para quem quer, é para quem sabe.

Joaquim Sabina

Anónimo disse...

AH SABINA... SABINA... QUE NÃO ATINA!!!

Anónimo disse...

QUANDO NÃO SE TEM ARGUMENTAÇÃO SÓ SE RESPONDE COM MMMMMMMMMMMMMMMMM.

Anónimo disse...

POIS... POIS, JOÃO SABINA NÃO ATINA E VÊ O REFLEXO NO EXPELHO. ALDRA!!!!!!!

Anónimo disse...

Falam, falam. mas eu que não sou do Alandroal, não sei quem é o Sr. Sabina, mas pelo que se diz nos vossos blogs,quem tem a alcunha de aldrabão é o João mmmmmm.
Desculpem a pergunta, mas este senhor não é o presidente da Câmara?

Anónimo disse...

CAROS SENHORES E SENHORAS, O TAL DE SR. SABINA APRESENTOU AQUI O SEU PONTO DE VISTA, HÁ QUEM CONCORDE E QUEM NÃO CONCORDE,SE TEN ARGUMENTOS DIGAM QUALQUER COISA DE JEITO, PORQUE COM COMENTÁRIOS DESTES SÓ DÃO RAZÃO AO HOMEM, E MUITO MÁ VAI ESTA MUDANÇA..

Anónimo disse...

Ponto de vista

És aquele que todos sabemos quem és (JS ou JN).

Anónimo disse...

NÃO SOU O JG.

Anónimo disse...

SIM JN.

Anónimo disse...

E TU DEVES SR O FP.

Anónimo disse...

SIM JNJSJC.

Anónimo disse...

Deviam ter vergonha, nem um comentario sabem fazer.
Porque será que ninguem responde como deve ser ao comentarista de 26 Julho, 2010 16:53, argumentem se poderem ou souberem.......